A indicação do debate desta semana veio por meio do Profº James.
Iremos debater uma temática polêmica: Aprovação Automática.
O prefeito da cidade de São Paulo, a exemplo de algumas outras cidades brasileiras, está tentando extinguir a aprovação automática através de um programa educacional.
Assim, foi criado o Programa Mais Educação São Paulo, onde dentre várias ações, a pretensão de possibilitar a retenção do aluno ao final de cada Ciclo: 3º ano, 6º ano e 9º ano, bem como no 7º ano e 8º ano do Ensino Fundamental.
Essa é uma medida que o Secretário da Educação do Estado de São Paulo também já aventou ser favorável.
A partir do material proposto, pedimos que se posicione se é contra ou a favor do término da Aprovação Automática, no Estado de SP chamada de Progressão Automática.
Para o debate assista o vídeo com várias opiniões de professores e pais de aluno: clique aqui
Leia as argumentações de CESAR CALLEGARI, 60, sociólogo, é secretário de Educação do município de São Paulo que se posiciona: A FAVOR
E conheça também a opinição contra de OCIMAR MUNHOZ ALAVARSE, 53, é professor de avaliação de sistemas educacionais da Faculdade de Educação da USP e conselheiro suplente do Conselho Municipal de Educação de São Paulo: CONTRA
Bom trabalho!!!!
Sou contra a reprovação no atual sistema educacional. A falta de professores e má remuneração dos mesmos, a inclusão de alunos com distúrbios de aprendizagem, sem acompanhamento de especialistas, de menores infratores (liberdade assistida), são indicadores suficientes para percebermos que a escola tenta fazer o papel ´para o qual não está preparara e o seu legítimo papel fica a segundo plano. Enquanto nossos governantes não atuarem de forma eficaz nos vários setores: saúde, segurança, emprego, moradia,... e as famílias perceberem a real necessidade e função da escola, é difícil exigirmos isso dos nossos educandos.
ResponderExcluirProfª: Simônia - Matemática
ExcluirProf. MARCOS DUARTE
ExcluirSou totalmente a favor do término da Aprovação Automática, que no decorrer dos anos vem formando uma legião de analfabetos funcionais, além de despreparados em todos os níveis para a cidadania.
Acho o Projeto pretendido pela Cidade de São Paulo muito adequado para mudar esse quadro.
Profª: Simônia - Matemática
ResponderExcluirMinha opinião seria muito bom mudar o sistema de reprovação .Os jovens vai ter mais reponsabilidade em sala de aula.
ResponderExcluirA falta de professores mal salário e tudo que acontece de errado nas notas do aluno a culpa e sempre do professor.
Mas nossos governantes não atuarem de acordo com nossa educação tudo vai ficar com estar.
As famílias tem que fazer alguma coisa para melhorar a educação.
Minha opinião seria muito bom mudar o sistema de reprovação.Os jovens vai ter mais reponsabilidade em sala de aula.
ExcluirA falta de professores mal salário e tudo que acontece de errado nas notas do aluno a culpa e sempre e do professor.
Mas nossos governantes não atuarem de acordo com nossa educação tudo vai ficar como esta.
Professora de Filosofia e Sociologia Regina
Penso que deveria haver um consenso entre ambas, já que nenhuma delas possibilita, ou garante, o sucesso educacional pleno, se não forem constantemente trabalhadas para se recuperar as defasagens ou interrupções da aprendizagem durante seu processo. Otimizou-se muito a questão do "analfabetismo zero" e criou-se uma expectativa frustrante, pois quantidade não significa qualidade, e nem retenção significa punição. É necessário criar-se novas propostas a serem trabalhadas com envolvimento e seriedade total por parte do governo, pais, alunos e equipe gestora, com critérios e objetivos bem definidos, voltados para a formação de um cidadão responsável, para que, após sua conclusão no ensino médio, tenha condições de continuar seu aperfeiçoamento e ingressar de imediato no mercado de trabalho com profissionalismo e competência. Jacqueline
ResponderExcluirA situação em que se encontra a educação hoje apenas reflete a onda de consumismo desenfreada e a alienação da sociedade. A muitas pessoas pode parecer que a volta da reprovação seria um retrocesso, já que o perfil do alunado atual em muito difere dos modelos anteriores, pautados sob uma ótica elitista e excludente. Com efeito, a escola hoje realmente é para quem quer, só que com uma diferença: ela não é mais reconhecida como escola e sim como um palco onde se desenrolam performances que nem de longe lembram sua verdadeira função: depósito de crianças, ringue de atos violentos crescentes, atos de desrespeito de proporções inimagináveis e por aí vai.
ResponderExcluirDizer que a volta da reprovação poderá resgatar a essa instituição o prestígio perdido me parece um pensamento um tanto simplista e até ingênuo, porém é preciso pensar a respeito. Tenho pra mim que nenhum professor em sã consciência irá considerar a reprovação a melhor solução para esse problema, porém tenho que admitir que no estágio em que estamos, seria sim uma estratégia bem adequada para que, enquanto não encontramos a solução, pudéssemos pelo menos ganhar tempo, amenizando desta forma, pelo menos um pouco, o cenário caótico em que se transformou a educação em nosso país.
Mônica Monnerat
Na verdade tem que se fazer uma revolução na educação, para poder mudar os pais, os alunos, os professores e o governo, porque o problema é muito mais amplo do que ser contra ou a favor do término da aprovação automática. Mas isso não interessa no momento, já que tenho que me posicionar a respeito do tema.
ResponderExcluirPra mim sem cobrança não há aprendizado, os alunos não gostam de estudar e devem ser cobrados. Tem que abolir essa coisa da escola fingir que ensina e o aluno fingir que aprende, não podemos baixar o ensino só porque não conseguem ou não querem aprender.
Acho que a aprovação automática tem que terminar, pois a meu ver a aprovação automática pode ser perigosa, porque significa muito analfabetismo no ensino médio, provocando reflexos no ensino superior. E o combustível do avanço é a concorrência. Todas as escolhas têm perda. Quem não estiver preparado para perder o que não tem relevância, não será competente para apropriar-se do que é realmente essencial.
Prof. Fábio Corrêa.
Sou contra a aprovação automática, nossos alunos vem para escola descompromissados com o aprender pois sabem que nada vai adiantar se esforçar e tirar nota boa porque no fim todos irão passar para a série seguinte. Esse sistema não cobra responsabilidade nem do aluno nem da família. Sem contar que ele será o maior prejudicado futuramente.
ResponderExcluirAprovação automática: Um engodo que deseduca e desorienta.
ResponderExcluirCESAR CALLEGARI.
Todos temos a liberdade de ir e vir, ainda que cerceados por condições financeiras diferentes, vamos aonde podemos e queremos. Assim deve ser, em minha opinião, também na educação. O aluno que QUER realmente aprender, se esforçará pra passar de ano, o que não quer, que por sua vez vê outros meios possíveis de sucesso na vida que não seja por meio da educação pedagógica, deve sim sair da escola por livre e espontânea vontade ou, ficará na escola pra receber um diploma apenas e não pra ganhar conhecimento....todavia, se nao houver mais a aprovação continuada, esse aluno, ciente ou não do que quer, mas, que não se interessa em atingir os niveis minimos de avaliação escolar deve sim ser reprovado em todas as séries que o mesmo concorrer. Assim sendo, o professor ganhará mais responsabilidade e, por sua vez e competência, tbm os créditos em aprovar quem realmente está apto ou não.
Alailson - Prof História
A aprovação automática nos dias de hoje, já demonstra o fracasso que se encontra a Educação.Seja na área da Saúde, onde assistimos grandes erros, seja no diagnóstico errado ou erros na medicação. Na área civil, cálculos fundamentais com erros de desmoronar construções e assim vai...onde para se formar um bom profissional, a única exigência era que aprendesse o que tinha sido ensinado. Hoje se compra certificados onde qualquer um pode fazer qualquer coisa.O erro, está ém passar sem realmente saber.Precisamos acreditar em uma mudança!
ResponderExcluirProfessora: Maria Tereza de Abreu
Vivemos uma época em que a educação não é prioridade, não é mais um momento importante no crescimento dos nossos jovens.Atualmente os responsáveis não se preocupam com o aprendizado do seu filho, apenas se ele está dentro da escola, do espaço físico.Acho que talvez, com o fim da promoção automática,poderemos resgatar um mínimo de aprendizagem e ordem dentro das salas. Acredito que com essa medida uma melhora poderá ser observada em um futuro distante.
ResponderExcluirRoseli Prieto
O senador Cristovam Buarque disse certa vez que “a Progressão Continuada corresponde a dar alta a um paciente somente porque o tempo passou”.
ResponderExcluirNo estado de São Paulo, disfarçada sob o nome de PROGRESSÃO CONTINUADA há uma verdadeira farsa, um desrespeito à inteligência dos pais e alunos e ao bolso do contribuinte, que deveria ser chamada na verdade de APROVAÇÃO AUTOMÁTICA.
A implantação da organização escolar rotulada de progressão continuada foi uma estratégia para desafogar o sistema escolar. Em 1994, tínhamos uma geração e meia de jovens dentro do sistema. A reprovação causava congestionamento.
A nova medida convinha aos propósitos políticos, pois melhorava inicialmente a percepção de que o ensino ia mal. Convinha aos propósitos econômicos, já que reduzia o gasto com reprovados. E convinha também aos propósitos sociais: as crianças continuavam guardadas na escola, mesmo que não aprendessem o conteúdo escolar, ou seja, a escola foi transformada em “depósito de crianças e adolescentes”.
Mas se estava ruim com a progressão continuada, pior ainda foi a sua combinação com as políticas meritocráticas, que introduziram no sistema escolar a ótica dos negócios. A nova solução ensaiada no estado de São Paulo implica “responsabilizar” diretores e professores pela qualidade do ensino, deixando o papel do Estado mais opaco. Como solução, o Estado passa a pagar diferenciadamente com bônus os melhores profissionais e a demitir os piores – inclusive os diretores. Com isso, o Estado dá uma “satisfação” à população. A transferência de responsabilidade para os profissionais da Educação faz com que o Estado passe a ter o papel apenas de premiar ou punir, ficando “bem na cena” com os pais, pois tomou providências enérgicas com os professores incompetentes. Percebe-se claramente essa orientação, quando os condutores da educação dizem “precisamos requalificar o professor”, tentando passar à sociedade que “o estado está fazendo sua parte, mas os professores não”.
A questão é que esse não é o fim da história. Como todo sistema hierárquico, o elo mais fraco é que paga a conta, e este não é o professor: é o aluno.
A educadora Maria Lúcia Prandi, quando no exercício do cargo de deputada estadual, insistia em dizer que a educação no estado de São Paulo, o estado mais rico e desenvolvido da nação, na forma atual, é um crime de lesa geração.
James
Antes de dar minha opinião contra ou a favor, quero comentar algo que sempre digo aos colegas professores.
ResponderExcluirEu realmente acredito, que em alguns anos, a educação passará por uma grande mudança. Vai chegar ao ponto que, ou melhora, ou melhora.
A cada dia, diminui a quantidade de estudantes querendo se formar para enfrentar uma sala de aula, e dentre os poucos que querem, vemos algumas pessoas alienadas e totalmente despreparadas para encarar a realidade que enfrentamos todos os dias.
Sobre a aprovação automática, acredito que existem várias formas de se enxergar a situação.
Primeira questão: adianta reter os alunos?
Segunda questão: é certo "empurrar" os alunos ano após ano, sem importar se eles sabem o mínimo do mínimo?
Eu apoio o fim da aprovação automática, mas será que todo o problema da educação é só esse?
Há muito tempo a progressão continuada foi instituída na educação do estado de São Paulo sem que os principais envolvidos no processo educacional fossem consultados. É notório que a maioria dos educadores discorda dessa prática, pois só quem convive cotidianamente em sala de aula, atuando no ensino fundamental e/ou médio, é que tem maior credibilidade para argumentar a esse respeito. Convivemos com alunos com deficiências significativas na leitura e interpretação de textos, bem como na realização das operações matemáticas mais simples. Infelizmente percebemos o gargalo no 9º ano do ensino fundamental, onde há possibilidade de alguma retenção, porém em apenas um ano não há como recuperar os nove anteriores perdidos. Assim, seguimos em frente com aqueles que apresentam, em sua grande maioria, um nível abaixo do adequado.
ResponderExcluirÉ com esperança que recebo a notícia da pretensão da prefeitura municipal de São Paulo em derrubar a progressão automática. Sou a favor e torço para que essa medida também atinja a educação estadual, pois o desejo em progredir pelos próprios méritos deve ser almejado em qualquer atividade e principalmente na educação, desde as séries iniciais.
Marilande
Sou contra a aprovação automática.
ResponderExcluirEsse sistema incentiva aquele que não faz nada, e tira as chances do esforçado que convive com a impunidade.
Alcedina
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ResponderExcluir(COMENTÁRIO RETIFICADO).
ResponderExcluirDiante de inúmeras situações caóticas que vivenciamos na Educação, sou favorável à extinção da aprovação automática. Nós, como educadores, sabemos o quanto tem sido difícil e prejudicial lidar com um alunado desinteressado nos estudos, sem perspectivas de vida e, ainda, com grandes defasagens de anos anteriores. Ou seja: ele passou a ser aprovado nas séries sem saber nada. Com isso, a imagem da Educação no Brasil já está deturpada a ponto dos indivíduos se alienarem facilmente com os projetos do Governo. Por meio deste triste diagnóstico, reflito, no exercício de minha profissão, a seguinte indagação: que tipo de cidadãos formaremos daqui a alguns anos se continuarmos a seguir esse sistema de aprovação automática? Realmente, este questionamento é algo para ser bem refletido, pois por mais que lutemos por salários melhores, valorização profissional, alunos mais comprometidos com a escola, inclusão de discentes que apresentem deficit no sistema de ensino-aprendizagem, porém com acompanhamento de especialistas, acima de tudo, acredito que o nosso compromisso maior é com a formação do indivíduo, sem distinção. O apoio da gestão escolar, especialmente da família é favorável e fundamental. Portanto, o nosso trabalho, visando conquistar ótimos resultados, precisa ser bem planejado e praticado em pareceria nas unidades escolares. Penso que se não houver uma mudança drástica (plano de ação concreto) nesse campo da Educação ou em outros, ficará difícil solucionar variados problemas sociais. Sem dúvida, a nossa luta será árdua, porém se for para uma boa causa, vale a pena acreditar nela e investir.
Sou a favorável ao fim da Progressão Continuada, mesmo sabendo que nem todos os problemas vivenciados diariamente nas escolas teriam solução por causa dessa extinção. Todavia, é evidente que esse programa cobra exageradamente dos professores, sem lhes dar subsídios satisfatórios para êxito. Considero que não só a figura do professor esteja desgastada por causa dessa progressão, mas sim de toda equipe escolar. Além disso, é insano querer cobrar das crianças que se envolvam com os estudos, com o argumento de que futuramente precisarão de tais conhecimentos, pois elas têm uma visão imediatista e o futuro é algo distante para elas. Acho até que as crianças e adolescentes precisam contar com a hipótese da reprovação para um incentivo ao estudo. Aliás, eles gostam muito de vitórias, e nesse caso, passar para a série (ano)seguinte seria uma conquista, não só um processo automático.
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ResponderExcluirSempre fui totalmente contra a progressão automática, porém devemos possibilitar outras ferramentas de recuperação e disseminar entre professores e alunos outras formas de se buscar o conhecimento. Não basta apenas a reprovação como ferramenta de controle disciplinar, o aluno precisa de motivação para melhorar seu aprendizado. Assim, nem o radicalismo da progressão continuada e tão pouco a intransigência da aprovação baseada em avaliações sem embasamento, sem objetividade. O professor não pode se esconder no escudo da reprovação como arma para a disciplina, apesar de funcionar bem para impor respeito e consequentemente facilitar o seu trabalho em sala de aula. Há de se buscar alternativas pedagógicas inovadoras que possibilitem ao aluno interessar-se pelo aprendizado e aí sim, com a obrigação da nota, o vínculo com o estudo dentro e fora da instituição escolar, alicerçada com o trabalho do professor, teremos uma escola bem melhor.
ResponderExcluirEm síntese, sou favorável a volta da reprovação.
Abço - Prof. Sidnei
Há tempos não respondo uma pauta com tanta alegria e esperança! Foi difícil responder os temas anteriores, falando especificamente sobre "planos mirabolantes" e "excepcionais" para a educação, de quem não está nem aí para o seu futuro e muito menos os pais. É óbvio de que essa "pouca vergonha e esculacho" da educação precisa acabar!!! PROGRESSÃO CONTINUADA NUNCA MAIS!!! Nunca se teve tantos alunos analfabetos dentro das salas de aula, inclusive no ensino médio, como hoje. Me formei para ensinar Geografia e não para tentar ensinar as sílabas, para que o aluno compreenda o que eu digo. Chega de professor ser maltratado e menosprezado, até mesmo pelos pais! Não se educa passando a mão na cabeça, onde tudo hoje ofende a "pobre criança". Para se educar é preciso dizer: não estudou, não passou, ninguém da nossa geração morreu por isso, aprendemos de que toda ação tem sua reação e com esse aprendizado nos tornamos seres humanos melhores.
ResponderExcluirPensando racionalmente posso deduzir que os jovens não dedicam-se à vida escolar por não terem objetivos e nem perspectiva de sucesso de vida. Facilitar é inviabilizar, qualquer estratégia que usemos deve estimular à aprendizagem.
ResponderExcluirÀs vezes sinto raiva da situação e às vezes sinto dó de tanta falta de ambição; a tecnologia poderia ser nossa melhor aliada, mas não é ! Quantas colegas de profissão levam-nos para a sala "acessa" e descabelam-se porque nossos alunos só pensam em "Face" , é muito medíocre !
Precisamos mudar, necessitamos tentar...é melhor do que cruzar os braços e esperar o nada acontecer.
Por mim começaríamos com a retenção nos finais dos três ciclos e gradativamente(como sempre) reteríamos em todos os anos, exceto do primeiro para om segundo porque trata-se de fase de adaptação.
Sueli Andreoli
Eu sou contra a prograssao continua ;pois muitos alunos chegam ao ensino medio com defasagem significativa ,pelo fato de que nao precisam estudar para obter nota eles sao descomprissados atingindo assim a base do aprendizado que e a escrita e a leitura, a producao e interpretacao dos textual .
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