quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ATPC - 13/11/2013

Educação Especial


No ano de 2014 teremos na EE Marquês de São Vicente a matrícula de novos alunos que necessitaram de cuidados especiais.
Nesse sentido, propomos essa semana que reflitam sobre a atuação do docente frente a inclusão de alunos especiais na Educação Regular.
O vídeo abaixo faz parte do conteúdo do Curso de Especialização da USP em Ética, Valores e Cidadania na Escola.
Após assistir o vídeo, reflita sobre a realidade de nossa escola e como podemos atuar afim de atender esses alunos plenamente, como colocado por Carla Abussamra pensa em estratégias para trabalhar com esses alunos em nossas salas de aula.




Bom Trabalho!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

ATPC - 06/11/2013



Diferenças entre Mediação e outras formas de gestão de conflitos


Há uma certa confusão entre o processo de mediação e as demais formas de gestão (ou resolução) de conflitos. Algumas pessoas imaginam estar realizando uma mediação, quando na verdade fazem uma conciliação, por exemplo.
As formas de resolver os conflitos fazem parte de um contínuo no qual varia o grau de autonomia das decisões dos envolvidos, dentre as quais se destacam:

  • Negociação
  • Mediação
  • Conciliação
  • Arbitragem

Negociação
Não há participação de terceiro, as próprias pessoas em conflito buscam, por elas mesmas, a resolução do problema (autocomposição). Pode haver ou não a participação de representantes (ex: advogados).
Mediação
Há uma “autocomposição assistida”, ou seja, são os próprios envolvidos que discutirão e comporão o conflito, mas com a presença de um terceiro imparcial, que não deve influenciar ou persuadir que as pessoas entrem em um acordo. No processo de mediação existe a preocupação de (re)criar vínculos entre as pessoas, estabelecer pontes de comunicação, transformar e prevenir conflitos.
Conciliação
A conciliação é bastante confundida com a mediação, mas são institutos distintos. Na primeira, o(a) conciliador(a) faz sugestões, interfere, oferece conselhos. Na segunda, o(a) mediador(a) facilita a comunicação, sem induzir as partes ao acordo. Esse, aliás, é o objetivo primordial da conciliação; na mediação, por outro lado, o acordo será apenas uma conseqüência e um sinal de que a comunicação entre as pessoas foi bem desenvolvida.
Arbitragem
As pessoas em conflito elegem um árbitro para decidir suas divergências, utilizando critérios específicos. Não possuem, portanto, o poder de decisão.
A negociação, mediação, conciliação e arbitragem, ainda que sejam formas consensuais de solução de conflitos, possuem várias diferenças entre si, cabendo às pessoas decidirem qual o método mais adequado ao seu caso.






Qual o papel do Mediador Escolar?


Um assunto um pouco polêmico e importante para discutirmos é a questão do Mediador Escolar, um educador que pode ser contratado pela escola ou pela família para acompanhar e orientar os trabalhos escolares das crianças com alguma deficiência.

Acredito ser de grande importância a presença desses professores para um melhor desempenho dos alunos no grupo, um apoio para o professor regente e um elo de ligação entre o professor e o aluno.

Muitos professores se preguntam: qual o verdadeiro papel do mediador? O que o mediador escolar pode fazer para ajudar no trabalho em sala?

Tenho participado de alguns encontros com vários educadores aqui no Rio e em um deles recebemos um manual, um norteador para que possamos acompanhar o trabalho deste profissional. Esse documento foi elaborado pelo instituto Priorit (Aline Kabarite-fonoaudióloga e Roberta Marcello-psicóloga) e pela mediadora Vanessa de Freitas Schaffel.

Qual o papel do mediador escolar?

Atuar no ambiente escolar, dentro da sala e demais dependências da escola,e também nos passeios extras (fora da escola) que ocorrerem dentro do horário da mediação.
Ser assíduo e pontual, respeitando os horários, as regras e normas da instituição escolar onde faz a mediação.
Ser discreto e profissional evitando envolver-se em assuntos que não dizem respeito ao trabalho de mediação.
Lembrar sempre que o que ocorre no ambiente escolar deve ser compartilhado e discutido apenas com os profissionais envolvidos, equipe pedagógica e terapeutas responsáveis pela orientação.
Solicitar apoio e supervisão da equipe responsável sempre que sentir necessidade, evitando passar problemas e dificuldades pertinentes à mediação aos responsáveis.
Avisar com antecedência, sempre que possível, caso precise faltar para que a equipe terapêutica possa decidir junto à escola e aos responsáveis qual o procedimento indicado.
Vestir-se adequadamente, utilizando sempre roupas que possibilitem uma fácil movimentação; evitar usar saias, shorts, blusas decotadas, sandálias, sapatos com salto, relógio, anéis, brincos grandes, colares, pulseiras e unhas grandes que possam vir a machucar a criança.
Estabelecer um contato diário com o responsável (família), caso necessário utilizar uma agenda ou um caderno “leva e traz”, para que ambos possam trocar informações sobre o dia a dia da criança.
Entregar os registros semanais e mensais pontualmente, participando das supervisões, grupos de estudo e treinamentos com as terapeutas responsáveis.
Conversar com o professor explicando, sempre que necessário, os porquês dos procedimentos e intervenções realizados no ambiente escolar.
Entrar em contato com os terapeutas responsáveis caso perceba a necessidade de uma reunião extra com o professor ou equipe pedagógica.
Manter sempre a atenção da criança voltada para as ordens e informações dadas pelo professor.
Orientar o grupo de colegas da sala a não valorizar ou mesmo ignorar as estereotipias e outros comportamentos inadequados.
Atuar no momento da entrada ou saída escolar, direcionando a criança ao grupo e ensinando-a como se comportar naquele momento, estimulando o cumprimento da rotina e das ordens dadas pela professora.
Durante o recreio mediar à relação da criança com os seus colegas nas brincadeiras e situações sociais.
Dirigir-se com a criança ao banheiro, caso haja necessidade, auxiliando-a em seus hábitos de higiene promovendo assim maior independência e autonomia. Caso exista na escola um profissional específico para auxiliar os alunos nesse momento, o mediador estará apenas por perto, intervindo caso ocorra algum conflito ou dificuldade entre eles.
Manter-se sempre junto ao grupo e ao professor de sala, cumprindo, dentro do possível, toda a rotina e as atividades pedagógicas.
Atuar em parceria com o professor dentro de sala de aula.




Após a leitura do material acima, pedimos que respondam as perguntas a seguir. Não se esqueça de clicar em enviar no final do questionário. Não há necessidade de comentar esse ATPC.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

ATPC - 30/10/2013

Técnicas Didáticas - Vocabulário


"O desafio é formar praticantes da leitura (...) e não apenas sujeitos que possam “decifrar” o sistema de escrita.

Comportamentos do leitor: comentar ou recomendar o que leu, compartilhar a leitura, confrontar com outros leitores as interpretações geradas por um livro ou uma notícia, antecipar o que segue no texto, reler um fragmento para verificar o que compreendeu, saltar o que não entende ou não interessa, adequar a modalidade de leitura (...) aos propósitos que se perseguem e ao texto que se está lendo...
(...) a leitura é antes de mais nada um objeto de ensino. Para que também se transforme num objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, o que significa que deve cumprir uma função para a realização de um propósito que ele conhece e valoriza."
                                                                                                    Délia Lerner
A beira da avaliação do SARESP, e após a aplicação de nosso simulado, podemos muitas vezes perceber a falta do domínio da leitura de nossos alunos:

Algumas das habilidade citadas abaixo ainda necessita de muito desenvolvimento.


Habilidades de leitura

•Decodificação: processo de decifrar um texto para identificar as palavras faladas que ele representa

•Fluência: é a automatização, ou seja, a habilidade da competência de ler rapidamente e agrupar palavras em frases para refletir significado e tom.

•Vocabulário: a base do conhecimento de palavras de um aluno: quantas palavras e quão bem as conhece.

•Compreensão: quanto o aluno entende daquilo que lê.

O vídeo abaixo nos mostra uma técnica a ser desenvolvida em sala de aula, a fim de contemplar a habilidade do Vocabulário com nossos alunos.

Sabemos que o desenvolvimento das habilidades leitoras devem ser responsabilidades de todos os professores em todas as disciplinas, assim, reflita se tem trabalhado sistematicamente em suas aulas com a habilidade do Vocabulário. Relate ações que realiza a fim de socializá-las com seus pares.

Bom trabalho!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ATPC 24/10/2013

IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639


Completando 10 anos da promulgação da lei que definiu a obrigatoriedade do ensino da temática " história e cultura afro-brasileira", as vésperas do dia de comemorações da Consciência Negra.
Queremos saber qual a sua opinião a respeito da obrigatoriedade colocada na lei nº 10.639, quais seriam as maiores dificuldades da escola em efetivá-la?

Bom trabalho!


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ATPC - 16/10/2013

A proibição do celular nas escolas faz sentido?


Pensávamos que as proibições em sala de aula fossem coisa do passado. Que nada! As escolas, ainda hoje, fazem proibições, algumas necessárias, outras meio incoerentes. Se pensarmos que os alunos não podem usar boné em sala de aula, pois é falta de respeito, e mesmo sem ele está difícil de ser respeitado, parece, sim, muito incoerente.


Ah! Alguém vai dizer, o respeito começa pelos fatos simples! Sim, começa. Mas o que está acontecendo é que não está “acontecendo” esse respeito, tão esperado por todos. Se enumerarmos aqui a falta de respeito dos alunos, dos professores, das direções, ficaremos abismados, caso levemos a palavra “respeito” ao pé da letra.

Mas há situações em que proibições são desnecessárias, como o uso do celular. Leia no Porvir: “De acordo com recente pesquisa realizada pelo CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) com o apoio da Fundação Victor Civita com estudantes do Ensino Médio, com faixa etária entre 15 e 19 anos, residentes em São Paulo e Recife, e renda familiar inferior a R$ 2,5 mil, quase 60% possuem um celular ou tablet com acesso à Internet, e mais de um quarto deles já os utilizou para estudar e realizar atividades escolares”.

De que adianta coibir o uso do celular, se a maioria tem esse aparelho e o utiliza regularmente, como se fizesse parte do seu corpo? A única coisa que o professor consegue com isso é uma dor de cabeça. Sem receio de exacerbar, todos os alunos têm celular, todos os alunos usam o celular em sala de aula. Por que não aproveitar isso como uma ferramenta pedagógica? Seria muito mais simples.

“As escolas deveriam incorporá-lo como um recurso que já tem uma forte ligação com a rotina dos estudantes. Se bem aplicados e com um planejamento bem elaborado, eles podem contribuir fortemente para envolver os alunos em um processo de aprendizagem baseado em projetos, envolvendo atividades desafiadoras e que são conectadas ao cotidiano do aluno. As escolas devem estimular a criação de conteúdos e o desenvolvimento de projetos educacionais e pedagógicos que o transformem em uma poderosa ferramenta de ensino e aprendizagem”.

Tudo pode ser revertido a favor da sala de aula. Tudo pode ser recurso pedagógico para aquele professor que sabe aproveitar o momento. Precisamos não ter medo de inovar. Aliás, inovar é a palavra que a educação está precisando.

Dê sua opinião, professor. Agora é o momento de você compartilhar sua experiência que, certamente, será importante para muitos outros.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

ATPC - 09/10/2013

Com relação aos Fundamentos Estéticos, Políticos e Éticos do Novo Ensino Médio Brasileiro, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998), é correto afirmar que a ética só é eficaz quando desiste de formar pessoas “honestas”, “caridosas” ou “leais” e reconhece que a educação é um processo de construção de identidades.

Com auxílio o vídeo da entrevista do Profº Clóvis de Barros Filho (formado em direito, estudou na França, é professor na ECA-USP) reflita sobre o conceito da ética na escola, e qual o papel do professor nessa construção.


Bom trabalho!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

APTC - 25/09/2013

Caros, 

Continuando em nossos estudos e reflexões com foco na bibliografia do próximo concurso de PEBII, esta semana discutiremos as crises e conflitos interpessoais. Perrenoud (2000) afirma que, no trabalho em equipe,o conflito precisa ser considerado como um componente da ação coletiva, que pode ser utilizado de maneira mais construtiva do que destrutiva.

Para que o estudo seja mais completo, sugerimos a leitura do livro "Dez novas competências para ensinar" de Phelippe Perrenoud.

Aqui você encontrar um esquema com as principais ideias.

Bom trabalho!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ATPC 17/09/2013

Gestão do conflito escolar



Chrispino (2007) afirma que, no ambiente escolar, o conflito manifesta-se, às vezes, de forma violenta; nesses casos já existia conflito antes na forma de divergência ou antagonismo que não havia sido ainda identificada.





No vídeo abaixo exemplificamos um programa de mediação escolar, realizado pela Universidade de Fortaleza: 
TV UNIFOR

Para saber mais sobre conflitos em sociedade, recomendamos ainda a edição deste mês da Revista Filosofia:




Após a leitura de todo o material sugerido, relate alguma situação de conflito em que tenha sido o mediador, e tenha percebido que a situação tornou-se violenta, justamente pela sua pré-existência não identificada. Partindo desse relato, indique ações que poderiam ser realizadas na EE Marquês de São Vicente  afim de integralizar um Programa de Mediação Escolar.

Bom Trabalho!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

APTC - 11/09/2013

Caros Professores,

Novamente com o intuito de trazer assuntos pertinentes a bibliografia do concurso de PEB do Estado de SP, nessa semana discutiremos sobre a avaliação.
De acordo com Hoffmann (2001), avaliar para promover significa compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visando à promoção moral e intelectual dos alunos.
Dentro desta perspectiva, proponha métodos avaliativos que considera capazes de efetuar a promoção defendida por Jussara Hoffmann.


Bom trabalho!





terça-feira, 3 de setembro de 2013

ATPC - 04/09/2013

Professores,

O texto abaixo foi objeto de uma das questões propostas na última prova de Mérito da SEE-SP.

Para ilustrar melhor a situação abaixo representada, sugerimos a leitura da matéria Yves de La Taille:"Nossos alunos precisam de princípios, e não só de regras", da Revista Nova Escola.

 

"Joãozinho, com dez anos, frequenta o quinto ano do ensino fundamental, em uma escola pública. Em casa, como filho caçula, ele consegue tudo o que deseja e faz tudo “que lhe dá na telha”. Na aula, ele conversa demasiadamente e sempre briga com os colegas quando não é atendido nos seus desejos. Seus pais justificam o mau aproveitamento escolar considerando sua pouca idade. Segundo Yves de La Taille in Aquino (1996), é claro que existe um vínculo entre disciplina em sala de aula e moral.
Primeiramente, porque tanto disciplina como moral colocam o problema da relação do indivíduo com um conjunto de normas.
E segundo, porque vários atos traduzem o desrespeito, pelo colega, pelo professor, ou ainda, pela própria escola. É certamente este aspecto desrespeitoso de certos comportamentos discentes que preocupam no mais alto grau os educadores.
Pode-se analisar o comportamento de Joãozinho como decorrente da organização da família – antes organizada em função de adultos, mas que passa agora a ser organizada em função das crianças, resultando na falta de limites – e deserção do espaço público."


Nesse cenário, como você analisa os papéis dos gestores da escola (Direção e Coordenação Pedagógica), dos professores e da família da criança, para a resolução de tais preocupações.

Bom trabalho!


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

APTC - 28/08/2013

Caros Professores, 

A indicação do debate desta semana veio por meio do Profº James.

Iremos debater uma temática polêmica: Aprovação Automática.

O prefeito da cidade de São Paulo, a exemplo de algumas outras cidades brasileiras, está tentando extinguir a aprovação automática através de um programa educacional.

Assim,  foi criado o Programa Mais Educação São Paulo, onde dentre várias ações, a pretensão de possibilitar a retenção do aluno ao final de cada Ciclo: 3º ano, 6º ano e 9º ano, bem como no 7º ano e 8º ano do Ensino Fundamental.

Essa é uma medida que o Secretário da Educação do Estado de São Paulo também já aventou ser favorável.

A partir do material proposto, pedimos que se posicione se é contra ou a favor do término da Aprovação Automática, no Estado de SP chamada de Progressão Automática.

Para o debate assista o vídeo com várias opiniões de professores e pais de aluno:  clique aqui

Leia as argumentações de CESAR CALLEGARI, 60, sociólogo, é secretário de Educação do município de São Paulo que se posiciona: A FAVOR   

E conheça também a opinição contra de OCIMAR MUNHOZ ALAVARSE, 53, é professor de avaliação de sistemas educacionais da Faculdade de Educação da USP e conselheiro suplente do Conselho Municipal de Educação de São Paulo: CONTRA


Bom trabalho!!!!


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ATPC - 21/08/2013

Caros Professores,

Neste encontro virtual entraremos em contato com mais uma das obras da Bibliografia parte comum dos concursos da SEE-SP. 
Trata-se do livro ENSINO NA SOCIEDADE DE CONHECIMENTO: EDUCAÇÃO NA ERA DA INSEGURANÇA (Andy Hargreaves). 
Vamos estudar e ao mesmo tempo fazer um paralelo entre a obra e a nossa prática profissional pensando na sala de aula, nas nossas aulas. 
Nesta semana abordaremos uma análise dos capítulos II e III. 
Para responder as questões baseie-se nos textos apresentados e em suas experiências profissionais.

Bom trabalho!



ENSINO NA SOCIEDADE DE CONHECIMENTO: EDUCAÇÃO NA ERA DA INSEGURANÇA
(Andy Hargreaves)

Nesta obra, Hargreaves analisa o significado da expressão "sociedade do conhecimento'" e suas implicações na vida dos professores da atualidade. Embora baseado em experiências norte-americanas e canadenses, as reflexões do autor tem repercussões mundiais, isto porque, a sociedade do conhecimento depende das escolas como um todo para tornar-se uma sociedade aprendente criativa e solidária. Ao longo de todo o livro o autor deixa claro que o futuro da transformação educacional deve basear-se em um pequeno número de políticas estratégicas, mas que com um poder de “alta alavancagem” e bem articuladas com redes de apoio serão responsáveis pela melhora na qualificação da prática docente.


CAPÍTULO 2 - O ENSINO PARA ALÉM DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: DO VALOR DO DINHEIRO AOS VALORES DO BEM


Ensinar para além da economia do conhecimento significa desenvolver os valores e as emoções do caráter dos jovens, ressaltar a aprendizagem emocional na mesma medida que a cognitiva, estabelecer compromissos com a vida coletiva e não apenas com o trabalho em equipe de curto prazo e cultivar uma identidade cosmopolita que suporte tolerância com diferenças de raça e gênero, responsabilidade para com os grupos excluídos dentro e além da própria sociedade.

Com este propósito, os professores devem se comprometer com o desenvolvimento e com a aprendizagem profissional formal, trabalhar com os colegas em grupos de longo prazo, e ter oportunidades para ensinar e aprender em diferentes contextos e países. Para tais compromissos existem desafios, um destes é equilibrar as forças caóticas do risco e da mudança com uma cultura de trabalho capaz de gerar coerência entre as muitas iniciativas que a escola tem buscado. A sociedade do conhecimento é, de várias maneiras, mais uma sociedade do entretenimento na qual imagens fugazes, prazer instantâneo e pensamento mínimo fazem com que nos divirtamos até a morte...

Na economia do conhecimento, o consumidor é o centro, para a maioria das pessoas, a opção está inversamente relacionada à significação. Ensinar, para além do conhecimento, implica resgatar e reabilitar a ideia do ensino como vocação sagrada, que busca uma missão social atrativa.


CAPÍTULO 3 . O ENSINO APESAR DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO I: O FIM DA INVENTIVIDADE

Este capítulo aponta para alguns resultados da pesquisa realizada nos Estados de Nova York e Ontário (Canadá). Estes mostram que a reforma educacional, até aqui realizada, não tem preparado as pessoas para a economia do conhecimento e também não há preparo para o enfrentamento da vida pública para além desta economia. 

Os dados também apontam para os padrões curriculares: são suscetíveis a padronizações insensíveis à realidade. Este fato traz diversas consequências, como por exemplo, a degradação da própria graduação, o fracasso e a frustração dos professores. Ensinar para a sociedade do conhecimento, e ensinar para além dela, não precisam ser objetivos incompatíveis.

Não é adequado tender para um lado específico do pêndulo: educando jovens para a economia ou para a cidadania e a comunidade. Essas posições polarizadas trazem poucos benefícios a eles, uma vez que ensinar apenas para a sociedade do conhecimento prepara os alunos e as sociedades para a prosperidade econômica, mas limita as relações das pessoas àquelas instrumentais e econômicas, além de restringir as interações de grupo ao mundo mecânico da catraca, do trabalho em equipe temporário, canaliza as paixões e os desejos das pessoas para a terapia varejista das compras e do entretenimento e para longe das interações interpessoais.

Ensinar exclusivamente para além da sociedade do conhecimento também poderá acarretar complicações, porque se, por um lado, favorece a atitude de cuidado e solidariedade, desenvolve caráter e constrói identidade cosmopolita, por outro, as pessoas estão despreparadas para a economia do conhecimento, o que poderá possibilitar a exclusão delas. Os professores e outros deverão agora se dedicar a unir essas duas missões, de ensinar para a sociedade do conhecimento e para além dela, em uma só, tornando-a o ponto alto de seu propósito.

(Fonte: Apeoesp, Revista De Educação. Acesso em 14, abr, 2013: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/resenhas-concurso/apostila-peb-ii/.)

Questões para discussão:

1 – A leitura deste capítulo nos leva a refletir sobre nossa formação para combater o consumismo desenfreado disseminado na nossa sociedade. Com base nessa reflexão, como você faria para estruturar uma transposição didática relacionando “sociedade do conhecimento” e “sociedade aprendente”. 

Partindo das premissas do autor, você considera sua formação adequada para estar inserido na sociedade do conhecimento e ao mesmo tempo cumprir com o objetivo de “desenvolver os valores e as emoções do caráter dos jovens”?


2 – De acordo com sua vivência profissional na nossa unidade escolar, considere: 

a) Se comprometer com o desenvolvimento e com a aprendizagem profissional formal;
b) Trabalhar individualmente e/ou com os colegas em grupos de curto, médio e longo prazo;
c) Ter oportunidades para ensinar e aprender em diferentes contextos e com exemplos de outros países?



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pauta ATPC - 14/08/2013

Caros professores, 

Já imaginando o trabalho multimídia em sala de aula, através da introdução da Internet na escola, convidamos vocês a lerem o texto do link abaixo:

Trabalhar com blog na escola pode ser mais simples do que parece

Através dessa leitura poderão conhecer algumas inciativas para a criação e utilização da ferramenta BLOG, que ora utilizamos em nosso ATPC´s.

Gostaríamos de conhecer a opinião de todos a respeito da utilização dessa ferramenta, seus prós e contras, as dificuldades particulares e que tipo de auxílio que acreditam que necessitarão para poder implementar essa ferramenta em sala de aula.

Bom trabalho!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Pauta ATPC - 07/08/2013


Caros Professores, 

Após um mês de férias, estamos voltando a nossa rotina de trabalho.
No texto abaixo várias perguntas são lançadas a quem lê, propondo uma reflexão sobre a nossa profissão.
Assim, pedimos que reflitam e tentem responder as indagações propostas.


Bom trabalho a todos!




No limite
No limite. É assim que muitos professores encaram seu dia a dia: no limite da compreensão, no limite da paciência, no limite da saúde física e mental. A rotina estressante da profissão gera desmotivação, cansaço, angústia, irritabilidade e muitos outros problemas.
O motivo engloba várias causas: carga horária excessiva, cobrança por melhor desempenho, salas de aula lotadas, escolas com infraestrutura inadequada, baixos salários, falta de tempo para atualização e capacitação. Além disso, alunos mal-educados e pouco interessados na aprendizagem, e famílias distantes. Ou seja, uma situação alarmante e que resulta em quadros lastimáveis para a educação. Professores são agredidos por alunos, e vice-versa, dentro da escola. Diante disso, o que pode ser feito para que o limite não seja extrapolado?
Para Maria do Carmo Rezende Procaci Santiago, professora da Escola Municipal Estados Unidos, do Rio de Janeiro (RJ), que é docente há 39 anos, é imprescindível que os estudantes recebam na escola orientações sobre princípios morais. “A conscientização a respeito dos valores éticos e morais propicia ligação entre a escola e a vida. Particularmente, sinto falta, em meus alunos, dos valores morais. É uma lacuna que não poderia existir”, afirma. Ela conta que procura trabalhar o tema constantemente com seus alunos. “Antes de mais nada, valor moral pode ser definido como ‘respeito à vida’, não apenas à vida individual, mas à vida coletiva”, comenta. E completa: “a falta desse tipo de orientação contribui, e muito, para o desrespeito na escola em toda s as formas: desrespeito entre aluno e professor, entre aluno e direção, entre aluno e funcionário, e entre os próprios alunos”.
O clima de desrespeito, que gera a violência na escola, tem sido uma das principais causas que levam os professores a viverem com a saúde física e emocional no limite. Maria do Carmo acredita que os vários tipos de agressão (verbal e física) a que o professor está sujeito, na própria escola, exerce forte influência na sua qualidade de vida e em seu trabalho. “É comum ouvirmos reclamações sobre as questões salariais, mas e as [questões] morais? Como ter educação sem resolver isso?”, questiona.
O professor Israel Marcos Guimarães, que leciona Matemática e Física, é uma das vítimas dessa violência. Guimarães está de licença após, segundo ele, ter sofrido uma agressão por um aluno do ensino médio, na Escola Estadual Capitão Alberto Graf, que fica em Caieiras, na Grande São Paulo. Professor há dois anos, Guimarães lamenta o ocorrido e conta que não pretende voltar a dar aulas. “Tenho medo. Penso em deixar a educação”, revela. O professor conta que no dia 29 de maio, durante a aplicação de uma prova, o aluno (acusado da agressão) não quis seguir a sua orientação para guardar todo o material. O professor então retirou a prova do estudante que, por sua vez, o atacou verbalmente, com palavrões e xingamentos. “Aí ele pegou a mesa [carteira] e jogou em minha direção. Mesmo desviando, acertou minha perna”, relembra o docente. Guimarães registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) e desde então vem recebendo atendimento psicológico. “Não me sinto pronto para retornar à sala de aula, ainda estou chocado”, ressalta. O aluno acusado de agressão pelo professor teria problemas de comportamento, e é descrito por ele como alguém com perfil violento; o aluno foi encaminhado à escola pela Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), de São Paulo. “Esse aluno, em geral, não está se adaptando à sala de aula comum”, considera o professor. Ele ainda reclama que a escola não lhe deu apoio imediato, demonstrando preocupação inicialmente com o aluno. “Meu sonho sempre foi ser professor, mas chega num ponto que você pensa: será que vale a pena?”, indaga.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está acompanhando o caso. O aluno envolvido foi suspenso, conforme prevê o regimento escolar.

Violência
A violência na escola é um dos fatores que mais geram insegurança. Segundo a pesquisa “Violência nas escolas: O olhar dos professores”, divulgada no mês de maio deste ano pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 44% dos professores ouvidos responderam já ter sofrido algum tipo de violência em sua unidade escolar, sendo considerado violência desde agressão verbal (39%) a bullying (6%) e agressão física (5%), e 57% dos professores ouvidos consideram as escolas violentas. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Data Popular, entre os dias 18 de janeiro a 5 de março deste ano, com 1.400 professores, em 167 cidades do Estado de São Paulo.
Para a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, o índice de professores que sofreram algum tipo de violência preocupa. “São muitos os professores que vêm sendo agredidos. Além disso, é alarmante constatar que os casos de violência viraram uma questão corriqueira”, enfatiza. Ela também lamenta o fato de que, segundo mostra a pesquisa, em 95% dos casos os alunos são os responsáveis pela violência. “Eu atribuo tudo isso à retirada da autoridade do professor, que hoje é tratado como um ‘nada’. Mas ele é uma autoridade sim, é detentor de conhecimento, do saber que forma gente, que forma a sociedade”, ressalta Maria Izabel.
A pesquisa revela, ainda, que cerca de 40% dos professores que participaram do levantamento lecionaram em mais de um turno em 2012 e 58% lecionam mais de uma matéria. Além disso, 84% dos professores ouvidos têm conhecimento sobre casos de violência nas escolas que lecionaram em 2012. Para os professores ouvidos na pesquisa, a falta de educação, de respeito e de valores estão entre as principais causas da violência nas escolas, e 35% deles acreditam que os pais devem ser os principais colaboradores para a redução da violência. “Diante dessa perda da autoridade do professor, deve haver compromisso da família no ato de educar. Temos debatido isso. O que não pode é jogar essa responsabilidade nas costas do professor”, alerta a presidenta da Apeoesp. Ela adverte que a escola deve chamar a família para participar do cotidiano escolar, mas não para as festividades. “A família deve ser convocada para discutir a questão da aprendizagem, do ensino e do comportamento, das atitudes dos alunos. Isso vai deixar os pais mais interessados porque se trata de compromisso com a qualidade da educação”, afirma.
O levantamento também apontou medidas que ajudariam na diminuição da violência escolar: 28% dos professores acreditam que promover debate sobre violência seria uma ação favorável; 18% apontam a necessidade de atuação de profissionais de suporte pedagógico; 16% consideram investimento em cultura e lazer como uma medida importante e 15% defendem o policiamento nas áreas no entorno da escola. Outras medidas também foram apontadas, por um percentual menor de docentes, como gestão democrática nas escolas e a redução do número de alunos por sala.
Maria Izabel defende uma atuação mais efetiva dos conselhos escolares. “A comunidade escolar está nele [no conselho]. A escola tem que ser uma célula viva de debate e não uma agenda fria que se estabelece no início do ano. A cada situação, a escola deve chamar o conselho para discutir o que fazer. O conselho deve assumir uma agenda mais viva, permanente, e deve levantar pautas. Esse é o compromisso de todos”, considera.

No limite
O cenário que compõe o dia a dia escolar acaba gerando graves problemas para muitos professores, que acabam vivendo sob estresse permanente. Em 2012, a pesquisa “Professores no limite: O estresse no trabalho do ensino privado do Rio Grande do Sul” mostrou que os docentes estão adoecendo. O estudo foi publicado pela Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Rio Grande do Sul (Fetee/Sul), e realizado com base em pesquisa feita em 2008, pelo Departamento Intersindical de
Estudos sobre Saúde nos Ambientes de Trabalho (Diesat), e aprofundamento dos dados da pesquisa feito por profissionais do Programa de Pós-graduação de Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo (RS), em 2011. A pesquisa buscou identificar a relação entre as condições de trabalho e a saúde dos mais de 35 mil professores que atuam da educação infantil ao ensino superior do ensino privado no Estado.
Segundo a professora Janine Kieling Monteiro, doutora em Psicologia e uma das autoras da publicação, os fatores de adoecimento que mais se destacaram na pesquisa foram sobrecarga de trabalho e dificuldade de lidar com os alunos. “No primeiro caso, o problema está relacionado à quantidade excessiva de atividades que o professor tem que executar hoje em dia, sobretudo no período extraclasse. Em relação aos alunos, as dificuldades surgem porque eles têm menos limites e educação [modos de comportamento] do que anos atrás, e menor motivação para estudar, já que hoje têm mais disponibilidade de informações”, comenta Janine.
A pesquisa revelou, segundo Janine, um índice considerado muito alto de estresse entre os professores – 58,4% no grupo estudado. Comparado a outras profissões avaliadas, em outros estudos que utilizaram o mesmo instrumento de pesquisa, o índice de estresse dos professores é o maior: 47,4% em policiais militares de Natal (RN) e 47% em bancários de Pelotas (RS). Janine explica que o nível de estresse é dividido em quatro etapas: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão. “A fase de estresse que predominou foi a de resistência, etapa em que estão 50,5% dos professores entrevistados”, explica a professora. Os sintomas que mais se destacaram foram cansaço excessivo e tensão muscular. “Na fase da resistência, existe um aumento acima do normal na capacidade de funcionamento do organismo, o qual busca se reequilibrar, utilizando-se de grande energia, o que pode gerar a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a memória, entre outras consequências”, adverte a pesquisadora.
Para minimizar os níveis de estresse, Janine orienta que o professor deve procurar ajuda. “Pedir ajuda tanto para a escola como para os colegas – para maior apoio em suas atividades, por exemplo. Também fazer contato com amigos e familiares, a fim de dividir as dificuldades. Quando necessário, buscar ajuda de um profissional de saúde”, sugere. Ela comenta que as doenças que geralmente aparecem nesses casos são as psicossomáticas: doenças do coração, problemas de coluna, LER/Dort, problemas na voz.
Outro dado alarmante da pesquisa é que 83% dos professores disseram frequentar o trabalho mesmo doentes. “Trabalhar doente diminui consideravelmente o desempenho do profissional, o que pode comprometer a qualidade do seu trabalho e agravar ainda mais a sua saúde”, alerta Janine.
Situações diversas, que geram um clima de insegurança para o professor, sem dúvida afetam o desempenho em sala de aula. De acordo com Janine, aparece nesse cenário o fato de o docente não saber lidar com os alunos de hoje em dia, “que têm menos respeito pelo professor e, muitas vezes, até o ameaçam em sala de aula, além da insegurança de se manter no emprego, caso não ‘agrade’ tanto esse aluno”.

Prevenção
Medidas preventivas deveriam envolver amplo debate sobre a saúde física e mental dos professores, envolvendo escolas, sindicatos e comunidade em geral, buscando levantar possibilidades conjuntas para promoção de saúde e melhorias nas condições de trabalho, considera a professora Janine. “Qualidade de vida é tudo, se um trabalhador sente-se ameaçado e/ou cobrado quase todo o tempo fica difícil ter qualidade naquilo que ele faz. Há uma necessidade humana de poder realizar as atividades no trabalho com tempo e ‘clima’ viável para isso”, diz. E completa: “o professor está sentindo que sempre fica devendo algo, pois falta tempo para realizar tudo o que precisaria fazer para ter mais qualidade no seu trabalho”. Janine ainda observa que outro aspecto preocupante é a remuneração do professor, “que podia ser mais alta, pois, em muitos casos, ele trabalha em mais de uma escola para poder dar conta de suas despesas”.
A forma de reverter esse lamentável quadro, na opinião da professora Janine, é dar voz e apoio aos docentes. “É necessário ouvir mais os professores, a fim de buscar alternativas conjuntas para reverter a situação”, observa. Ela aponta ainda outras medidas que podem ser eficientes: desonerar o professor de algumas funções que são mais da área administrativa, que podem ser realizadas por uma equipe de apoio; promover atividades que visem aproximação efetiva entre alunos e professores; reconhecer e valorizar o trabalho dos professores, o que pode facilitar o convívio e tornar o ambiente laboral mais agradável e com menos fatores estressantes.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Pauta ATPC - 19/06/2013

O texto e a apresentação abaixo, possibilitam algumas reflexões de procedimentos de avaliação. 
Dentro desse contexto, a Equipe Gestora se empenha em deixar o professor com autonomia para decidir quais são os melhores caminhos para concretizar os objetivos propostos. 
Com isso, é perceptível que avançamos de forma significativa na padronização dos processos avaliatórios (distribuição da composição de notas) no Ensino Médio e agora no Fundamental.
Faça uma análise do material e responda:


1- A Equipe gestora disponibiliza subsídios para que esses processos sejam ratificados?
2- O Currículo Oficial contempla o ensejo do professor em termos de avaliação?




Instrumentos de avaliação
Os instrumentos de avaliação são ferramentas que permitem ao professor e aos gestores colherem informações a respeito do desenvolvimento da capacidade de aprendizado dos alunos.
Diante disso, o papel assumido pelo gestor e por sua equipe é muito significativo. Cabe a esse grupo promover, liderar e estimular um processo de discussão que envolva todos os atores da comunidade escolar com o objetivo de definir a concepção de avaliação que se quer adotar. É importante lembrar, no entanto, que, de acordo com as diretrizes do Estado de São Paulo, o foco deve ser mantido na avaliação em processo.
Definida a concepção, é importante identificar e analisar novas práticas de avaliação, coerentes com a concepção adotada o que vai levar o grupo a escolher formas, instrumentos e técnicas de avaliação da aprendizagem que integrarão o planejamento das atividades pedagógicas da escola.
Ao pensarmos em instrumentos, sabemos que não existe um específico capaz de detectar a totalidade do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos. Por isso é necessário pensar em instrumentos diversos, utilizando em cada situação aquele que se mostrar mais adequado para os objetivos que se pretende atingir. A seguir destacamos alguns exemplos. Clique no título da aba para ler o conteúdo.

Observação

O ato de observar possibilita que nos informemos sobre o contexto em que estamos, para nele nos situarmos de forma satisfatória de acordo com as normas e valores dominantes. Por meio da observação, o professor pode conhecer melhor o aluno, analisar seu desempenho nas atividades em sala de aula e compreender seus avanços e dificuldades. Quando a equipe gestora realiza a observação em sala de aula (assunto do próximo módulo), tem a oportunidade, por meio dofeedback (assunto do Módulo 4) de auxiliar o professor no desenvolvimento de novas estratégias para alcançar as metas propostas. Na observação é fundamental: eleger o objeto de investigação; elaborar objetivos claros; identificar contextos e momentos específicos; e estabelecer formas de registros apropriados

Registros e fichas

Têm como função acompanhar o processo. É por meio deles que se torna possível realizar uma análise crítica e reflexiva para uma avaliação em processo, uma vez que contribuem para que os dados significativos da prática de trabalho não se percam

Debates

Permitem, nas situações de interação, trocar ideias com as pessoas, compreender as ideias do outro, relacioná-las e ampliar conhecimentos sobre o tema ou assunto discutido

Autoavaliação

Pode-se dizer que é uma atividade de reflexão fundamental na aprendizagem e também na gestão, pois visa levantar os caminhos percorridos, as evidências do que se apreendeu e das dificuldades a serem enfrentadas para se atingir os objetivos traçados. A autoavaliação incentiva a consciência crítica.

Trabalho em grupo

Estimula o trabalho colaborativo uma vez que propicia um espaço para compartilhar, confrontar e negociar ideias. É necessário que haja uma dinâmica interna das relações sociais, mediada pelo conhecimento, potencializada por uma situação problematizadora que leve o grupo a colher informações, explicar suas ideias e expressar seus argumentos

Seminário

É uma exposição oral que permite a comunicação das informações pesquisadas de forma eficaz, utilizando material de apoio adequado.
O gestor precisa ter claro que, independente do instrumento que se escolha como ferramenta de avaliação, existe a necessidade de se superar a avaliação seletiva e excludente. Esse deve ser o compromisso da gestão da escola com o aluno e com a sociedade.
É necessário compreender, porém, que esse compromisso decorre de estudos e reflexões compartilhadas em torno das concepções de sociedade, educação, ensino, aprendizagem, e que contribuem para a elaboração de uma nova concepção de avaliação.
Essa concepção de avaliação deve estar em sintonia com uma escola mais comprometida com os processos educativos e com a aprendizagem de crianças e jovens que por ela passam.



terça-feira, 11 de junho de 2013

Pauta ATPC - 12/06/2013

Esta semana vamos nos voltar a gestão de sala de aula, mais especificamente à gestão da diversidade que encontramos nos dias de hoje em nossa escola.

Assim estudaremos um fragmento do texto "Gestão da diversidade na sala de aula Estudo de caso: Escola Secundária de Achada Grande" de Benilde Vieira Fontes Fernandes Andrade (o qual pode ser lido na íntegra aqui).

Partindo dos modelos de ensino-aprendizagem citados por Silva (p.43), e refletindo sobre alguns pontos que podem contribuir para a qualidade dessa relação, conforme Xavier (p.46), indique quais caminhos já utiliza para lidar com a diversidade em sala de aula, ou ainda, reflita onde ainda temos que melhorar para alcançar a qualidade esperada.

Como sempre citado por Celso Vasconcellos procure refletir além das questões do entorno da situação do professor, como salário, número de alunos em classe, recursos disponíveis, tempo de trabalho, família, mídia, por exemplo. 




terça-feira, 4 de junho de 2013

Pauta ATPC - 05/06/2013

Dando continuidade a proposta de trabalhar com elementos da nossa realidade escolar à luz das nossas discussões internas e decisões, bem como nos baseando na bibliografia proposta para os próximos concursos da SEE-SP, finalizaremos a discussão sobre os 4 Pilares da Educação.

CAPÍTULO 4

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO
(Nesta semana vamos ler sobre os dois Pilares: Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros e Aprender a ser).

Aprender a viver juntos,  aprender a viver com os outros
Sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos que acentuam o perigo e, especialmente, o extraordinário potencial de autodestruição criado pela humanidade no decorrer do século XX. A opinião pública, através dos meios de comunicação social, torna-se observadora impotente e até refém dos que criam ou mantêm os conflitos. Até agora, a educação não pôde fazer grande coisa para modificar esta situação real. Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos, ou de resolvê-los de maneira pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua espiritualidade?
É de louvar a ideia de ensinar a não-violência na escola, mesmo que apenas constitua um instrumento, entre outros, para lutar contra os preconceitos geradores de conflitos. A tarefa é árdua porque, muito naturalmente, os seres humanos têm tendência a supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem, e a alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros.
Por outro lado, o clima geral de concorrência que caracteriza, atualmente, a atividade econômica no interior de cada país, e sobretudo em nível internacional, tende a dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual. De fato, esta competição resulta, atualmente, numa guerra econômica implacável e numa tensão entre os mais favorecidos e os pobres, que divide as nações do mundo e exacerba as rivalidades históricas. É de lamentar que a educação contribua, por vezes, para alimentar este clima, devido a uma má interpretação da ideia de emulação.
Que fazer para melhorar a situação? A experiência prova que, para reduzir o risco, não basta pôr em contato e em comunicação membros de grupos diferentes (através de escolas comuns a várias etnias ou religiões, por exemplo). Se, no seu espaço comum, estes diferentes grupos já entram em competição ou se o seu estatuto é desigual, um contato deste gênero pode, pelo contrário, agravar ainda mais as tensões latentes e degenerar em conflitos.
A descoberta do outro
A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde tenra idade, a escola deve, pois, aproveitar todas as ocasiões para esta dupla aprendizagem. Algumas disciplinas estão mais adaptadas a este fim, em particular a geografia humana a partir do ensino básico e as línguas e literaturas estrangeiras mais tarde.
Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve, antes de mais nada, ajudá-los a descobrirem a si mesmos.
Tender para objetivos comuns
 Quando se trabalha em conjunto sobre projetos motivadores e fora do habitual, as diferenças e até os conflitos interindividuais tendem a se reduzir, chegando a desaparecer em alguns casos.
Uma nova forma de identificação nasce destes projetos que fazem com que se ultrapassem as rotinas individuais, que valorizam aquilo que é comum e não as diferenças. Graças à prática do desporto, por exemplo, quantas tensões entre classes sociais ou nacionalidades se transformaram, afinal, em solidariedade através da experiência e do prazer do esforço comum! E no setor laboral quantas realizações teriam chegado a bom termo se os conflitos habituais em organizações hierarquizadas tivessem sido transcendidos por um projeto comum!
A educação formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes em seus programas para iniciar os jovens em projetos de cooperação, logo desde a infância, no campo das atividades desportivas e culturais, evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais: renovação de bairros, ajuda aos mais desfavorecidos, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações etc. As outras organizações educativas e associações devem, neste campo, continuar o trabalho iniciado pela escola.
Aprender a ser
Desde a sua primeira reunião, a Comissão reafirmou, energicamente, um princípio fundamental: a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
O enorme desenvolvimento do poder midiático veio acentuar este temor e tornar mais legítima ainda a injunção que lhe serve de fundamento. É possível que no século XXI estes fenômenos adquiram ainda mais amplitude. Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade, o problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelectuais que lhes permitam compreender o mundo que as rodeia e que também lhes dê subsídios para comportarem-se nele como atores responsáveis e justos. Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem,
tanto quanto possível, donos do seu próprio destino.

Bibliografia: DELORS, JACQUES E EUFRAZIO, JOSÉ CARLOS. Educação: Um Tesouro a Descobrir. São Paulo: Cortez, 1998, Apeoesp, Revista De Educação. Acesso em 14, abr, 2013: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/resenhas-concurso/apostila-peb-ii/.

Questões para discussão:

1 – Considerando o Pilar Aprender a viver juntos aprender a viver com os outros, identifique no texto como sua disciplina pode contribuir para alavancar estes preceitos da educação formal.

2 – Aprender a ser se configura como um dos princípios fundamentais da educação. Pensando nos 4 Pilares da Educação relacionados por Delors e em sua disciplina no conjunto da educação básica, como poderiam ser elaborados e executados projetos transdisciplinares considerando que a escola deve contribuir com a elaboração e execução de projetos visando o desenvolvimento total da pessoa?