quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ATPC - 06/08/2014

Indisciplina e Ato Infracional

Para a atividade desta semana acesse o link abaixo e a seguir deixe seu comentário:


15 comentários:

  1. O texto apresentado nesta ATPC nos remete a refletir novamente sobre a questão disciplinar, e, classifica o que viria a ser o ato infracional e ato indisciplinar, observando contudo que ambos estão quase sempre ligados um ao outro, pois o aluno capaz de cometer atos indisciplinares, indistintamente será o mesmo que cometerá os chamados atos infracionais abrangidos pelo ECA. Assim, a escola tem o dever de apropriar-se de ferramentas capazes de minimizar e as vezes extinguir de sua realidade estes atos causados normalmente por desvios de conduta. Não obstante, estes desvios advêm costumeiramente de um outro problema que é a desestrutura familiar.
    Nós professores da rede pública, podemos nos apropriar de conhecimentos e estratégias nos mais diversos canais de informação e dos cursos que nos são anualmente oferecidos pelos governos, inclusive, dos quais já participo. Já a escola, e no caso a nossa, por meio da atuação de seus gestores tem se mostrado alinhavada com as possibilidades de se obter sucesso em relação a disciplina escolar, oportunizando ações concretas em nosso estatuto e tomando as decisões coerentes em relação aos alunos e familiares.
    É isso. SIDNEI

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  2. O direito à educação é garantido pela Constituição e obrigação social de assegurá-la. Porém, se ao mesmo tempo há o direito, o cumprimento dos deveres deixa a desejar e por "não conhecê-los ou omiti-los" pelos alunos e responsáveis, impedem o sucesso educacional, resultante de indisciplina e descaso.Como pressupõe o exercício atual da cidadania, educamos o aluno para a formação de um cidadão consciente de seus direitos e deveres na sociedade e, somente com a ajuda dos responsáveis, obteremos tal objetivo. Em nossa escola, fatos de indisciplinas são ocorrentes, e são tomadas as devidas providências, ou pelo menos tentamos cumprir o que reza nosso regimento escolar, principalmente chamando os responsáveis para tomar ciência dos atos indisciplinares dos alunos. Infelizmente, nem sempre as medidas são respondidas, haja vista fatos mais graves, nem sempre são considerados infracionais, que ao meu ver, ainda são dúbios à lei. Alguns dias atrás ocorreu um fato semelhante em minha aula numa primeira série do ensino médio, onde um aluno, tentou depredar uma mesa, o qual imediatamente foi advertido e levado à direção. O mesmo , em anos anteriores, já havia praticado o mesmo ato e as mesmas providências foram tomadas, mas não houve nenhuma punição maior, a qual o levasse a refletir sobre seus atos e não mais praticá-los foi aplicada, a não ser ficar suspenso por alguns dias. Acredito que deveria haver uma mudança nas leis atuais, inclusive pela "maioridade" aos dezesseis anos, quando estes já estão aptos a "votar" e, consequentemente, cientes de seus atos, mas isso só seria possível com a participação consciente de toda a sociedade, pois a impunidade, seja em que grau for, gera uma sociedade doente. Jacqueline

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  3. Nessa questão quanto à indisciplina e/ou ato infracional, sobretudo os praticados dentro do contexto escolar, tenho comigo convicção de que um aspecto de grande relevância é o que está inserido dentro da própria família, em lares desestruturados onde muitas vezes os pais não se respeitam, fazendo com que os alunos reproduzam essa falta de respeito na escola. A desestruturação familiar decorre, frequentemente, mais pela falta de atos simples como atenção, diálogo e afeto, do que pela estruturação familiar considerada padrão: pai, mãe e filho. Na maioria das vezes, muitas pessoas moram na mesma casa e sequer formam uma família, pois não há diálogo, nem afeto entre elas.
    Além da já citada desestruturação familiar, eu ainda, citaria como causas prováveis para indisciplina escolar e atos infracionais, mais dois aspectos que são: a falta de imposição de limites e problemas psicológicos e sociais.
    A falta de limites é expressiva em nossa sociedade. As famílias estão deixando de proporcionar às crianças e aos nossos jovens o desenvolvimento do respeito, da cordialidade e boa convivência entre as pessoas e quase sempre não conseguem dar a atenção devida, serem firmes em suas determinações e ao mesmo tempo tolerantes com essas crianças e jovens, criando nos mesmos uma relação de respeito mútuo e cooperativo; e a consequência disso é que acabam, na maioria das vezes,transferindo toda a responsabilidade desses atos para a escola.
    Os problemas psicológicos e sociais, também, são fatores que atingem diretamente não só o rendimento escolar e sim, sobretudo, proporcionam atos de indisciplina que crescem constantemente, resultado de uma sociedade na qual os valores humanos, tais como o respeito, o amor, a compreensão, a fraternidade, a valorização da família e diversos outros, foram ultimamente negligenciados.
    Prof. Carlos Augusto Balula Moraes.


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  4. Antes de julgar o comportamento de alguns alunos seria preciso verificar a realidade da escola, da família, o psicológico, o social, além de muitos outros.
    As manifestações de indisciplina, muitas vezes, podem ser vistas como uma forma de se mostrar para o mundo, mostrar sua existência, em muitos casos o indivíduo tem somente a intenção de ser ouvido por alguém, então para muitos alunos indisciplinados a rebeldia é uma forma de expressão.
    Problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o rendimento escolar.
    A indisciplina é o reflexo de uma sociedade na qual os valores humanos tais como o respeito, o amor, a compreensão, a fraternidade, a valorização da família e diversos outros foram ignorados.
    Problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o rendimento escolar.
    Interessante seria o serviço de assistência psicopedagógica na rede pública de ensino.

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  5. A indisciplina atingiu níveis preocupantes em muitas escolas públicas – isso vem ocorrendo principalmente nos períodos da tarde e da noite. Em algumas escolas, a indisciplina saiu do controle das autoridades escolares, a ponto de os professores ficarem impossibilitados da prática pedagógica. Mesmo ao professor que tenha vocação e vontade as dificuldades são enormes no desenvolvimento de seu trabalho em razão da indisciplina descontrolada, da desordem e do vandalismo. Há muita gritaria, agressões morais e físicas entre os alunos. Até mesmo violentas explosões de bombas são comuns, em muitas escolas.
    Quem convive com a realidade das escolas públicas observa que poucos diretores fazem planos de ação para prevenir e combater atos de indisciplina e de violência. Fato este facilmente notado pelos alunos indisciplinados e violentos que veem a escola como o escoadouro público de seus mais lesivos instintos antissociais.
    Infelizmente, apesar da consolidação e dos avanços da democracia em nosso país, ainda há a visão ideológica de que o aluno indisciplinado, e até mesmo violento, é um revolucionário – um futuro líder que comandará pessoas na transformação social do país. Assim, ao aluno indisciplinado e violento as sanções disciplinares permitidas são lenientes ou indulgentes. Fica a sensação de impunidade, a qual gera a violência que se tornou lugar comum no país. A triste realidade é que essa “pedagogia” não cria revolucionários, mas embriões de futuros criminosos.
    A estrutura atual não foi qualificada para receber o "aluno-problema", pois a escola apenas aprendeu a trabalhar com o "aluno-ideal”. Sem a reestruturação da escola pública não teremos educação de qualidade.
    James

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  6. Boa tarde.
    A polêmica envolvendo o ECA já existe há um bom tempo, sem que haja sequer um resultado satisfatório para essa discussão: com efeito, os problemas indisciplinares não diminuíram nem tampouco os atos infracionais apresentaram índices menores, ao contrário, o que se vê hoje é um aumento considerável de ocorrências de vários níveis no universo de crianças e adolescentes.
    Certo é que todos esses episódios se agravaram com a enorme quantidade de alunos que as escolas acolhem, sob a premissa politiqueira do “Toda criança na escola”. Sem estrutura e sem apoio, a maior parte das instituições fecha os olhos para todo e qualquer problema que demande maior trabalho; sendo assim, depredação do patrimônio escolar, agressão a alunos e a professores, são vistos como acontecimentos corriqueiros que fazem parte do cotidiano da escola.
    Sendo assim, penso que, apesar dos problemas que enfrentamos, no nosso cotidiano ( e quem é que não os tem?) , podemos nos considerar privilegiados, por trabalhar em um espaço onde as portas estão inteiras, não há depredações e os atos de indisciplina ou desrespeito, apesar de acontecerem, nem se comparam ao que vemos por aí. Considero que a equipe gestora tem, sim, muita participação nessa maneira de “entender” o processo, já que deixa muito claro aos estudantes que regras existem para serem cumpridas.
    Mônica Monnerat

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  7. Como o texto desta ATPC nos mostra, a indisciplina pode levar a um ato infracional e combater qualquer tipo de indisciplina por parte do aluno, deve ser objeto de ação de toda a escola, seja publica ou privada. É bem sabido que, uma atitude indisciplinar do aluno pode muitas vezes advir de acontecimentos fora dos limites escolares sugerindo problemas familiares ou pessoais deste aluno indisciplinado. De qualquer forma, a escola deve tentar combater os atos indisciplinares já que podem levar o aluno a cometer atitudes mais graves (ato infracional).
    Esse combate começa pelo Regimento Escolar amplamente divulgado, comentado e trabalhado, com a sensibilização de pais, alunos e professores quanto a importância de tal tema. Prof. Arnaldo Santana

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  8. Retornamos ao assunto ECA...
    Fazendo uma rápida visita a minha memória, não vejo tantos problemas na nossa escola, temos alguns casos isolados e repentinos.
    Acredito que devemos continuar mantendo a nossa postura em relação a rigidez com os alunos, mas poderíamos ou deveríamos adotar outras maneiras para diminuir vandalismo contra nosso patrimônio, algo do tipo que eles tivessem que contribuir limpando ou arrumando o que foi detonado. Não acho que pagando resolveria o problema! Deveríamos ter espaços, fórum, reuniões ou aulas onde esse tema fosse abordado para ver o que eles pensam e quais soluções eles dariam...quem sabe adotar uma das opiniões.
    Tatiana Cascaes

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  9. Boa tarde a todos. o tema é polêmico. Em 2012, representando a EE Cleóbulo, participei de "mesa redonda" com o Dr.Carmelo, especialista no tema em questao, E o que tiramos em conclusao é a falta de apoio da sociedade com o educador, faltando políticas públicas que venham a conscientizar pais e alunos do significado de uma escola. Em algumas parece que o aluno vai em pé de guerra, lutar com o inimigo. Mas, o pior é quando alguns pais sao chamados para tratar do assunto, eles também olham a Unidade ou a Direçao com desdém, sendo esta uma das caudo desânimo do educador. O que fazer entao ? Usar também o ECA; o menor infrator deve reparar o dano, ou seja, os pais, insistir através da imprensa falada, escrita, cartazes, apoio do poder público, etc. Estas medidas vao ser a soluçao ? claro que nao, mas acredito que vai melhorar bastante.

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  10. Lembro-me da data em que o ECA foi criado, muito se discutiu sobre os temas: Indisciplina e Infração. O objetivo da sua criação era a proteção das crianças abandonadas e maltratadas pelos pais.
    Falamos sobre o ECA, em história, as crianças se agrupam criam frases sobre os seus direitos , comentamos o Estatuto e depois modificamos alguns artigos que achamos incorretos.
    O trabalho constante sobre o assunto ajudará na conscientização.

    Maria Alcedina.

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  11. Da análise do texto colocado à apreciação, chego a conclusão que na verdade estamos falando de um problema muito maior, qual seja?. De estrutura familiar, que deveria ser o pilar principal da nossa sociedade, matéria-prima da educação, da cortesia, do respeito ao próximo, do pleno exercício de seus direitos, do cumprimento irrestrito de seus deveres. Em resumo do efetivo exercício da cidadania.

    Todavia, a sociedade e a vida moderna, tem dificultado e desincentivado o convívio familiar; prejudicando diretamente a formação educacional, estrutural e psicológica de nossas crianças e adolescentes, eis que, quebrado àquele elo essencial.

    Desta forma, a sociedade e o núcleo familiar acaba por transferir ao sistema educacional, aquela responsabilidade que primariamente deveria ser da família.

    Portanto, a análise da prática de infrações disciplinares ou cometimento de ato infracional, deve ser analisado de maneira mais ampla, indo buscar a raiz do problema, que nada mais é do que a desestrutura familiar.

    Priscila P. G. dos Santos

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Estamos inscritos em projetos que tratam sobre ECA, cidadania e ética.
    Não é de meu conhecimento projetos que tratam sobre ECA, cidadania e ética que envolva a comunidade escolar da “Marquês”. Por outro lado, pode ser algum professor esteja executando algum projeto com esse teor em sua disciplina, com seus alunos.
    Quais as melhores estratégias para investirmos nesta aprendizagem e participação?
    Uma estratégia seria começar pelo diálogo e informações que envolvem alunos e professores de maneira aberta, visto que há propostas que envolvem a todos, mas os professores são informados pelos alunos. Também tenho a proposta de que tais projetos não sejam desvinculados das atividades curriculares, pois todas as disciplinas contemplam atividades e leituras que envolvem a inserção dos alunos na vida cidadã consciente. Desta forma, não seria necessário parar atividades curriculares em prol de um acontecimento que acabaria por tirar a oportunidade dos alunos se prepararem para o Saresp, Enem e vestibulares. Pelo contrário, além de proporcionar o cumprimento da função da escola, estaríamos fomentando bons resultados da escola nas avalições externas.

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  14. Desde o momento em que o ECA foi instituído, em nosso país, há de se considerar que os temas ligados à indisciplina e à infração, no ambiente escolar, sempre foram divulgados nos meios de comunicação. Esta lei foi elaborada com o intuito de respaldar às crianças e aos jovens dos males sociais, mas se observa que os índices de violência têm aumentado gradativamente. Entretanto, a maioria das escolas públicas vem enfrentando vários problemas com alunos indisciplinados, que por não possuírem famílias estruturadas, alicerçadas de valores éticos, acabam se tornando jovens infratores e sem condições alguma de se formarem como cidadãos aptos ao convívio em sociedade.
    Creio que em nossa escola, especificamente, haja o cumprimento do Regimento Escolar, por parte da equipe gestora, pois percebo que o ambiente é organizado, além de se obter o controle de alguns casos de indisciplina. Há também a cooperação dos professores, e da maioria dos alunos em manter o espaço escolar em harmonia, baseando-se nas leis vigentes.
    Penso que devemos continuar mantendo a ordem, a organização, a comunicação entre professor, equipe gestora, aluno e família com o propósito de fazer um trabalho sério para formar os futuros cidadãos. Para que isso se concretize, é preciso que haja um comprometimento, também, por parte dos governantes e da sociedade em prol de uma Educação mais justa e com credibilidade.

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  15. A disciplina é de importância fundamental não só para que o desenvolvimento dos conteúdos programáticos aconteça como também para que a aprendizagem efetiva seja espontaneamente concebida e sustentada. A falta de disciplina que caracteriza a manifestação dos atos infracionais ou de indisciplina se deve ao desconhecimento parcial ou total das normas de conduta que regem a vida em sociedade. Compete aos educadores conscientizar os educandos a respeito da liberdade responsável que caracteriza o exercício da cidadania. O cumprimento dos deveres dos cidadãos e o respeito aos direitos humanos são prioridades pedagógicas que devem regulamentar o comportamento discente e orientar o andamento das atividades didáticas.

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