quarta-feira, 7 de maio de 2014

ATPC - 07/05/2014

O PROFESSOR POSTO A PROVA (PARTE 2)


Por: Paulo de Camargo – Revista de Projeto Pedagógico 2012 – Diretor UDEMO


Encaminhamentos



Para Tadeu da Ponte, a elaboração de um bom instrumento de avaliação começa pela intencionalidade. E essa é a primeira dificuldade, pois requer que o professor inverta a lógica com a qual trabalha cotidianamente. 
"O docente olha para o cronograma, vê o calendário, o tempo de prova e de correção, pensa no que foi trabalhado ao longo de certo período", diz Tadeu. "Mas, para uma boa prova, precisamos pensar de trás para a frente e perguntar o que queremos que o aluno tenha de fato aprendido", sugere. 
A partir desse princípio, o educador deve ter presente que a prova é um indicador, uma informação, como um sinal de trânsito, que precisa, portanto, ser interpretada, e não meramente corrigida. "A questão da prova precisa indicar algo; o erro tem de indicar algo", enfatiza o especialista. 
Portanto, para ele, a primeira providência antes mesmo de escrever as questões é colocar no papel a descrição da prova, quais conteúdos, quais competências se quer avaliar - tecnicamente, trata-se de estabelecer os descritores. Isso vai determinar, em grande medida, a formulação das questões e a estrutura do exame. 
O desenvolvimento das questões é um dos pontos que mais atrapalham os professores, não apenas pela
falta de clareza de que conteúdos mais relevantes devem ser avaliados, mas pela própria linguagem. 
"Com frequência, a linguagem utilizada não é clara e precisa, deixando o aluno em dúvida sobre o que o professor realmente quer como resposta", diz Vasco Moretto, autor do livro Prova: um momento privilegiado de estudo, em que analisou mais de 8 mil provas recolhidas em todo o Brasil. 

Clareza 

Um dos males mais comuns dos testes escritos aplicados nas escolas brasileiras é, segundo Moretto, a falta de parâmetros claros para a correção. Ao utilizar perguntas genéricas como "Comente, dê sua opinião", o professor automaticamente está dando carta branca para todo tipo de resposta. 
"O comando deve estar muito claro", confirma Tadeu da Ponte. A clareza da questão, a adequação do vocabulário à faixa etária e a objetividade também são atributos de uma boa prova. "Muitas vezes, o professor faz uma questão com quatro ou cinco temas embutidos, porque acha que poderia ser bom perguntar também isso e aquilo. Isso, no entanto, só dificulta a análise posterior", analisa Tadeu. 
Terminada a questão, mande-se imprimir? Nada disso. Um protocolo comum nas instituições que elaboram exames deve ser seguido. O primeiro é reler a questão que se escreveu. Parece básico, mas a falta desse procedimento explica a grande quantidade de erros de gabarito ainda encontrados. Aliás, erros de gramática identificados pelos alunos podem até desacreditar o instrumento e desmoralizar o professor diante da turma. 
Outro engano comum é o uso de gráficos e ilustrações coloridas. Muitas vezes, os professores fazem provas com belas imagens, mas esquecem que ainda ela será reproduzida - talvez por uma máquina que imprima em branco e preto, com péssima definição e ainda em formato reduzido. Isso faz com que a compreensão das questões pelo aluno seja muito prejudicada. 
Por fim, para Tadeu, a cada releitura, o professor deve procurar ver se era possível perguntar a mesma coisa com menos palavras. A objetividade é um parâmetro de qualidade e permite melhores resultados no teste. "Muitas vezes dizemos que nossos alunos são prolixos e pouco objetivos, mas as próprias questões induzem a isso", avalia o matemático. 

Conteúdos versus habilidades 

A partir de 1997, professores passaram a lidar com a preocupação de contextualizar as questões, especialmente nos grandes vestibulares, incluindo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Isso tem a ver diretamente com a concepção de aprendizagem significativa, originada especialmente das ideias do psicólogo norte-americano David Ausubel. O conceito remete à necessidade de estabelecer relações entre as aprendizagens prévias e a busca de conexões com a realidade do aluno. Para Vasco Moretto, uma característica típica da boa prova é, justamente, sua capacidade de estimular a aprendizagem significativa, o que requer a contextualização do que está sendo perguntado, por exemplo, por meio de um texto anterior. 
Não se trata de um desafio simples, até porque nas escolas há uma clara dissociação entre os "saberes escolares" e a vida real. Mas, ainda que seja difícil desenvolver um teste que traga tais qualidades, é possível tornar a prova interessante, no entender de Tadeu da Ponte. 
"A contextualização não implica sempre que a questão deve ter a ver com a vida do aluno, mas que ele será provocado a pensar para resolver o problema, talvez de uma forma a que não está habituado", diz. 
Esse princípio automaticamente inibe a prática da memorização de respostas e procedimentos, o que deve ser, em última instância, preservado, em sua perspectiva. Ao mesmo tempo, a memorização, que é considerada um método ultrapassado de aprendizagem por muitos educadores, não pode ser esquecida. Em janeiro deste ano, a revista acadêmica norte-americana Science publicou um estudo que apontou que a "decoreba" pode impactar positivamente no desempenho dos estudantes. 
Realizada pelo psicólogo Jeffrey Karpicke, ligado à Universidade de Purdue, no Estado de Indiana, a pesquisa envolveu 200 jovens universitários. Os alunos estudaram textos científicos de duas formas.
A primeira os estimulou a fazer elaborações sobre o conteúdo que aprenderam, com o texto em mãos. A outra simplesmente os afastou do texto, na tentativa de recuperar o máximo de informação por meio da memória. 
Os jovens que exercitaram a memória em vez de estudar com o texto à sua frente apresentaram resultado 50% superior em provas aplicadas. Segundo o estudo, a memorização ajudou os alunos a responder questões que exigiam deduções mais complexas e cruzamento de informações. 
A hipótese de Karpicke para explicar os resultados aponta que o processo de relembrar não envolveria apenas o resgate de informações já arquivadas no cérebro, mas também de reconstrução do que foi armazenado, o que obrigaria o órgão a reorganizar o assunto e priorizar determinados tópicos. 
"Não podemos nos levar por preconceitos. Há, de fato, conhecimentos que precisam ser memorizados. Por outro lado, devemos procurar oferecer situações-problema que levem o aluno a se apropriar desses conteúdos, tornando-se capaz de pensar de forma diferente, conforme os contextos que se apresentam", opina Tadeu da Ponte. 



REFLEXÃO 

A SEE pretende diagnosticar através da Avaliação de Aprendizagem em Processo o desempenho das unidades escolares. 
Como em suas aulas, estudando as defasagens de aprendizagens de seus alunos, você parte destes subsídios e caminha para o ideal? Comente: 






20 comentários:

  1. Concordo com Paulo de Camargo quando se refere ao risco das questões abertas não serem claras nas avaliações, portanto tento fazê-las com uma linguagem objetiva para que os alunos possam por si mesmos referenciá-las e interpretá-las ao conteúdo ensinado. Já as questões polêmicas, como relata Tadeu, aproveito-as no decorrer das aulas, quando as questiono para análises individuais e coletivas, fazendo-os participar na solução do problema abordado. Porém, outros fatores comprometem o ensino-aprendizagem como a precária "alfabetização" no ciclo básico, tornando-os muitas vezes, apenas "copistas", sem reflexão, argumentação ou pensamento lógico. Outro fator determinante é não assimilarem, nem relacionarem o conteúdo ao contexto, raramente lembrando-se de algo comentado durantes as aulas. Quanto à prática decorativa, sou a favor sim, pois sem a mesma, tornam-se preguiçosos e lentos no raciocínio, (mérito aplicado ao uso distorcido da prática construtivista, que ao meu ver, só deveria ser trabalhada após a alfabetização plena e correta). Maior fator ainda, apontando o insucesso irreversível educacional, está sendo a progressão automática, porque além de terem apenas"passado" pelas séries anteriores, mesmo com as menções contradizentes, são aprovados automaticamente, sem no entanto, possuírem os chamados "pré-requisitos" para promovê-los plenamente à série seguinte. Tenho tentado reverter tal quadro, o que nem sempre tenho conseguido com sucesso, mas para mim, "jogar de volta ao mar aquela estrela solitária na areia", já faz a grande diferença"! Jacqueline

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  2. Já faz algum tempo que as avaliações da SEE sinalizam um olhar diferenciado para o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa. Como o foco, segundo a proposta curricular, de todo este processo centra-se no aluno, em seus saberes prévios considerados, a questão do domínio da língua materna, tem passado por várias e significativas transformações.
    Não se cobra mais o conteúdo gramatical como se fazia antigamente. O estudo da Gramática hoje é contextualizado e a decoreba foi abolida em exames e concursos das mais conceituadas instituições. Sendo assim, surpresa pode causar a muitos o resultado da pesquisa do artigo motivador deste ATPC, ao constatar as vantagens (ainda que tardiamente) da memorização.
    Ora, hoje se condena a decoreba, porém, exige-se uma produção de texto dentro dos rigores da norma culta. E já que não se conjuga mais verbos, nem existe uma cobrança nesse sentido, não é de se estranhar que alunos de 3º ano de EM sintam-se inseguros ao grafar, por exemplo,
    “fizéssemos”, muitas vezes escrito assim:” fizé-se-mos” ou “fizesse-mos”.Isto porque, quando se copiava as conjugações verbais de uma forma mecânica, sem querer assimilava-se o registro correto de radicais e desinências verbais. Tive um professor na faculdade que dizia “Nós nunca nos esquecemos do que é importante em nossas vidas”.
    Serei bem sincera: procuro trabalhar seguindo a proposta, mas não acho que faça mal algum muitas coisas que hoje são consideradas ultrapassadas, e sempre que acho necessário recorro de bom grado à boa e velha Gramática tradicional.
    Mônica Monnerat

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  3. Através da experiência adquirida em vivenciar em sala de aula, durante muitos dos últimos anos, o problema das defasagens de aprendizagens de muitos de meus alunos, tanto no ensino fundamental como no ensino médio, demonstradas quanto à assimilação de conteúdos propostos regulares e respectivos a cada série, procurei desenvolver um senso apurado de observação, para uma vez detectado o nível de defasagem de aprendizado de um determinado aluno e/ou uma turma, constatar as dificuldades presentes no desenvolvimento do processo educacional escolar desse aluno e/ou turma e, com objetividade procurar suprir, de fato, a lacuna apresentada pelo desempenho dos alunos, que apresentam dificuldades de aprendizagem para a etapa do processo escolar em que se encontram.
    Procuro criar expectativas para poder pensar nas melhores formas de trabalhar cada um dos conteúdos, definindo o que ensinar, onde quero chegar, o conjunto de estratégias de ensino e como vou fazer isso; também, por quanto tempo usar cada uma delas e com que profundidade trabalhar os conteúdos. As adaptações dos conteúdos trabalhados e a utilização de materiais diversificados, presentes no cotidiano escolar e de vida dos alunos com defasagens, também, são essenciais para o aprendizado, pois, proporcionam uma estratégia diferenciada àqueles que já apresentam dificuldade de assimilação e desempenho com o desenvolvimento dos conteúdos curriculares.
    Penso que é importante que o docente tenha flexibilidade, capacidade de criar e de inovar, acrescente coisas da sua experiência profissional e, creio, também, que o grande desafio para quem leciona para alunos com defasagem de aprendizado, é derrubar o pessimismo por parte dos alunos e acreditar na capacidade destes para poder incentivá-los.
    Prof. Carlos Augusto Balula Moraes.

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  4. Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.
    O professor, que trabalha numa dinâmica interativa, tem noção, ao longo de todo o ano, da participação e produtividade de cada aluno. É preciso deixar claro que a prova é somente uma formalidade do sistema escolar. Como, em geral, a avaliação formal é datada e obrigatória, devem-se ter inúmeros cuidados em sua elaboração e aplicação.
    Os dois parágrafos acima estão “politicamente corretos” e deveriam nortear as nossas avaliações, entretanto existem certos problemas no ambiente escolar que são praticamente impossíveis de não ocorrer, sendo a desmotivação do aluno um dos mais preocupantes. Geralmente a falta de motivação é originada das características próprias do aluno e do ambiente escolar como um todo. Ressalta-se que os pais, os colegas e o grupo social no qual este jovem se relaciona, também contribuem para a sua desmotivação.
    A desmotivação do aluno talvez seja hoje o maior problema educacional, pois parte de uma característica cultural de nosso povo hedonista, que prioriza apenas os prazeres físicos e imediatos. Prazeres estes não oferecidos pela Educação como culturalização.
    Grande parte de minhas aulas dedico aos conteúdos científicos, principalmente matemática elementar, do ensino fundamental que os alunos não assimilaram por absoluto desinteresse. Na verdade, sou mais professor de matemática básica (operações aritméticas e algébricas) do que de Física e, desta forma, procuro minimizar as defasagens de aprendizagens.
    James

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  5. Em matemática, segundo pesquisa a avaliação do ENEM engloba 99% de conteúdo do nono ano do Ensino Fundamental e primeiro ano do Ensino Médio. Nossos alunos precisam saber conceitos básicos desses anos.
    As avaliações da SEE também englobam esses conceitos.
    Como trabalho com classes de terceiros anos do ensino médio me questiono constantemente sobre o conteúdo programático.Retomadas são necessárias diariamente, muitos conceitos e fórmulas devem ser memorizadas e o principal é desenvolver o raciocínio lógico trabalhando juntamente a leitura e interpretação de situações problema.
    Segundo o texto "relembrar é reconstruir o que foi armazenado", mas o que percebo nessa nova geração é que nada fica armazenado.
    Mesmo estando numa época interativa “O aluno tem que manter momentos de estudo para absorver a quantidade de informações recebidas, ou o aprendizado não vai ocorrer. Por isso, essa necessidade permanece, isso não muda”.

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  6. Estudando as defasagens de aprendizagem dos alunos na matéria de Português que está ligada a de arte que faz parte da área de linguagens e códigos, procuro trabalhar com interpretações visuais e textuais, contextualizações, a fala, análises de situações e entendimento delas.
    Faço aulas diferenciadas com a ajuda do teatro, da poesia, da música e assim como a minha colega Mônica disse acima quando se faz necessário recorro a Gramática (que foi posta de lado).
    Só que como todos os meus colegas disseram acima os alunos estão cada vez mais desinteressados dos conteúdos das aulas, estão indo a escola por pura obrigação então não acredito que todo nosso empenho seja válido no fim...será?
    Proef. Tatiana Cascaes

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  7. A geografia em minhas aulas, se torna na verdade apenas a ponte que une as diversas formas do saber, utilizo muito textos, forço a interpretação, a analise crítica, e principalmente o exercicio mental, isso é muito dificil no dia a dia em sala de aula, porque há uma situação crônica entre esta geração, onde o ato de pensar se perdeu....e a cada dia....Sabemos que existem disciplinas e conteúdos importantes para a formação do aluno. A intenção não é acabar com isso e deixar que aluno aprenda quando e o que bem entender. Esses conteúdos levam em consideração suas habilidades cognitivas, de forma que possam utilizá-los em situações fora do ambiente escolar. Só assim podemos dizer que de fato o aluno aprendeu.
    Infelizmente, em algumas instituições educativas, os conteúdos são apenas transmitidos sem que os alunos compreendam sua importância.

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  8. Em relação às defasagens de aprendizagem, na disciplina de Língua Portuguesa, procuro desenvolver com os alunos vários aspectos da linguagem verbal e não verbal, respeitando o conhecimento prévio dos mesmos que é algo a ser considerável no planejamento das aulas. Os textos de interpretação são preparados de forma contextualizada, seguindo às orientações do currículo.
    Além disso, acredito que incentivar os alunos a se envolverem mais nas diversas situações de aprendizagem, participando das aulas com mais interesse e comprometimento contribuirá bastante com a redução da defasagem.
    Porém, hoje lidamos com alguns alunos desinteressados que não querem evoluir e aprimorar seus conhecimentos. Para esses jovens, a escola é entediante e uma prisão. Isso tudo só nos faz compreender que a defasagem será amenizada se houver uma parceria da família, no sentido de acompanhar de perto a formação da criança.
    O ideal seria se os alunos intensificassem os seus estudos para, assim, terem bons resultados. É fundamental que haja muita dedicação e esforço não apenas dos docentes, mas principalmente, dos discentes. Desta forma, a parceria entre a família e a escola será um dos caminhos para a melhoria da defasagem.

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  9. Na disciplina de Educação Física a avaliação se difere das outras, justamente em relação a prática de atividades físicas, porém, antes de avaliar os alunos em sua plenitude física devemos fazer com que entendam as possibilidades que podem alcançar e conheçam seu próprio corpo numa proporção de relatividade com o meio em que vive. Que se descubra enquanto ser humano completo e presente nas relações sociabilizadoras do meio em que vive. Trata-se do "movimentar-se" e, para que haja pleno êxito, devemos aplicar o conhecimento das complexidades do corpo humano e do pensamento. Assim, as questões avaliativas devem sobrepor-se ao simples método avaliativo de respostas sem fundamentos, sem embasamento científico e de cunho meramente decorativo. Procuramos estabelecer parâmetros que possibilitem ao aluno raciocinar e concluir suas respostas de acordo com suas vivências e conhecimento adquiridos.
    É isso.
    Prof. Sidnei

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  10. Cada disciplina usa métodos diferentes de avaliação. Em Gegrafia procuro que o educando comente o que ele entendeu dos temas em sala de aula discutidos, deixando de lado a prática da memorização. Busco no aluno respostas objetivas, mas sei que cada um vai responder só o necessário, mas é justamente o que eu desejo porque serve para mim, também com autoavaliação, para saber se estou no caminho certo, se estou conseguindo ou não a atenção suficiente e se os assuntos chamam ou não a atenção deles.
    Cabe destacar que a SEE sabe muito bem a resposta para uma boa elaboração de provas por parte do corpo docente. É dar o que o Governo Federal já estipulou: menos tempo em sala de aula e mais tempo para preparar suas avaliações, trabalhos, pesquisas, etc.
    Quando isso acontecer o professor poderá ser questionado em caso de falta de clareza das provas, erros de gramática, etc. porque tempo nós vamos ter.
    Walter

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  12. Eu procuro preparar provas de forma mais clara e objetiva possível, porém vejo os alunos extremamente desestimulados muitas vezes mal lêem a avaliação. Concordo plenamente com as colegas de Língua Portuguesa, embora tentando sempre seguir a proposta, eventualmente recorro aos livros de gramática. E acho importante que os alunos tenham contato com esse material. Pois considero importante no dia a dia. Edlaine

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  13. Num artigo publicado no The New york Times o empresário Bill Gates, financia diversos estudos para desenvolver um sistema melhor de avaliação do ensino. ..Defendeu que os testes devem ser usados para que o professor receba um feedback e entenda os aspectos positivos e , as dificuldades de sua aula. Segundo ele, sem devolutivas as avaliações tornam-se uma formalidade. O matemático, Tadeu da Ponte, também fala da importância do feedback , porém os dois estão se referindo ao professor universitário .Concordo que a prova precisa estar dentro do contexto de cada sala , do cuidado no planejamento das provas, no feedback das provas , na defasagem de aprendizagem que cada sala apresenta . Por outro lado, deparamos com uma série de obstáculos e questões burocráticas que nos impedem de fazer o feedback. A prova surgiu no século 16 e continua como sinônimo de avaliação, basta observar os exames classificatórios presente na educação do Brasil. Quem precisa rever os conceitos de avaliação? Nós professores, ou os responsáveis pelos exames internos e externos. Os teóricos sempre estão na mídia culpando o educador pela responsabilidade do fracasso escolar dos alunos. Será que algum dia o educador será valorizado?

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  14. Com o resultado obtido da Avaliação em processo, procuro repetir estratégias positivas e repensar resultados negativos.
    As avaliações individuais são realizadas e servem para conferir o conteúdo estabelecido pela SEE .
    Um dos objetivos das aulas de História é a de formar um individuo que consiga se relacionar bem com o mundo: família, escola e emprego.
    Além disso que acredite em si próprio . Sendo um agente transformador.
    Talvez os resultados esperados pela SEE não tenham sido ainda os ideais. Tenho certeza que preparar alunos questionadores e que saibam resolver problemas é o caminho certo para obter o resultado esperado.

    Maria Alcedina

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  15. Considero que a avaliação deve ser contínua, valorizar a comunicação, participação, conteúdo entre outros. Porém, reconheço que avaliar é sempre uma tarefa difícil, principalmente na minha disciplina. Procuro reconhecer a participação, envolvimento e o caráter reflexivo e crítico do aluno durante as aulas. Nas elaborações das avaliações procuro relacionar as capacidades cognitivas, interpretativas com as exigências e formulações dos vestibulares e dos parâmetros curriculares nacionais, que estejam vinculados a disciplina.

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  16. Toda aula deve servir como avalição do aluno e isso se dá por meio da interatividade que deve existir. Cada tema das aulas deve passar por um diálogo com os alunos afim de que o professor perceba a maneira como estão aprendendo. Desta forma, a avaliação é constante, fornecendo dados da forma com a qual os alunos estão aprendendo.
    Quanto às avalições diagnósticas da SEE, podem servir como parâmetro, pois têm demonstrado certos tipos de habilidades que deveriam ter sido adquiridas. Sendo assim, o professor passa a ter condições de verificação dos componentes curriculares de devem ser resgatados em sala de aula e que por algum motivo os alunos de determinadas turmas não aprenderam.
    Entretanto, após o fechamento das notas do 1º bimestre, verifiquei que, mesmo tendo abordado os componentes curriculares propostos de maneiras diferenciadas em sala de aula, há turmas que não alcançaram o objetivo da aprendizagem devido a resistência em participar do processo e, isso só pode ser fruto da malfadada e mal compreendida progressão continuada, na verdade praticada como aprovação automática, responsável pela promoção de alunos que não adquiriram o conhecimento necessário para passar à série seguinte.
    Então temos alunos na primeira série do ensino médio que ainda não tomaram para si a necessidade do real aprendizado e insistem resistir a todos os meios de avalição da sua aprendizagem aplicadas pelo professor em sala de aula.

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  17. A avaliação de um aluno não finaliza nos conceitos que ele possa ter adquirido em aulas, mas o numero de erros e acertos de uma turma servem de parâmetros para outros questionamentos como:
    - Se o numero de erros foi grande, as aulas foram suficientes para a cobrança em avaliação?A turma se empenhou no estudo pós-aula?Com um grande numero de acertos a avaliação não estava aquém do conhecimento dos alunos?
    Como isso temos uma auto avaliação e uma avaliação da própria turma.
    Estudando as defasagens que foram apontadas durante as avaliações dos alunos, é que retomo os conceitos que ainda não foram assimilados para alcançar o ideal de aprendizagem.
    Profº Arnaldo Santana

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  19. A Avaliação da Aprendizagem em Processo, em virtude de seu caráter formativo e diagnóstico, deve ser sistemática, contínua e investigativa. O conhecimento efetivamente adquirido torna-se significativo na medida em que é utilizado na resolução de problemas e na superação de dificuldades. A intencionalidade percebida na proposição dos conteúdos serve de parâmetro interpretativo para o destinatário que ainda não reconhece a sua importância. A contextualização do conhecimento significativo é de fundamental importância na utilização das competências e habilidades que o autenticam.
    É preciso se apropriar dos conteúdos apresentados para que sejam desenvolvidas competências e habilidades circunstanciadas e referenciadas a estes conteúdos e para que sejam não somente instrumentalizados como também problematizados e priorizados conhecimentos significativos e devidamente contextualizados.

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  20. A apropriação do conhecimento significativo depende quase que exclusivamente do educando na medida em que o aprendiz percebe o quanto esse conhecimento proporciona, confere e atribui um caráter prático, experimental e investigativo a sua vida cotidiana!

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