O professor posto à prova
Por: Paulo de Camargo
A prova de Geografia começa e logo o aluno de ensino fundamental se depara com a seguinte questão: "o que é depressão?". A resposta vem imediata e constrange o professor: "é aquela doença que minha mãe tem e precisa tomar remédio".
Em outra escola, o docente chega com o maço de provas. Começa a chamar os alunos para receber as notas, com um detalhe: a chamada acontece em ordem decrescente de desempenho, o que instaura uma espécie de terror na sala de aula.
Ambas as situações são reais e estão descritas no estudo Prova: um instrumento avaliativo a serviço da regulação do ensino e da aprendizagem, realizado pela pesquisadora Dirce Aparecida Foletto de Moraes, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os casos, que não são isolados, mostram como permanece profundo o abismo entre a teoria e as práticas da avaliação.
Além disso, indicam que a prova escrita, principal recurso do qual o professor lança mão para se informar sobre o desempenho dos seus alunos, frequentemente é elaborada sem os pré-requisitos necessários para se configurar como um bom instrumento de avaliação.
O estudo foi publicado na última edição da revista científica Estudos em Avaliação Educacional, da Fundação Carlos Chagas, e joga luzes sobre um tema relativamente pouco estudado na academia e insuficientemente trabalhado nos programas de pedagogia e de formação continuada.
Afinal, se é verdade que a avaliação é um componente essencial no processo de ensino e aprendizagem, e se o professor tem na prova seu instrumento mais rotineiro, torna-se urgente aprimorar o uso desse recurso, tanto na compreensão mais ampla do que ele representa, como na própria elaboração do instrumento.
Não que não haja interesse. O matemático Tadeu da Ponte, diretor do instituto de avaliação Primeira Escolha, responsável, entre outros, pelo vestibular do Ibmec, vem realizando palestras em todo o país sobre o tema da prova, sempre para auditórios lotados. "É preciso lembrar que esta não é mesmo uma questão simples, e o professor precisa ser preparado para saber avaliar", diz.
Perspectiva histórica
O primeiro passo é, exatamente, compreender o princípio do que se está fazendo. Afinal, o que é uma prova? Ela é mesmo um bom instrumento? Por que se tornou um sinônimo de avaliação? Segundo o autor Cipriano Luckesi, uma das referências no tema no Brasil, a prova surgiu ainda no século 16, na Europa, como um recurso de coleta de dados sobre o desempenho do educando.
"Esse recurso recebeu o nome de ''''prova'''' e permaneceu com essa denominação até hoje. É o mais comum e cotidiano instrumento usado em sala de aula", diz Luckesi. Boa parte de seu sucesso se explica pela eficácia de reunir informações sobre um conjunto grande de alunos.
Na Idade Média, não havia necessidade de testes escritos, devido a pouco número de aprendizes. "O mestre convivia diretamente com todos, podia observá-los, conversar, observar diretamente seu desempenho", lembra. Mas veio o tempo em que se tornou necessário o ensino para muitos e a demanda por um recurso eficiente para que o professor pudesse conhecer o desempenho de todos - e assim nasceu a prova.
Para a pesquisadora Dirce de Moraes, há outros fatores que fizeram com que o teste se tornasse um instrumento predominante ao longo dos séculos. Ele documenta e comprova o conhecimento, possibilitando a representação final por um valor numérico, que retrataria a aprendizagem daquele que foi avaliado.
Para Dirce, hoje muitos professores simplesmente não conseguem acompanhar a aprendizagem do aluno sem lançar mão da prova. "Os educadores até buscam novos caminhos, mas, por desconhecerem as diferentes ferramentas ou por sentirem-se inseguros, garantem-se na prova como instrumento comprobatório", diz.
Críticas
A prova também se tornou um meio de comunicação entre famílias, crianças e escola. Basta ver que é muito mais frequente um pai perguntar a um filho ''''como foi na prova'''', do que ''''o que você aprendeu''''.
Provavelmente, o abandono dos testes escritos causaria um terremoto na confiança que as famílias depositam na escola.
Por fim, diz a pesquisadora, até mesmo entre os alunos a prova se tornou um instrumento de status, induzindo uma hierarquia em sala de aula. "A nota da prova leva a distinções entre melhores e piores, entre aqueles que têm potencial e os que seguem para o fracasso", diz. Nesse sentido, práticas docentes como dar a nota em voz alta estimulam essa visão.
Mas essa é apenas uma das críticas direcionadas à avaliação.Uma delas diz respeito aos usos inadequados dos instrumentos, especialmente por seu caráter de controle da classe e de poder do professor sobre o aluno. Outro questionamento é a confusão entre avaliar e fazer prova. "A prova em si não avalia nada, só oferece subsídios para o professor analisar as aprendizagens dos alunos", diz Dirce.
"Avaliar é tudo o que acontece antes da nota", reforça Luckesi. Mas, tudo isso não significa que a prova seja um mal em si, alertam os pesquisadores. A questão é que ela precisa ser adequadamente aplicada. A começar do mais óbvio: uma prova escrita é útil quando se restringir às competências lógico-verbais.
Ou seja, pode-se fazer uma prova escrita sobre história da arte, mas não sobre as habilidades de um artista. Por isso mesmo, há diversas outras situações na vida escolar que requerem outros instrumentos de avaliação - como produções, portfólios, apresentações e outras formas de levantar informações sobre a aprendizagem.
Fonte: Revista do Projeto Pedagógico – Diretor UDEMO 2012.
A SEE pretende diagnosticar através da “Avaliação de Aprendizagem” em processo o desempenho das unidades escolares.
Como em suas aulas, estudando as defasagens de aprendizagem de seus alunos, você parte destes subsídios e caminha para o Ideal? Comente:
A Avaliação da Aprendizagem em Processo é um instrumento de avaliação contínuo e sistemático que deve ser adotado porque permite aos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem um monitoramento situacional, um dimensionamento das necessidades de aprendizagem e um diagnóstico minucioso das deficiências constatadas. A prova tradicional é um instrumento investigativo essencial neste processo mas que ainda não é contingencialmente suficiente. Compete ao docente formular outros instrumentos de avaliação que contemplem todas as necessidades de aprendizagem em cada nova situação de aprendizagem através da utilização de novos recursos pedagógicos. O maior desafio ainda é o de obter um comprometimento consciente e responsável de todos os participantes envolvidos na aprendizagem formativa e investigativa.
ResponderExcluirProcuro sempre mesclar as avaliações escritas com outros instrumentos como seminários, debates, questões argumentativas com conclusões individuais e coletivas, mas nenhum dos instrumentos são eficazes sozinhos. A Questão é a forma como utilizar tais instrumentos, haja vista outros fatores que nos impedem ou dificultam o trabalho investigativo-avaliativo como o tempo insuficiente para aplicá-los a contento. Cabe a nós, educandos selecionar tais meios avaliativos afim de obter a real diagnóstico para a recuperação dessa defasagem. Como relata Cortella, no atpc anterior, temos que ter a concepção de que os meios são importantes sim, mas se não soubermos aplicá-los, serão vãs tentativas para o aperfeiçoamento ensino-aprendizagem, resultando num estressante trabalho pedagógico sem resultados positivos. É necessário diversificar as "avaliações", mas não esquecer de que os objetivo é formar um cidadão adaptável às mudanças frenéticas atuais, para sua própria sobrevivência! Sempre alerto os alunos de que "nota" não é o mais importante, mas o conhecimento é que determina o seu ser, tornando-a apenas "consequência" de seus atos. Jacqueline
ResponderExcluirDesculpe-me os erros acima, pois estou atrasada, indo para a escola! Abraços, Jacqueline
ResponderExcluirEu penso que todo o processo que envolve o aprendizado de um aluno é muito mais amplo para que possa ser avaliado simplesmente através de uma prova. É inconcebível julgar os conhecimentos dos alunos em um dado momento, ao momento da prova propriamente dita.
ResponderExcluirTanto a avaliação quanto o aprendizado são um processo contínuo, progressivo e não serve apenas para avaliar o aluno, mas também, porque não, o próprio professor. É um momento que pode oportunizar reflexões sobre sua prática docente, por exemplo, se grande parte de uma turma foi mal em uma prova, poderá haver algo para ser analisado e revisto, como a forma que o conteúdo foi ensinado, ou o modo como ele foi cobrado na prova, nesse caso, caberá então, ao professor investigar o que de fato ocorreu.
O professor como um mediador na construção do conhecimento deve promover atividades que favoreçam a reflexão, a criatividade dos alunos e não apenas avaliá-los pelas respostas das provas, mas também valorizar o cotidiano, suas conquistas, seus posicionamentos, bem como interesse e participação.
Portanto, quero crer, que a avaliação do aprendizado se faz a cada dia, progressivamente, em sala de aula, e restringi-la a um momento, uma data marcada, como no caso de uma prova somente, faz perder todo o sentido que envolve o processo de ensino-aprendizagem.
Prof. Carlos Augusto Balula Moraes.
Ao longo do processo de ensino e aprendizagem, realizo variadas atividades tais como escrita, reescrita, interpretação de textos, leitura, releitura e debate com o intuito de aprimorar e complementar o sistema de avaliação. O resultado não será satisfatório por meio somente de uma prova, porém é imprescindível incluirmos outros recursos que beneficiem à aprendizagem do alunado. Segundo Lukesi, "avaliar é tudo o que acontece antes da nota", ou seja, partindo dessa premissa, há de se considerar que a nota será a consequência de tudo que o professor desenvolveu em aula com os alunos, durante o ano letivo. Sabemos que na educação há muitas ferramentas de trabalho que contribuirão com o processo avaliativo, mas o ideal é o educar saber como utilizá-los nos momentos oportunos em sala de aula. Acredito que esse pode ser um dos caminhos para reduzir o número de defasagem na unidade escolar. Procuro orientar aos discentes sobre os seus deveres e comprometimento com os estudos, pois a escola tem um papel social de formá-los como cidadãos que estejam aptos a enfrentar os desafios do dia a dia. Portanto, essa mudança de paradigma não depende somente do educador, mas sim, dos alunos e de suas famílias.
ResponderExcluirPara avaliar o aluno não é necessariamente uma prova onde o mesmo coloca em questão o que aprendeu ou não. Para processo de aprendizado é preciso orientar o aluno num todo, desde das atividades propostas até na sua responsabilidade dentro da sala de aula.
ResponderExcluirO professor tem várias ferramentas para perceber o grau de aprendizagem do aluno, sabendo que o mesmo tem na sala de aula vários graus de aprendizagens, para que ao longo do ano letivo os discentes chegam no nível de igualdade. Portanto para que ocorra essa mudança temos que primeiro ter o apoio dos pais e por fim capacitar o professor .
Professor Roberto Luiz
A questão da avaliação é bastante complexa e, a meu ver, ainda muito suscetível a equívocos. Pode-se ter uma ideia a esse respeito pela frequência com que alunos ainda são avaliados pelo número de vistos em seus cadernos e/ou apostilas.Como se tal procedimento significasse "aprendizagem".
ResponderExcluirA "massificação" no processo avaliativo é algo que pode e deve ser evitado através de atividades autênticas que, por serem, entre outros aspectos, pobremente estruturadas, apresentarem múltiplas perspectivas de análises e oportunizarem a colaboração, podem ampliar a visão que se tem do aluno, objetivando a uma avaliação mais justa e menos excludente.
Mônica Monnerat
Avaliar é medir e comparar. Processo que visa verificar a aquisição de competências e habilidades em determinada área do conhecimento. Tem sempre em vista o processo de melhoria contínua. Existem inúmeras técnicas avaliativas, mas utilizo o trabalho individual com consulta, que obriga o aluno a caminhar com suas próprias pernas. Deixei de aplicar provas, a não ser, obviamente, aquelas agendadas pela Coordenação Pedagógica.
ResponderExcluirNão gosto de trabalhos em grupo, detesto seminários, principalmente porque você nivela bons alunos com alunos fracos. Trabalhos em grupo são um convite para se escorar em colegas mais talentosos e trabalhadores. Isso sem falar que na maioria dos casos os trabalhos são divididos entre eles, ficando cada um com a “sua parte”. Ainda sou adepto do modelo tradicional, porque não estou convencido da eficácia das metodologias alternativas de avaliação.
Confesso que na minha disciplina, Física, fica mais fácil a avaliação através de provas, pois é de natureza quantitativa e aí a simples prova tradicional poderia ser aplicada. Entretanto, dada à falta de conhecimentos prévios, desinteresse e descaso dos alunos deixei, repito, de aplicar provas, embora no mundo real, fora dos muros da escola, todo o processo de avaliação é feito através de provas - Enem, Saresp, Vestibular, Concurso, novo emprego, promoção profissional e outros.
Na disciplina de pesquisa quantitativa tenho conseguido criar um bom ambiente de avaliação, onde a turma toda acaba se envolvendo em um projeto comum, individualizando a avaliação. Mas não é fácil.
James
A questão da "prova", na verdade acredito que seja mais um dos itens que precisam ser avaliados diante desta nova visão do ensino aprendizagem, particularmente, não sou muito a favor deste tipo de avaliação como base. O aluno como um todo deve ser avaliado em todos os aspectos, e não ser taxado por um resultado isolado de um determinado dia. Costumo deixar claro aos meus alunos que eles estão sendo avaliados todos os dias, e busco extrair esse retorno de diversas formas, a prova é mais uma ferramenta de avaliação, e não um resultado final. Quantos de nós, já passamos por situações, onde naquele determinado dia....algo nos foge a memória e por diversos fatores externos, nosso resultado fica muito a desejar, isso se repete todos os dias,Não acho justo, e acontece algumas vezes, daquele aluno que tem pouco aproveitamento durante um tempo, e no dia da prova tem um bom resultado e vice versa....não devemos ter visão e nem avaliação fechada e excludente.
ResponderExcluirGostaria de começar comentando sobre a falta de preparação dos Professores em fazer avaliações, essa informação está correta e como sempre é culpa nossa...mas onde está a falha? Nos Professores que não correram atrás ou como no meu caso que não aprendi a ser Professora na faculdade, sim uma artista que com o tempo e a necessidade fui me adequando a educação. Quando entrei no Estado não havia "curso" para dar aulas e dúvido que eles ensinem isso.
ResponderExcluirAgora sobre a Avaliação de Aprendizagem para diagnosticar o desempenho das escolas, o que será feito com essa informação??? Irão nos cobrar o que mais??? No final é isso o que acontece, planilhas e mais planilhas, informações e burocracia...para que mesmo? Apontar o que está indo ruim nas escolas e a escola que resolva o pepino. Sendo que a avaliação deles é mal elaborada. Resumindo: O importante são os números, a quantidade e não a qualidade.
Sobre o tema do ATPC, concordo com Luckesi quando ele diz que: "Avaliar é tudo o que acontece antes da nota", a avaliação não pode ser feita apenas por uma folha de papel, alguns alunos tem dificuldades para colocar no papel então faço vários tipos de avaliações/atividades com eles e sempre que produzem eles estão sendo avaliados. Quando vejo que há uma defasagem ou dificuldade, dou algumas dicas e procuro fazer algumas perguntas verbalmente para saber se ela realmente existe ou se o aluno não entendeu da maneira em que foi passada. Na minha disciplina não é fácil avaliar apenas através de algumas perguntas em uma folha, então crio sempre outras alternativas.
Tatiana Cascaes
Neste contexto adverso e desafiador, o ato de avaliar a aprendizagem torna-se fator de inquietação. Procuro diversificar as aulas e mediar o conteúdo programado com diferentes formas de aquisição do conhecimento, através de seminários, música , charges, literatura , leitura de imagens, filmes e o dialogo constante e o feedback do conhecimento, porém sabemos das dificuldades e da falta de comprometimento de alguns alunos e da participação da família.Contudo o professor, deixou de ser o detentor do conhecimento e avaliar os alunos de forma tradicional , tentando não conceber a avaliação como classificatória, porém não consegue desvincular –se totalmente do conceito, pois precisa cumprir calendários, regimentos e planos.
ResponderExcluirSomos pressionados pelas teorias, pelas pesquisas sociais que apontam para uma avaliação transformadora, mas ao mesmo tempo, os sistemas educativos continuam com a prática classificatória dos exames, rendendo-se a burocracia constante. O grande desafio seria a quebra desse paradigma, quebrando os limites burocráticos e construir uma avaliação capaz de dialogar com a própria realidade.
Denise.
Prof. MARCOS DUARTE
ExcluirA prova serve para que eu analise por um determinado angulo, como está a caminhada do meu aluno, se ele está adquirindo os conhecimentos de uma fora que não seja a decoreba. A verdadeira avaliação deve se dar, através de diferentes instrumentos de avaliação o mais diversificados, fazendo com que o aluno se surpreenda, ou seja, cada aula é mais um capitulo de uma história que eles queiram aprender. Nesta forma de avaliar pelo conjunto da obra e não por um determinado momento e o que é pior juntando uma série de informações que podem estar sendo decoradas e que não levam a um entendimento dos assuntos e conteúdos que devem ser tratados. Por fim a prova é sim mais um instrumento, um termômetro para que eu possa verificar as mudanças no rumo, ou seja, possa nortear o caminho a seguir e perceber o que está ou não dando certo e mostrando resultados.
Claro que a avaliação é e vai continuar sendo um "bom instrumento de avaliação", mas concordo que este subsídio não pode ser o único critério, a participação e, principalmente a interpretação de textos que podem e devem ser usados nas mais diversas disciplinas fazem parte do aprendizado.
ResponderExcluirAgora, o que todos sabem é que o professor luta há muito tempo para ministrar menos aulas sem perder seus rendimentos, ou seja, ter mais tempo para se dedicar e preparar sua aulas, provas,atividades , etc. e até o Governo Federal já reconheceu essa necessidade e publicou uma Lei para que o professor tenha esse espaço que é vital para melhorar a qualidade do ensino.
Quando isso acontecer, que esperamos seja em breve, vamos poder oferecer aos nossos alunos um ensino de melhor qualidade e acredito que até conseguiriamos mais motivação do corpo discente.
Walter
A avaliação ou prova, é a meu ver é um meio eficaz para avaliação da aprendizagem do aluno e mais ainda, torna-se um método que, além de avaliar o aluno, também serve como meio de auto avaliar a metodologia de trabalho do próprio professor. Com ela o professor pode analisar sua atuação, pois dependendo do método adotado para levar certos conceitos aplicados à disciplina e dependendo da sala (Já que devemos lembrar que a mesma abordagem pode não funcionar em todas as salas) deve-se utilizar outro método, e a do aluno no que se refere aos assuntos abordados em aula e estudados pelo aluno. Através da prova é possível avaliar se há ou não a aplicação aos estudos pelo aluno. Embora não seja a única forma de avaliar o aluno, ainda sim nos serve como instrumento norteador de nossas ações com o educando.
ResponderExcluirQuanto a SEE diagnosticar suas unidades através da “Avaliação de aprendizagem” (prova) creio que não há equívocos desta secretaria se durante este processo de diagnóstico das escolas não seja esta a única forma de avaliar as unidades, do contrário, será como o professor que é criticado por ter como “prova” o único meio de avaliar seu aluno. Profº Arnaldo Santana
Acredito na diversidade de instrumentos indicativos de aprendizagem como as apresentações dos seminários, envolvimento e participação durante as aulas, as dúvidas levantadas, atividades escritas e de interpretação, bem como a prova, que passa a ser um dos indicadores da aprendizagem do aluno e do professor. Considero seu envolvimento social, capacidade de trabalhar em grupo sua organização e respeito as diversas pessoas do ambiente escolar, também, como fatores indicativos dessa aprendizagem. Enfim, uma avaliação significativa reflete uma gama de vários fatores e necessita ser global, acredito ser uma tarefa extremamente difícil traduzir em números a aprendizagem de um período. Mas tal avaliação reflete de alguma forma o trabalho de cada docente, que ao avaliar também é indiretamente avaliado e pode continuamente lançar mão de novas formas de trabalho quando o objetivo não foi alcançado.
ResponderExcluirA avaliação não deve ser vista apenas como instrumento para atribuir nota, mas sim como uma ferramenta a mais que o professor pode utilizar para verificar se o seu objetivo foi alcançado e a necessidade de cada turma. Mesmo essa questão da avaliação sendo sempre discutida, não vejo a avaliação como forma de punição, acredito que é válido até porque no "mundo do trabalho" a todo tempo as pessoas são avaliadas dessa forma. Edlaine
ResponderExcluirA avaliação não deve ser vista apenas como o instrumento para atribuir nota, mas sim como uma ferramenta a mais que o professor pode utilizar para verificar se o seu objetivo foi alcançado e a necessidade de cada turma. Mesmo essa questão da avaliação sendo sempre discutida, não vejo a prova como forma de punição acho válido, pois no "mundo do trabalho" as pessoas são avaliadas assim com prova. Edlaine
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ResponderExcluirRealmente a prova não comprova muita coisa.
ResponderExcluirNossas aulas de língua portuguesa tem se baseado na avaliação cotidiana dos aprendizes. Os aprendizes são a professora e os alunos. Os alunos aprendem o que ainda não sabiam antes de entrar na escola e a professora aprende com os alunos o que eles já sabem e trazem para a escola. Esta é, a meu ver, a fórmula para o processo de avaliação escolar e faz com que os instrumentos oficiais e documentais sejam o resultado de todo um trabalho com cada atividade em sala de aula.
No entanto, muitas vezes, o documento escrito só comprova o estágio em que o aluno se encontra no seu aprendizado e, também é uma oportunidade para que eu, professora, perceba o nível de maturidade do aluno diante de um momento tenso em que ele precisa comprovar o que aprendeu nas aulas de português. Isso quer dizer que nem sempre a prova seja o instrumento ideal para avaliar alunos diferentes, com realidades pessoais distintas.
Enfim, toda interação entre aluno e professor em sala de aula deve servir para avaliação, desta forma, tenho elementos para promover mudanças de estratégias e diversificar minhas aulas do meu jeito, do jeito que sinto que meu aluno vai progredir no aprendizado escolar e isso eu faço com os ideais de que a educação escolar pode contribuir para a transformação da realidade dos nossos meninos e meninas.
A nossa escola, pelo sistema de avaliação adotado, propicia que se varie quanto a isso, já que a média se divide em avaliações, atividades e atitudinal. Além disso, procura-se proporcionar ao aluno formas variadas de apresentar o que foi realmente aprendido a fim de que várias formas de inteligências (Inteligência Múltiplas de Gardner) sejam utilizadas para dar oportunidade aos vários perfis de alunos que temos.
ResponderExcluirQuanto à resposta no primeiro caso, o professor não deveria ficar constrangido, porque a resposta do aluno é inadequada àquele campo do saber. Depressão pode ter vários significados, mas que estão vinculados aos contextos. Em uma prova de Geografia, é evidente que a resposta esperada é relativa à Geografia.