quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ATPC - 20/08/2014


Ética

A exclusão política e a imprensa

Em ano de eleição surge, em diversos campos das humanidades, uma discussão sobre a interferência dos meios de comunicação no processo político brasileiro

por Clóvis de Barros Filho



Em ano de eleição surge, em diversos campos das humanidades, uma discussão sobre a interferência dos meios de comunicação no processo político brasileiro. Há mais de três décadas, os pesquisadores de Comunicação acumulam evidências das estratégias políticas que os grupos privados de comunicação operam para beneficiar partidos com orientação neoliberal e reacionária, e outros tantos pesquisaram os efeitos do discurso midiático na escolha eleitoral. Os problemas éticos da mídia ficam em evidência.
Em 2006, eu participei de uma pesquisa, junto com Vladimir Safatle e Marcelo Coutinho, sobre o uso das novas mídias na campanha presidencial. Virei uma referência na área de Mídia e Política, mas nunca tive respostas para algumas inquietações sobre o assunto, por exemplo:
– Se a mídia influencia tanto a população, e defende políticos reacionários, por que não há um engajamento social nos partidos de direita?
- Se atualmente a mídia tem mais ganhos políticos, sociais e financeiros do que na ditadura, por que ela critica o processo democrático?
– Se há uma superexposição dos temas eleitorais nos jornais, por que temos uma alienação política significativa da população?
Até pouco tempo achei que morreria sem ter essas respostas até que, por obra do destino (ou do habitus social), me deparei com uma brilhante pesquisa feita, em 1996, pelo cientista da Comunicação Pedrinho Guareschi, intitulada “A representação social da Política”.¹ Sua larga pesquisa qualitativa de recepção com moradores da cidade de Porto Alegre constatou um amplo discurso sobre a percepção social da Política, categorizada da seguinte forma: Manipulação/dominação, falta de educação, alienação, coisa ruim/sujeira e desilusão/injustiça. Todos esses discursos eram consonantes com as opiniões dos jornais impressos, televisivos e radiofônicos.
Uma análise profunda da ideologia contida nesses discursos revelou as estratégias sociais de controle da população operada pela classe dominante. Frases como “cada povo tem o governo que merece”, “a população troca voto por dinheiro ou comida” ou “o povo é ignorante e vota em qualquer um que faz promessas” deslocam a culpa dos políticos e das falhas do nosso sistema de representação para a população. Se o governo é ruim ou corrupto, é culpa da população, e não do sistema ou dos governantes. Quando há problemas de corrupção, os jornalistas e humoristas jogam a culpa na classe pobre que é considerada “burra” e mau-caráter por aceitar e depender dos “programas sociais” levados a cabo pelo Estado. Defendem a ideia ingênua de que o “voto” purifica ou contamina uma sociedade, ocultando assim os interesses espúrios que mantêm esse sistema e que dão poder aos donos dos meios de comunicação.
Deslocar os problemas do País para a população “ignorante e corrupta” serve como justificativa social compartilhada para encobrir a culpa das classes dominantes. Porém, esse argumento é tão absurdo que se torna difícil de sustentar a todo momento. Além disso, sempre haverá pessoas boas que serão eleitas e que não vão conseguir mudar o sistema. Afinal, muitas vezes professores, sacerdotes ou médicos idôneos são eleitos. Enquanto assessor concursado do Senado, eu conheci muitos políticos honestos, em todos os partidos, que tentavam fazer um bom trabalho. Os corruptos, que dominavam as altas esferas da máquina política, eram minoria. Mas, então, por que os políticos honestos não conseguiam apoio social para mudar o sistema?
Os donos dos meios de comunicação, pertencentes à classe dominante, operam uma nefasta estratégia discursiva de agendamento temático. Eles só noticiam coisas ruins da vida política, como corrupção, ineficiência, atraso dos parlamentares. Transformam a Política no oitavo pecado capital e, propositalmente, não noticiam as inúmeras conquistas sociais que acontecem na Política. Por esse motivo, não mostram o trabalho dos políticos sérios. Não é à toa que 70% dos políticos mais bem avaliados pelas ONGs Transparência Brasil e Voto Consciente não se reelegeram. O discurso padrão dos meios de comunicação desarticula e desencoraja todos os dias com ideias como: “o poder corrompe”, “a Política suja todos os que participam dela”, “não existe político honesto, são todos safados”, “só aprontam”, “tudo acaba em pizza”.
Todos os dias se opera uma velada orientação ideológica para deslegitimar a participação da população na vida política, bem como qualquer esperança de mudança. Quando a população se revolta e vai para as ruas protestar, a mídia rapidamente condena as manifestações. Associam os revoltosos a baderneiros, criminosos que atacam propriedades privadas e públicas, vândalos que incentivam a violência contra policiais ou ingênuos que acham que podem melhorar o transporte público do País. Quanto maior a pressão pública sobre o sistema político, maior é a violência simbólica desferida contra o povo pelos meios de comunicação.
Para os meios de comunicação só existem governos e políticos bons nos países europeus ricos, onde a população é branca, abastada e tem estudo. Estados que constroem suas riquezas explorando países pobres e em desenvolvimento como o nosso.


1 GUARESCHI, P. A representação social da Política. In: GUARESCHI, P. et al. Os construtores da informação: meios de comunicação, ideologia e ética. Petrópolis: Vozes, 2000


Após a leitura do artigo acima, e levando em consideração os últimos acontecimentos políticos de nosso país, intimamente ligados a nossa cidade, pense em estratégias pedagógicas que possa utilizar em sala de aula para politizar nossos alunos, e propor o debate sobre a influência da mídia na política.

Bom trabalho!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ATPC - 13/08/2014

Eu sei trabalhar em Equipe?


Um conceito cada vez mais valorizado no ambiente profissional é o trabalho em equipe. Ter agilidade para desenvolver trabalhos em conjunto tem sido um das qualidades mais exigidas nos processos de contratação. Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um problema, são pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa visando concluir determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas todos unidos por um só objetivo, alcançar o tão almejado sucesso.
      A atividade em equipe deve ser entendida como resultado de um esforço conjunto e, portanto as vitórias e fracassos são responsabilidades de todos os membros envolvidos. Muitas pessoas, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe , como se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa e pronto.
       No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e reconhecem sua importância para o sucesso da tarefa. Os objetivos são comuns e as metas coletivas são desenvolvidas para ir além daquilo que foi pré-determinado. O trabalho em equipe possibilita trocar conhecimentos e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados. Na sociedade em que vivemos, o trabalho em equipe é muito importante, pois cada um precisa da ajuda do outro.
       Pense numa vela acesa, ela é bonita, envolvente, ilumina tudo ao seu redor. Uma vela acesa simboliza esperança, harmonia, fé. Por si só é bonita, porque ela mesma tem a sua luz. Mas a vela por outro lado é muito frágil, e qualquer vento ou sopro pode apagá-la.
       Transferindo isso para o trabalho em equipe podemos concluir, que por mais que tenhamos luz própria, que brilhemos e tenhamos talento, é preciso lembrar que sozinhos nós somos muito frágeis e é exatamente por isso que qualquer problema do dia-a-dia pode ofuscar o nosso brilho. Daí a importância de entendermos o poder da ajuda mútua, sempre lembrando de que líderes e equipes superam crises quando se unem.
       Saiba que quando pegamos os nossos sonhos e juntamos com os sonhos de outras pessoas, tudo se torna mais forte, iluminado e por mais escuro que o mundo pareça ser, quando o ser humano se junta consegue milagres extraordinários. O ser humano trabalhando em equipe, colaborando uns com os outros, cooperando. Consegue com certeza, afastar a escuridão e todos os problemas que possam afligir a organização.
       Na vida temos que enfrentar muitas adversidades, mas quando nos juntamos um ao outro a coragem aumenta, o nosso potencial se duplica e os nossos objetivos se tornam mais passíveis de realização.

Jenifer Soares Romualdo
Referências bibliográficas:
RODRIGUES, Marcus Vinícius Carvalho – Qualidade de vida no trabalho, Editora Vozes, São Paulo, 1994.
ROBBINS, Stephen P. O segredo na gestão de pessoas. Ed. Centro Atlântico 2008, p. 13





Tomando por base o texto e o vídeo acima, faça uma auto avaliação sobre a sua postura no desenvolvimento de seu trabalho em relação ao dos demais integrantes da Equipe Escolar.

Agora reflita sobre tudo isso e comente se esse espírito permeia você e os demais em nossa escola.

Bom trabalho!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ATPC - 06/08/2014

Indisciplina e Ato Infracional

Para a atividade desta semana acesse o link abaixo e a seguir deixe seu comentário: