O COTIDIANO ESCOLAR
Para a reflexão desta semana assistam ao vídeo a seguir:
Podemos destacar alguns comportamentos relevantes dos alunos na concepção bem humorada de uma sala de aula, como:
- Patty Pimentinha preocupada com sua aparência ao final do Ensino Médio;
- Charlie Brown rotulado como uma aluno "C";
- Sally tentando deliberadamente acertar as questões chutando-as;
- Sally e Minduim, que são irmãos, preocupados com o julgamento de suas ações.
Agora reflita:
- Como podemos interpretar a figura da Professora?
- Por que ela não aparece e tem uma fala peculiar?
- Na visão de Schultz qual é o papel do professor em sala de aula?
- Somos assim também?
As tiras de Charles M. Schulz foram publicadas diária e ininterruptamente por quase 50 anos – o que nunca aconteceu com nenhuma outra HQ – e chegaram figurar em 2,6 mil jornais, atingindo um público de 355 milhões de leitores em 75 países e 40 línguas.
A presença da Professora nem sempre é percebida pelos alunos e interpretada por uma fala " intraduzível ",além de ser representada como uma pessoa ora "inatingível ", ora "dispensável " pelos mesmos. Algumas vezes me deparo com situações semelhantes em sala de aula, então procuro voltar ao ponto de partida e mudar as estratégias para poder, pelo menos, ser compreendida pela maioria deles, ou seja, tento me policiar na maior parte do tempo para não perder o foco e dar continuidade ao conteúdo proposto da aula. Jacqueline
ResponderExcluirO vídeo nos apresenta uma classe cheia de preocupações e dificuldades, bem como alunos interagindo de forma participativa, contudo a professora jamais aparece, justamente por representar uma figura neutra, insignificante para o aprendizado dos alunos, sempre contrária aos anseios dos alunos, prevalesce o "não" como resposta aso questionamentos e em momento algum qualquer consideração plausível, capaz de esclarer as dúvidas dos alunos. Trata-se do professor sem compromisso com o aprendizado, preso aos conteúdos prontos e insensível as diferenças dos alunos.
ResponderExcluirÉ claro que para Schulz a professora ideal seria aquela que contrária ao perfil apresentado na fala anterior, direcionasse suas aulas de maneira a possibilitar maior aprendizado aos alunos, interagisse para com eles e procurasse satisfazer suas dúvidas, apontasse críticas construtivas e melhor avaliasse suas potencialidades. Que dinamizasse as aulas com novas possibilidades de aprendizado, aulas diferentes, motivacionais entre outras.
Quanto a nós professores atuais, posso dizer que muitas vezes agimos assim, isso, nas observações que tenho feito durante todo o meu tempo de professor na rede pública, mas também, de outra sorte, posso afirmar que muitos profissionais estão apresentando comprometimento e atuando com competência.
Enfim, é isso.
PROF. SIDNEI
A comunicação entre os alunos e com a docente é dificultada e permanece bloqueada tanto pela falta de entendimento dos conteúdos quanto pela falta de acompanhamento docente. As intervenções pedagógicas negativas e patéticas não contribuem para a construção do conhecimento na medida em que impedem a conscientização dos alunos decorrente de sua livre participação nas atividades propostas. A recomendação didática seria a de contribuir de forma voluntária e efetiva com o processo de aprendizagem.
ResponderExcluirA professora, no meu modo de ver, apresenta um comportamento indiferente em relação aos seus alunos, não interagindo com os mesmos, se limitando a poucas palavras e deixando-os, praticamente, à mercê de si mesmos, pouco orientados e sem interferir para auxiliá-los em suas dúvidas. Além de mostrar um certo desinteresse, propôs questões complexas e de difícil interpretação por parte de seus alunos, que tiveram dificuldade de resolvê-las sem o devido auxílio.
ResponderExcluirSuponho que na visão de Schultz, o mesmo entende que o professor deveria interagir mais com seus alunos, sendo mais participativo e procurando auxiliá-los em suas dúvidas em relação às questões propostas e, ainda, elaborá-las numa linguagem mais adequada e própria para o nível de escolaridade e entendimento dos mesmos.
Creio que todos nós professores devemos sim interagir com os nossos alunos numa linguagem acessível aos mesmos e sempre procurar auxiliá-los esclarecendo suas dúvidas e acompanhando-os em suas dificuldades dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Prof. Carlos Augusto Balula Moraes.
Percebe-se que a professora não interage com os discentes, anulando-se no exercício de sua função e, ainda, há um certo descaso no que se refere à aprendizagem, pois o conteúdo não é assimilado como deveria ser caso houvesse o acompanhamento do docente. Analisando o vídeo, nota-se também que os alunos apresentam várias dificuldades em resolver as atividades e, em nenhum momento, eles solicitam o auxílio da professora, ou seja, eles agem como se ela não estivesse na sala de aula.
ResponderExcluirSegundo informações do vídeo, acredito que por existir a indiferença da professora para com os alunos, a sua fala consequentemente se resumiu num discurso pronto, sem nenhum comprometimento com a aprendizagem. Por outro lado, é notável que Schultz, em sua crítica, espera que o professor reconheça qual é o seu papel na Educação, pois estamos contribuindo para formação de um cidadão crítico que saiba se socializar e fazer a diferença no mercado de trabalho.
Assim, como professora, procuro diagnosticar se os alunos estão conseguindo compreender o conteúdo. Caso o resultado seja negativo, traço outros recursos pedagógicos, que os incentivem a assimilação das aulas para obtermos dados satisfatórios.
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ExcluirNo video deparamos com um cenário não muito distante de algumas salas de aula, a diversidade de interesse dos alunos ora distantes das expectativas da professora. A relação se dificulta ainda mais devido a linguagem intraduzivel da professora. Os mundos parecem não serem os mesmos. Destaco o interesse de uma parcela em participar e ver que seus resultados não são os certos e procuram na lamentação uma alternativa para uma nova solução. Dentro da minha realidade de aula procuro sempre exemplos dentro do cotidiano popular para exemplificar um determinado conteúdo, na linguagem procuro por vezes usar uma fala mais simplificada, porém mesmo com o esforço empreendido percebo que por vezes não fui compreendido. Mas continuo na tentativa de encontrar novas formas de se chegar a este "admiravel mundo novo".
ResponderExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirBem, o que transparece na figura da professora é a impessoalidade, ou seja, alguém sem rosto, sem expressão, com uma voz metálica distorcida, passando a ideia de como sua fala é percebida pelos alunos. Pela reação destes, há uma cobrança grande de tarefas que apresentam pouco ou nenhum sentido . A mediação professor-aluno não acontece, o que os deixa sem perspectivas. O fato de a professora não aparecer pode indicar a ausência de vínculo nessa relação.
Na visão de Schultz, já que a questão foi formulada no presente, o papel do professor em sala é de um cobrador de conteúdos e do detentor do saber que define o certo e o errado. Agora, se a questão fosse “qual seria o papel do professor em sala de aula” na visão de Schultz, penso que ele teria como ideal que fosse o inverso desta situação. Afinal, como artista, realizou uma crítica bem humorada da instituição “escola”.
Com relação à última pergunta, creio que muitas vezes, nos distanciamos do que seria o ideal em termos de trabalho pedagógico, por razões que são do conhecimento de todos, limitando-nos a repetições de ações mecânicas que já não fazem mais sentido. Inúmeras são as dificuldades que encontramos em nosso cotidiano, porém em muitas ocasiões conseguimos (até sem querer) obter um resultado significativo em algumas atividades, o que, sem dúvida, nos impede de desistir.
Mônica Monnerat
ExcluirNo vídeo , mostra um profissional com uma concepção pedagógica tradicional, acadêmico, enciclopedista, técnico com conhecimentos prontos, acabados, e uma forma mecanicista no processo ensino aprendizagem. A prática pedagógica da professora reflete no processo de ensino aprendizagem dos alunos, quando a mesma não valoriza as experiências e histórias dos alunos, desconhece a diversidade, conteúdos sem significados e fora da realidade, a falta de interação. Charles schulz criou as tirinhas com personagens de acordo com o seu tempo e cotidiano, e era essa visão que ele tinha do professor.Por muitos anos, a própria literatura culpou o professor e sua prática pedagógica pelo fracasso escolar. E as variáveis intra e extra curriculares que intervêm no processo de produção do fracasso escolar?
ExcluirConcordo que o professor precisa repensar sua prática pedagógica, ser mediador da aprendizagem, estar preparado para lidar com as diversidades, interagir com os alunos , conhecer os problemas sociais, dar abertura para autonomia da própria aprendizagem e uma série de outra frases que ouvimos constantemente pelos estudiosos da educação. Não querendo ser pessimista e tão pouco criticar ou responsabilizar esse (a) ou aquele (a), mas o que eu observo no espaço escolar é uma realidade diferente do que se discute na teoria.
Denise.
Pelo vídeo percebi que temos classes muito semelhantes em nossa escola. Alunos interagem entre eles, muitas vezes se perdem mas constantemente descartam o professor. Uma minoria requisita auxílio.Perdem o foco facilmente.Em uma aula de matemática percebe-se muitos envolvidos em outra disciplina, finalizando trabalhos para serem entregues às pressas.O professor precisa ser muito criativo hoje em dia,aulas mecânicas e conteudistas nos afastam mais e mais dessa nova geração.
ResponderExcluirNo contexto apresentado, é impossível interpretar esses sons metálicos como sendo a figura do professor.
ResponderExcluirOs alunos interagem entre eles, os problemas surgem e são resolvidos, porém sem conseguir resultados positivos , pois precisam de orientação e em seu "mundo" negam a participação do professor.
Procuro fazer com que a aula seja participativa, a interação é necessária para o aprendizado.
Maria Alcedina!
O discurso de Schultz e a sua visão, na verdade não foge a visão que nós professores temos desta nossa realidade, o desejo seria que as aulas fossem dinâmicas, possibilitando um melhor aprendizado e interação, onde alunos tivessem interesse em satisfazer suas dúvidas e questionamentos, onde surgissem dúvidas construtivas e onde pudéssemos realmente ter um parâmetro de avaliação dos alunos. Muito se fala em que os professores deveriam ser assim...agir desta forma....rever seus conceitos...mudar sua jeito de agir...mas pouco se fala da realidade dos alunos, onde não basta só nós nos atualizarmos e adotarmos uma nova postura, onde existe também o outro lado da moeda, onde não temos mais os valores e princípios por parte dos alunos, não dá pra mudar só de um lado, em uma via de mão dupla. Acho pertinente esta visão de Schultz, mas falar e apontar é fácil...mudar uma realidade é muito mais complexo. Será que se ele estivesse em sala de aula neste exato momento, ele conseguiria extrair em um estalar de dedos, o interesse e a participação dos alunos....mudar sua postura e fazer da sala de aula...a tão apontada perfeição....
ResponderExcluirNós profissionais da educação fazemos nossa parte, mas parece que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco....nós não somos a causa e muito menos os responsáveis por esse processo que se apresenta agora. Ainda existem profissionais competentes que buscam acertar a cada dia, mesmo com poucas condições e muitas imposições.
Só de vídeos e teorias escritas por pensadores não podemos trabalhar de forma adequada. É necessária a capacitação do professor, cursos ministrados por especialistas, ver onde o profissional da educação precisa melhorar, principalmente nestes últimos anos, onde encontramos uma sociedade ausente (pais), fato comprovado nas reuniõs de pais e mestres.
ExcluirPara isso o educador deve se reciclar, e o ideal seria no seu horário de trabalho, mas....
Por enquanto isso não acontece vamos ficar igual que o desenho, e dentro do possível tentar melhorar, é claro.
Walter
A professora apresenta no vídeo um comportamento indiferente e descomprometido em relação aos alunos, que demonstraram muitas duvidas não tendo auxílio da professora.
ResponderExcluirAcredito que Schultz critica este comportamento, esperando que a docente perceba seu papel no cotidiano escolar.
Edlaine
O papel da professora da animação apresentada é o de poucas intervenções em um tipo de ensino centrado no aluno. Ou seja, o professor oferece aulas expositivas, os alunos copiam do quadro negro e tentam resolver problemas, fazer interpretações. Disso se deduz que não há interação em sala de aula. O professor não é mediador, apenas corrige respostas dos alunos. E, se os alunos não acertam, que decorem mais. Nesse tipo de ensino o professor não precisa aparecer mesmo.
ResponderExcluirHoje, infelizmente, isso pode acontecer em sala de aula, tudo depende da postura que o professor adotar, uma vez que a promoção automática, mascarada com o nome de progressão continuada no nosso país, não requer que o professor enfrente tantas adversidades com alunos e suas famílias alheios ao processo de ensino e de aprendizagem. Sendo assim, o desinteresse se instala de todos os lados: pais, alunos e professores.
Por outro lado, se o professor tem a postura resistente de contrariar este sistema imposto em que o aluno do ensino fundamental passa de ano sem aprender, a interação acontece e os alunos resistentes ao aprendizado são obrigados a deixar a zona do conforto e aderir ao aprendizado. Nem que para isso o professor seja obrigado a enfrentar com pulso firme e sem esmorecer a indisciplina reinante em muitas salas de aula. Quando isso acontece, os pais são obrigados a sair da zona de conforto também e participar mais educação escolar de seus filhos.
Os professores nas tirinhas de Schulz apresentavam-se invariavelmente com elevação moral e de conteúdo, de monotonia em suas práticas de ensino, de
ResponderExcluirimpaciência, incompreensão, inabilidade tecnológica, isolamento, respeito, rigor, despreocupação com a aprendizagem dos alunos, velhice e de riqueza/boas condições econômicas. Em resumo, eram “apagados”, impessoais e desinteressados. São professores típicos da primeira metade do século XX, quando Schulz era aluno, ou seja aquele que ensinava era uma mulher de fino trato, advinda de uma família e respeitada que em nada dependia do seu salário para sobreviver. Vivendo nessa condição, a professora envelhecia e continuava a lecionar independente da revolução cultural e tecnologia que pudesse ocorrer em sua época.
Obviamente, o professor do século XXI não tem o mesmo perfil dos professores das tirinhas de Schulz.
James
Observa-se que há uma crítica à instituição escola de maneira implícita, quando Schulz caracteriza a professora como uma profissional não comprometida com o processo ensino-aprendizagem, já que em nenhum momento intervém para solucionar as dúvidas dos alunos, muito menos tenta buscar interação com eles a fim de se crie uma situação acolhedora para que eles se sintam à vontade de perguntar algo a ela. Atualmente, penso que são raros os casos em que isso ocorre, pois a relação professor-aluno está mais estreita, permitindo que haja uma interação maior entre ambos, favorecendo o processo de aprendizagem.
ResponderExcluirA interpretação da figura do professor(a) para Schultz não está muito longe do que realmente somos para o dia a dia dos alunos. É muitas vezes clara qual é a visão do autor sobre o professor que atua durante todas as cenas como um agente secundário da educação dos alunos. E aqui eu deixo um questionamento não somos realmente este profissional do desenho? No mundo da informação, ainda mais que na época de Schultz, não temos um papel secundário, e me arrisco a dizer que até terciário, em suas vidas cheias de dilemas como é mostrado? A escola hoje assume um papel extremamente social, muito além do formal. Neste caldeirão que é a escola (principalmente a de ensino médio) o aluno está atrás de outros conhecimentos e interações que nós professores, na ânsia de passar informação, não conseguimos fornecer. Pouco do que passamos de matéria será levado por muito tempo, mas muito de nossa postura social e ideológica será absorvido positivamente ou negativamente. Está ai a nossa importância que Schultz não consegue mostrar em seus desenhos. Prof. Arnaldo Santana
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