ARRANJOS ESPACIAIS NA SALA DE AULA
Carteiras enfileiradas, em semicírculos ou agrupadas? Pesquisas oferecem contribuições importantes sobre as diversas maneiras de arranjar o espaço da sala de aula. Assim, o professor pode planejar atividades e definir a configuração adequada para os objetivos a serem alcançados.
As salas de aulas são espaços sociais complexos, onde diariamente pessoas se envolvem numa série de atividades e participam de interações verbais e não verbais. O arranjo do espaço físico de um ambiente educacional tem impacto sobre seus usuários, nesse caso, alunos e professores, com significativas implicações para a aprendizagem e para a administração dos eventos que nele ocorrem.
Até algum tempo atrás, as orientações para arranjos de classe consistiam em opiniões e depoimentos, muitas vezes contraditórios, que envolviam teorias baseadas em “o que deu certo com minha turma”, em experiências estritamente individuais e até intuitivas. Nas últimas décadas, porém,
pesquisas científicas têm produzido orientações que podem ajudar os professores a tomarem decisões
sobre a melhor maneira de arranjar o espaço de trabalho e, assim, alcançar os objetivos pedagógicos
descritos nos planos docentes.
Comente:
- Baseando-se na ideia de que nossas ações são fruto de nossa inteligência emocional e que somos seres sociais necessitando reafirmar nossa autoestima sempre, o que podemos afirmar sobre a disposição dos nossos alunos e nós professores em sala de aula?
- Será que todos os alunos necessitam da mesma atenção? Por que alguns negam- se a sentarem perto do professor mesmo sendo disciplinados e dedicados?
Bom Trabalho!!!!
A disposição dos alunos nas salas está estruturada para atender a uma demanda numerosa. Herdamos isso da escola tradicional onde o professor era tido como autoridade suprema, e assim, colocava-se em um tablado acima dos alunos, confirmando sua detenção do "saber". Hoje temos liberdade para dispo-los onde acharmos conveniente, caso haja necessidade, para um melhor aproveitamento pedagógico. Em meio a tantos problemas enfrentados em sala de aula, não acredito que isso seja necessário à discussão , pois quando observo o comportamento não participativo dos mesmos, procuro mudá-los para uma melhor participação, mesmo porque a participação coletiva, muitas vezes é maior, ou melhor, que a individualizada. Infelizmente nem todos querem participar, além de tempo insuficiente, a não ser aulas duplas, para novamente realinharem as mesas antes do término das aulas para facilitar o trabalho de limpeza. Gostaria que as salas fossem ambientadas às disciplinas para um melhor rendimento educacional, mas outros fatores impedem tal prática, que ao meu ver, são inerentes ao bem estar e à motivação do aprender! Se aceitarem minha sugestão, poderemos discuti-la nos próximos atpcs presenciais na próxima semana . Jacqueline
ResponderExcluirA distribuição das carteiras é fundamental para que os alunos consigam interagir, porém , deve ser feita de maneira a atender a finalidade de cada aula.
ExcluirA organização espacial tradicional das carteiras enfileiradas e voltadas para frente, ainda é usada , porém não fixa. Há outras práticas de ordenar as cadeiras : em círculo, em dupla, em forma de U, diferentes formas possibilitando uma aprendizagem significativa, investigativa , viabilizando uma melhor interação e dinamização. Contudo, não é só a disposição dos alunos que afeta a aprendizagem; a iluminação e ventilação adequadas, a quantidade de alunos , quadro negro, janelas , planejamento dos espaços.
Concluindo, a distribuição espacial da sala de aula, depende das atividades propostas pelo educador e da realidade de cada turma.
Denise.
Tenho o hábito de circular pela sala, e me sentar ao lado de alguns alunos, me colocando na mesma altura deles, essa prática em minhas aulas é muito bem aceita, porque tenho um contato mais direto com cada um deles, principalmente aqueles, que estão com maior dificuldade, e pelo fato de estarem sentados muito atrás(caracteriza-se em alguns casos, aluno sem muito envolvimento com a sala,(seu único interesse é brincar ou passar despercebido aos olhos do professor) ou supostamente tímido, pois na maioria das vezes até chegar a sua vez para alguma participação,talvez ele consiga ser poupado) Particularmente, acredito que as carteiras em semicírculos, tem uma proposta mais chamativa em sala de aula, tudo que se mexe, amplia, abre e traz novidades, chama a atenção dos alunos. O campo visual do professor fica mais aberto e se amplia também, com uma melhor circulação em sala.
ExcluirA distribuição das carteiras em fileiras já está enraizada na nossa cultura escolar, pois nesse sistema conseguimos atender as demandas de alunos que entram na escola.
ResponderExcluirO modo como está distribuído o espaço em sala de aula é pequena, pois cada vez mais temos salas numerosas, porque precisamos atender essa demanda e cumprir com a legislação que impõe esse número grande de jovens em salas de aulas que na sua maioria são pequenas.
Na educação moderna podemos colocar outras práticas dessa distribuição, para que possamos atender melhor os nossos alunos.
Cada aluno tem o seu tempo de aprendizagem, não podemos atropelar esse tempo, o que podemos fazer como educadores é trazer esse aluno para perto do professor para orienta-ló melhor.
Seguindo a fala da Professora Denise essa distribuição tem que ser feita através de planejamento e participação de todos
Roberto
A disposição das carteiras ainda segue o modo tradicional, atendendo a quantidade de alunos e na tentativa de manter a organização e disciplina, é claro que o professor tem autonomia para mudar essa disposição em suas aulas, desde que arrumem tudo ao final da atividade para não atrapalhar a próxima aula.
ResponderExcluirTrabalhei em uma escola com salas ambientes, eram os alunos que trocavam de sala e não o professor. Trabalhos diferenciados eram práticas constantes, com a classe em círculo ou U.
Maria Alcedina.
Para atender a todos os alunos igualmente, pois acredito que todos necessitam da mesma atenção , procuro estar sempre circulando, assim percebo quem acompanha e quem precisa da minha ajuda.
A disposição das carteiras ainda segue o modo tradicional, atendendo a quantidade de alunos e na tentativa de manter a organização e disciplina, é claro que o professor tem autonomia para mudar essa disposição em suas aulas, desde que arrumem tudo ao final da atividade para não atrapalhar a próxima aula.
ResponderExcluirTrabalhei em uma escola com salas ambientes, eram os alunos que trocavam de sala e não o professor. Trabalhos diferenciados eram práticas constantes, com a classe em círculo ou U.
Para atender a todos os alunos igualmente, pois acredito que todos necessitam da mesma atenção , procuro estar sempre circulando, assim percebo quem acompanha e quem precisa da minha ajuda.
Maria Alcedina.
Gosto de trabalhar com carteiras agrupadas quando a atividade proposta é em dupla..Não acho viável para Matemática trabalhar em semicírculos uma vez que dependo constantemente do quadro e caminho pela classe para auxílio.
ResponderExcluirMuitos alunos merecem nossa atenção com certeza e o que mais fazemos é tentar resgatar o distanciamento. O aluno que recebe uma atenção diferenciada se sente mais seguro, mais próximo, mais capaz.
Posso afirmar que gosto muito da disposição de grupos na sala ambiente de arte, que os alunos trabalham bem em conjunto, vejo que há alunos tímidos e os outros que não são, que estes ajudam os tímidos a interagir, que eles curtem esse convívio entre eles e que sentem falta quando não vão a sala. As vezes é necessário ficar na sala pois há avaliações e para que não aja algo que atrapalhe na concentração ficamos na sala com mesas e cadeiras perfiladas.
ResponderExcluirSomos seres humanos diferenciados portanto a atenção para cada um é diferenciada, uns precisam de mais outros nem tanto....infelizmente as vezes o tempo é curto e não podemos dar uma atenção especial.
Sobre os alunos se negarem a sentar perto de Professor, é ao meu ver uma vergonha boba que eles sentem ou até mesmo um medo de falar ou agir de maneira errada perto de nós.
Tatiana Cascaes
Não me importo muito com a disposição em que a sala de aula é montada, mesmo porque, me posiciono sempre de forma a interagir com todos os alunos, seja circulando pela sala ou mesmo em atividades que envolvam a participação dos alunos.
ResponderExcluirO aluno precisa interagir também com o seu corpo, precisa reconhecer-se e mostrar-se para os outros em sua amplitude, isso tudo, com o intuito de torná-lo mais desenvolto e facilitar sua interação com os demais companheiros.
É importante que o professor interfira com dinâmicas e atividades previamente elaboradas para auxiliar os alunos mais tímidos a se comportar de maneira mais sociável, o que necessariamente resultará numa maior aproximação com o próprio professor e naturalmente irá propiciar maior e melhor aprendizado.
É isso.
PROF. SIDNEI
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia. Penso, assim como a colega Jacqueline, que dentre tantos problemas envolvendo a educação atual, essa questão não tenha, assim, tanta relevância. Na realidade, não é a disposição de carteiras e cadeiras que irá determinar o êxito ou não da aprendizagem. Já trabalhei com sala ambiente, na qual as carteiras eram dispostas em círculo e percebi que, a não ser em atividades que incluíam debates ou apresentações, essa disposição representava um desconforto para alguns ao fazer, por exemplo, anotações da lousa.
ResponderExcluirEm contrapartida, algumas salas organizadas de forma tradicional, apresentavam um bom resultado e demonstravam uma certa resistência ao serem solicitadas a se posicionarem de forma diferente. Então, o que quero dizer é que vários fatores interferem no resultado final, seja o relacionamento do professor com os alunos, seja o perfil do aluno enquanto integrante de um grupo.
Por mais que se busque formas e estratégias para atrair o aluno para a aprendizagem, sempre que se toca nesse tema, lembro-me do exemplo da escola de Cocal dos Alves, no Piauí. Uma escola extremamente carente, detentora de inúmeras medalhas na Olimpíada de Matemática e com um ensino de excelência. No início, por não haver condições adequadas, os alunos tinham como sala de aula a cantina da escola e mesmo assim, esse espaço improvisado não os impediu de aprender significativamente. De onde se conclui, portanto, a seguinte máxima: só se pode ensinar a quem quer...aprender.
Dependendo da sala e do grupo,concordo que não tenha tanta relevância. Mas com alguns grupos, devo concordar com a direção quando fala que a classe não rende, alunos perdem tempo conversando de outros assuntos, o tal celular, etc.
ExcluirPortanto, esse tipo de ação, no meu ver depende do tema, si você vai conseguir ou não prender a atenção dos alunos, e se eles tem realmente interesse, caso contrário, pode ser o assunto que for que não vai render.
Pessoalmente, evito agrupar, e se utilizo esse sistema, faço no máximo em dupla, porque um terceiro, geralmente pega "carona" e só coloca o nome.
Walter
Acredito que essa questão, mesmo parecendo um mero detalhe, influencia no engajamento dos alunos em uma dada atividade proposta. Costumo variar a disposição dos alunos em minhas aulas, tentando adaptar o espaço físico ao tipo de trabalho desenvolvido: em duplas, em grupos de quatro e em círculos. Nesta última, em especial, percebo que os alunos ficam mais à vontade para participar, lendo, colocando seus pontos de vista, porque possibilita uma integração maior com todos da classe, inclusive com o professor. Mas é essencial que se perceba o “humor” da classe, antes de decidir por qual opção, pois há dias em que os alunos estão tão agitados que é impossível propor uma atividade em grupo, sendo mais conveniente a tradicional fileira e ainda com mapa de sala. O bom senso do professor vale muito nessa hora.
ResponderExcluirQuanto ao segundo questionamento, penso que não, pois cada aluno é um ser único, com sua trajetória de vida e angústias, que determinam seu comportamento. Sendo assim, cada um necessita, de acordo com a sua situação emotiva, uma atenção diferente. Tarefa difícil para o professor com tantos alunos em classe.
O arranjo do espaço físico de um ambiente educacional tem impacto efetivo sobre seus usuários, alunos e professores, com significativas repercussões no processo ensino-aprendizagem no que tange a administração dos eventos que nele acontecem. Acredito que os alunos com maior dificuldade de aprendizagem devem ser posicionados diante do docente não só afim de favorecer uma atmosfera educativamente mais solidária e participativa como também proporcionando intervenções didaticamente situacionais com o responsável pela apresentação, pelo desenvolvimento e pela absorção dos conteúdos programáticos. A disposição linear das carteiras deve ser preservada afim de possibilitar a livre locomoção do docente pela sala de aula. Com exceção das atividades em grupo, não acredito que as carteiras devam permanecer juntas porque os alunos ficam mais dispersivos e menos dispostos a aprender quando sentados conjuntamente. O lay out discente que segue o mapa da classe ainda é o mais recomendável sob o ponto de vista pedagógico.
ResponderExcluirEu tive experiências muito boas quando trabalhei com a disposição dos alunos em roda. Limita a quantidade de conversas paralelas, todos se veem, todos igualmente expostos, bem interessante. Como o conteúdo da Sociologia exige aulas dialogadas e debates, essa disposição cai como uma luva. Mas nem toda aula exige esse modo, pois é preciso que haja também atividades individuais, em pequenos grupos, em dupla, etc. Creio que é preciso variar. Quanto à segunda questão, acredito que os alunos tem dificuldades diferentes e por isso necessitam de forma diferentes de atenção. Os que são disciplinados e dedicados devem ter inúmeros motivos para não sentarem perto do professor, como timidez e sensação de estar menos expostos ao restante da turma, mas não entendo isso como um problema. Concordo com os professores que afirmaram que há muitos outros fatores que interferem de igual forma para o desenvolvimento das aulas, como ventilação, iluminação, etc. E também quanto à necessidade de tentar estimular os alunos que são tímidos e introspectivos a participarem mais das aulas. A disposição das cadeiras pode ajudar nesse processo, já que enfileirados eles não interagem da mesma forma do que quando estão em grupo. Fernando X.
ResponderExcluirA adequação do espaço da sala para determinadas atividades é importante e isto pode facilitar na aprendizagem dos alunos. Porém, a fragmentação das aulas dificulta um pouco as mudanças espaciais. Notadamente cabe a cada professor encontrar a melhor forma para conduzir a aula, sendo que cada sala é uma nova história e um único modelo não contemplaria as varias realidades. Para a disciplina de Filosofia a disposição das cadeiras em “U” facilitaria o diálogo e o debate, mas concordo com alguns colegas quanto à necessidade de outros aparelhamentos como fatores facilitadores de aprendizagem. Quanto à atenção exigida por cada aluno penso que deva existir certa adequação a cada caso, temos alunos com nítidas dificuldades e a estes é necessária maior atenção. Prof. José Elisiário.
ResponderExcluirO arranjo físico da sala de aula depende de cada professor, ou melhor, do “modus operandi” do professor, como “educador de chão de escola”. Eu, que sou um professor “à moda antiga”, prefiro que os alunos fiquem enfileirados e voltados para a lousa, pois costumo atender aos alunos – não todos, mas aqueles interessados – de carteira em carteira, ajudando-os a desenvolverem satisfatoriamente as atividades propostas. Também gostaria de dar aulas em sala ambiente, na qual o professor responsável monta a sala a seu critério e tem sempre à mão os materiais necessários.
ResponderExcluirObviamente, nem todos os alunos necessitam da mesma atenção. Alguns alunos chegam até à dispensá-la. É uma postura pessoal, portanto própria da manifestação individual de cada pessoa. Normalmente, os alunos disciplinados e dedicados são tímidos, daí afastarem-se da mesa do professor, para não serem vítimas de zombarias dos colegas.
James
A disposição das mesas e cadeiras que vemos hoje nas salas reflete uma forma bem tradicional do ambiente escolar.
ResponderExcluirPenso que quando se quer favorecer o trabalho participativo e criativo dos alunos é importante a mudança dessa disposição, isso contribui com a interatividade entre os mesmos. Torna a atividade diferente e interessante.
Edlaine
Não há duvidas que a disposição atual, como segue as escolas nos dias de hoje, nos remete à um tempo bem distante onde o ensino não era para todos e as idéias educacionais compartimentadas era tudo o que se tinha de estudos didáticos, ou seja, hoje dispomos as salas de aula ainda como séculos atrás. Mas por que isso acontece ainda hoje, temos vários motivos que são e serão estudados, mas vendo e participando do dia a dia, noto que o sistema que nos encontramos torna a disposição secular algo atual, visto o tempo para ministrar a aula, o tempo para organizar a sala, entre outros entraves sistêmicos educacionais. Concordo que é possível dispor a sala de outra forma, mas sejamos realistas, durante quanto tempo o professor aguenta mudar a disposição da sala toda a vez que entra em uma sala diferente, santo sistema ou deveria dizer maldito sistema?
ResponderExcluirQuanto a atenção dada aos alunos, é obvio, até mesmo para um jovem iniciante de carreira educacional, que a atenção dispensada ao alunado não pode ser a mesma, visto as diferenças de aprendizado, agora a negação a se colocar em frente ao professor e de costas para os demais colegas pode conotar diversos motivos, dentre eles a exposição, adolescentes não querem se expor, adultos não querem se expor, ou nenhum professor quando está na vez de aluno também não corre para os cantos da sala para que não ficar exposto.
Por fim, acredito que estamos longe de conseguirmos modificar algumas “manias” seculares da educação, por conta do sistema imposto atualmente, é preciso uma modificação severa do sistema de ensino para alcançarmos a escola que sonhamos sem isso, ficaremos só na falácia.
Profº Arnaldo Santana