PROBLEMATIZAÇÃO
Em continuidade aos estudos acerca de projetos vamos essa semana conhecer um pouco os métodos de problematização.
Como citado por Gil(1999) resolver problemas é o enfrentamento de situações desconhecidas, afim de transformá-los em não-problemas.
Abaixo ofertamos alguns materiais sobre o tema:
Assim,vamos refletir sobre nossa prática pedagógica e analisar se estamos criando situações onde nossos alunos são levados a realizarem descobertas a partir dos conteúdos ministrados em sala de aula.
Bom trabalho!

Em sala de aula, sempre procuro abordar temas relacionados ao conteúdo pedagógico, ou seja, envolver os alunos para reflexão , análise, argumentação e prováveis conclusões sobre o assunto em pauta. Infelizmente, nem sempre é possível o envolvimento total dos alunos com o tema abordado, pois o maior desafio, ao meu ver, é aplicá-lo constantemente, haja vista o conteúdo ser extenso e o número de aulas diminuto para efetuar cada etapa do projeto até sua conclusão final. Gostaria de continuar tal assunto a ser discutido nos próximos atpcs presenciais, pois seria mais coerente a troca de experiências entre o corpo docente. Jacqueline
ResponderExcluirA educação tradicional era centrada no conteúdo e o professor um detentor de todo o conhecimento, único participante ativo da sala de aula, sem grandes reflexões ou visão crítica dos conteúdos.
ExcluirHoje, o professor moderno é um facilitador do processo ensino –aprendizagem, um guia,um ser evolutivo,que pensa reflete, analisa e busca sempre o aperfeiçoamento a fim de facilitar a aprendizagem e adaptar-se ao meio e a realidade do alunado. Diante dessa nova escola e realidade ,a postura do professor mudou, o alunado é outro e as metodologias precisam estar de acordo com esse novo saber. Contudo, nós educadores estabelecemos estratégias importantes no ensino, desenvolvendo atividades problematizadoras, investigativas ,interagindo com os alunos de forma que,a aprendizagem tenha significado e a curiosidade científica seja um estimulo para resolução dos problemas cotidianos , através das habilidades e do conhecimento construído em grupo.
Denise.
Bem, na medida do possível, penso que todos os professores comungam desse pensamento e procuram criar situações de aprendizagem em que desafios são lançados, instigando os alunos a questionarem ea buscarem soluções.
ResponderExcluirNão podemos nos esquecer, porém, que não se consegue problematizar o tempo todo e o material de apoio disponível, apresenta, como ponto destoante, a característica de estar distante do aluno “real”, aquele que faz parte do nosso fazer pedagógico, do nosso cotidiano. Muitas atividades da apostila, que poderiam apresentar traços desafiadores, pecam por partirem do pressuposto de que o aluno já domina certos conteúdos, e que bastam apenas umas pinceladas para que tudo seja relembrado e que se possa prosseguir. Sabemos que não é bem assim, ou seja, nem sempre os desafios são possíveis. Para mim, tenho a clara certeza de que as atividades mais significativas do ponto de vista da aprendizagem, não se encontram em apostilas nem em livros didáticos, mas partiram da observação da sala e de iniciativas pessoais.
Como exemplo, cito o trabalho com haicai( um exercício de concisão),a participação em concursos que promovam a escrita e dinâmicas como a do barco que estimulam o trabalho argumentativo necessário para a escrita de artigo de opinião. Seria ótimo que o material de apoio fornecesse subsídios para nosso trabalho, porém a realidade é que temos que realizar diversas adaptações para termos um resultado satisfatório. E isso demanda tempo considerável, o que nem sempre está ao alcance do professor.
Mônica Monnerat
Como é relatado no vídeo, o ser humano nasce com inteligência, mas é aprimorado durante a sua vida. Nós educadores temos que oferecer subsídios para que o aluno possa compreender, analisar, interpretar e questionar.
ResponderExcluirTemos que implantar conteúdos que façam com que os jovens possam ter argumentos e utiliza-lós no seu cotidiano, mas para isso precisamos modificar os métodos de ensino, trazer para a realidades deles.
Roberto Luiz
No meu modo de ver, acho que seria muito interessante, utilizar mais métodos lúdicos em sala de aula. A utilização de jogos para o ensino da matemática, potencializa a exploração e a construção do conhecimento por agir diretamente na motivação do educando. Para isso é preciso saber escolher com critérios bem definidos o jogo ou objeto mais adequado para a faixa etária em questão, sobretudo, para que ao invés de prazer em aprender, ele não proporcione um desprazer.
ResponderExcluirAs atividades lúdicas, com certeza propiciam mais ações diferenciadas no aprendizado, do que simplesmente o professor pedir para fazerem atividades prontas em folhas ou copiadas da lousa. O lúdico poderia ser usado, como um elo de ligação, entre os conteúdos a serem desenvolvidos e as atividades propostas.
Percebo que os educandos apresentam mais facilidade em desenvolver o raciocínio lógico, quando são usados meios lúdicos que lhes permitam interagir no processo ensino-aprendizagem de forma mais concreta. Usando, portanto, os referidos meios lúdicos, creio que podemos proporcionar aos educandos, que estes sejam mais criativos na solução de situações-problemas e com isso aproximá-los mais de situações reais que utilizam o conteúdo objeto da aprendizagem.
Prof. Carlos Augusto Balula Moraes
No meu caso, olhando minha matéria que é a Geografia, sabe-se que é uma ciência rica em seu conteúdo, sendo o espaço geográfico seu espaço de abrangência, por isso busco trabalhar em sala de aula, mesclando alguns pontos cruciais para o aprendizado(me atento aos Fatos), mas sempre trazendo a imagem real da vivência dos alunos, com isso, tento me posicionar, não só como detentora de conhecimento, mas abrindo sempre espaço, para que eles possam decodificar alguns pontos a partir de suas próprias idéias e realidade, não é uma tarefa nada fácil, pelo fato da quantidade de conteúdo a ser passado e quanto a questão do tempo, que na maioria das vezes não é suficiente, para que tenha começo, meio e fim, mas procuro sempre estar observando a minha prática pedagógica, pois, o que pode funcionar em uma determinada turma, talvez já em outra seja necessário agir de uma outra forma que melhor se adapte as necessidades dela. O que vejo claramente entre os alunos, é que que existem muitas diferenças, principalmente na capacidade de dialogar. O adolescente grita muito bem.....mas em muitos casos, quando se chega perto dele e faz uma simples pergunta...ele muitas vezes lança aquele olhar de insegurança e ele simplesmente trava, sua voz sai baixa...quase sussurada...., claro que há adolescentes mais comunicativos e outros que temos que ficar minuto a minuto instingando-o a interagir sobre o assunto debatido, caso contrário não há participação alguma e fica-se apenas o vazio.
ResponderExcluirPodemos nos dar por satisfeitos, quando entre uma turma, 5 ou 6 alunos formulam idéias próprias e nesse exato momento percebemos que a construção do conhecimento realmente se fez presente,isso é ótimo, porque nos poupa muitas vezes da mesmice em que muitos autores escrevem sem uma posição definida e muitas vezes pela metade. Já outros alunos nos deixam claro que não querem participar, apresentando em determinados momentos atitudes indisciplinadas, que atrapalham todo o contexto da aula, e nesse vai e vem, na dança das carteiras continuamos a tentar achar a “fórmula secreta”.
Cida Lopes - Geografia
Estimular os educandos a resolverem problemas e não ser um mero transmissor de conhecimentos é fundamental para que eles desenvolvam habilidades, tais como reflexão, interpretação, descrição e principalmente autonomia. Dessa maneira, os conteúdos deveriam ser meio para atingir tais fins. As pesquisas são ferramentas indispensáveis para que os eles superem o senso comum e para que ocorra de fato a aprendizagem significativa. Quando eles são chamados para resolverem os problemas e exporem suas conclusões, hipóteses e opiniões, dão maior importância às aulas e participam mais. É claro que há um sem número de variáveis que interferem na participação dos adolescentes e que dizer, falar, escrever sobre modelos de aula é uma coisa, na pratica só no dia e na sala de aula mesmo pra ver o que acontece. Tenho recebido (e às vezes devolvido para que façam de novo) muitos trabalhos bons, feitos com bastante interesse por eles, e outros copiados e colados do google, outros com duas linhas quando foi pedido no mínimo dez. Então, é preciso paciência, persistência e principalmente fé que a horda peessedebista saia do poder, porque até esses decretos anacrônicos (pois já redemocratizamos o país) e leis elaboradas sem a consulta dos professores e demais profissionais da educação interferem na participação do alunos, vide progressão continuada, número de aulas ( difícil estimular a reflexão, o debate e a participação do educando na 9° aula trabalhada no dia), etc.
ResponderExcluirOs temas transversais da Sociologia ajudam bastante na participação dos alunos e sempre é possível trabalhar com aspectos do cotidiano deles, como tipos de violência, relações internacionais (já trabalhei a crise na Ucrânia), cidadania, etc, tema que possibilita até citar a diferença entre as regiões de Santos no que se refere a direitos básicos. Quando o problema é colocado e esbarra em opiniões já escassamente desenvolvidas temos que é preciso um trabalho mais cuidadoso, lento e gradual. Por exemplo, a maioria dos educandos são favoráveis à instauração da pena de morte, a redução da menoridade penal, ao recrudescimento das punições, sentenças, etc, como resolução para o aumento da violência no Brasil. Nesse caso, terão que ser expostos outros pontos de vista, baseados em pesquisas sociológicas, para que as opiniões deles sofram um confrontamento para serem mudadas ou refinadas, mas dessa vez com mais parâmetros para ser questionadas. Fernando X.
Acredito que procuro sempre fazer essa ponte aluno/conhecimento,porém nem sempre os alunos correspondem as expectativas. Se faz necessário sempre aproximar o aluno com a sua realidade para que o conhecimento seja prazeroso.
ResponderExcluirEdlaine
Prof. MARCOS DUARTE
ResponderExcluirVenho utilizando há um bom tempo o termo DESAFIO no lugar de PROBLEMA, pois percebi nesses anos de prática, que um desafio sempre é mais bem vindo do que um problema. O método que era utilizado pelo programa "VEJA na escola" partia do pressuposto que um texto envolvente com temas atuais de aplicação no dia-a-dia dos conteúdos dados anteriormente de forma compartimentada, dava ao aluno sem ele perceber, as ferramentas necessárias para a prática da interdisciplinariedade nos desafios após apresentados.
Tenho aplicado este método nas aulas de Ciências, Biologia, Matemática e Química, com a utilização de experimentos possíveis em sala de aula, com vídeos intercalados com atlas de Ciências, cartazes, textos xerocopiados e jogos que exploram o raciocínio e a vontade de investigar próprio dos alunos.
Na medida do possível sempre trabalho propondo primeiro, detectando os erros e transformando esses erros em acertos, na medida que chamamos a atenção dos alunos para a forma como a sua pesquisa deve ser conduzida. Não vejo as disciplinas que leciono compartimentadas e separadas nos seus conteúdos, tudo está em uma espiral, onde a cada momento podemos estar revendo conteúdos dados a duas séries anteriores.
O professor deve ser um mero intermediador e incentivador da procura por conhecimentos.
Prof. MARCOS DUARTE
A arte em minha opinião é uma "poIimatéria", pois através dela posso trabalhar de várias maneiras, abordando vários temas e até mesmo outras matérias.
ResponderExcluirPortanto quando me proponho a trabalhar dessa maneira consigo sim, pois levo uma problematização para os alunos, dialogamos até mesmo divagamos sobre ela, tiramos ou eu mesma tiro um tema principal, a partir do tema é desenvolvido uma proposta de projeto, muitas vezes tento trabalhar esta proposta com outros colegas (mas nem sempre é possível por vários motivos) como no ano passado que trabalhei junto a Professora de Matemática e a de História, desenvolvido a proposta do projeto colocamos ele em prática através da arte.
No ano passado tive essa experiência com um 9º ano e a Ecovias, ao meu ver foi bem interessante ver o envolvimento dos alunos e até mesmo a evolução de pensamento deles em relação a alimentação.
Tatiana Cascaes
Hoje se vive numa sociedade do menor esforço, onde se buscam atalhos que nos tiram o prazer da descoberta.
ResponderExcluirSendo assim, quando se ensina através da resolução de problemas, ajudamos os nossos alunos e a nós mesmos a desenvolver a capacidade de aprender a aprender .
Procuro incentiva-los a perguntar e responder às questões que os inquietam, sejam elas questões escolares ou pessoais e não esperar uma resposta pronta.
Através de atividades em grupos, os problemas são apresentados, o que para alguns parece difícil para outros pode ser facilmente resolvido.
Os embates ocorrem sempre.
Tento motivá-los, através de elogios e palavras de carinho , a persistir, a se interessem pelas aulas, a estarem atentos e apresentarem comportamento adequado, para obterem bons resultados.
Maria Alcedina.
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ExcluirA Educação Física, por ser uma disciplina diferenciada e que engloba diversas outras temáticas, importa claramente na necessidade de abordagem crítica dos diversos temas relacionadas à prática individual, seja na realidade própria ou coletiva de cada um.
ResponderExcluirAssim, procuramos focar diversas vertentes para os alunos, observando temas como a saúde individual e pública, o esporte enquanto lazer ou mesmo sob o ponto de vista político, a abordagem da língua portuguesa, da geometria, da matemática, a biologia, entre outros.
Buscamos situações da vida real par observar a dinâmica do grupo na resolução desses problemas propostos e interagimos de forma a direcionar melhores caminhos para superação dos obstáculos.
As atividades em grupo são sempre uma forma bastante apreciada pelos alunos e que possibilita a descoberta de novas lideranças e facilita a participação daqueles que são mais tímidos. Enfim, a Educação Física tem sido um excelente instrumento para instituir uma melhor sociabilização e preconizar formas livres de aprendizado.
É isso.
Prof. Sidnei
A construção do conhecimento é uma conquista individual do estudante na medida em que o mesmo se apropria dos conteúdos e os utiliza como conhecimento significativo. A prática investigativa é a problematização deste conhecimento adquirido porque permite e promove a sua utilização na resolução de problemas, na superação de desafios e na conciliação ou viabilização de propostas. Ensinar é mais do que apresentar e desenvolver conteúdos programáticos. Ensinar é mostrar alternativas, é motivar a pensar e a questionar a realidade. A concepção do pensamento crítico depende da conjugação cognitivamente pertinente das variáveis que o constituem. Via de regra, toda a intervenção investigativa é um testemunho de que nem todas as variáveis são previsíveis ou estão ao nosso alcance. O ensino focado em resultados deve favorecer a investigação científica a partir do conhecimento manifesto, adquirido e observado. O protagonismo estudantil depende da confiança adquirida com a investigação minuciosa e criteriosa da realidade.
ResponderExcluirA construção do conhecimento depende da conjugação funcional entre teoria investigativa e prática experimental.
ExcluirTentando sair do esquema tradicional das aulas que se limitam a mera memorização de princípios, teorias e leis necessários apenas à resolução mecânica de exercícios em sala de aula, sem o estabelecimento de vínculo algum com o cotidiano, procuro, na medida do possível, identificar, analisar e discutir potencialidades da problematização do cotidiano dos alunos, no ensino e aprendizagem de Física, considerando a proposta da SEE veiculada pelos cadernos dos alunos e dos professores. Em Física, essa proposta é interessante, pois, foi, finalmente, atualizada para o século XXI e apresenta vários problemas vinculados com o cotidiano. Por exemplo, atualmente nos 3ºs. anos, nas aulas de Eletricidade, através da problematização, os alunos estão aprendendo a calcular o consumo de energia elétrica de cada aparelho doméstico, bem como o custo de tal consumo, tendo em vista o binômio custo x benefício. Um dos principais objetivos da educação é formar cidadãos plenos, capacitados a resolver problemas no espaço da família e da comunidade em que vive.
ResponderExcluirJames
A questão da problematização em sala de aula deve fazer parte de uma estratégia pedagógica constante e perseverante no contexto da escola pública eu temos hoje, quando o professor lança mão desse tipo de prática terá resultados de qualidade mais elevada no aprendizado dos alunos.
ResponderExcluirNo entanto, como fazer isso com os recursos que temos e salas de aula com grande número de alunos? Na disciplina de língua portuguesa a problematização emerge do conhecimento que o professor adquire da bagagem cultural do aluno quando tem o compromisso de fazer com que o conhecimento escolar ajude o aluno a se desenvolver socialmente e transformar sua realidade.
Por isso a questão da perseverança em procurar fazer com que o aluno aprenda que pode transformar as situações que vivencia, suas experiências acadêmicas em patrimônio sociocultural.
Profa. M. Vera Pereira Skitnevsky