terça-feira, 18 de junho de 2013

Pauta ATPC - 19/06/2013

O texto e a apresentação abaixo, possibilitam algumas reflexões de procedimentos de avaliação. 
Dentro desse contexto, a Equipe Gestora se empenha em deixar o professor com autonomia para decidir quais são os melhores caminhos para concretizar os objetivos propostos. 
Com isso, é perceptível que avançamos de forma significativa na padronização dos processos avaliatórios (distribuição da composição de notas) no Ensino Médio e agora no Fundamental.
Faça uma análise do material e responda:


1- A Equipe gestora disponibiliza subsídios para que esses processos sejam ratificados?
2- O Currículo Oficial contempla o ensejo do professor em termos de avaliação?




Instrumentos de avaliação
Os instrumentos de avaliação são ferramentas que permitem ao professor e aos gestores colherem informações a respeito do desenvolvimento da capacidade de aprendizado dos alunos.
Diante disso, o papel assumido pelo gestor e por sua equipe é muito significativo. Cabe a esse grupo promover, liderar e estimular um processo de discussão que envolva todos os atores da comunidade escolar com o objetivo de definir a concepção de avaliação que se quer adotar. É importante lembrar, no entanto, que, de acordo com as diretrizes do Estado de São Paulo, o foco deve ser mantido na avaliação em processo.
Definida a concepção, é importante identificar e analisar novas práticas de avaliação, coerentes com a concepção adotada o que vai levar o grupo a escolher formas, instrumentos e técnicas de avaliação da aprendizagem que integrarão o planejamento das atividades pedagógicas da escola.
Ao pensarmos em instrumentos, sabemos que não existe um específico capaz de detectar a totalidade do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos. Por isso é necessário pensar em instrumentos diversos, utilizando em cada situação aquele que se mostrar mais adequado para os objetivos que se pretende atingir. A seguir destacamos alguns exemplos. Clique no título da aba para ler o conteúdo.

Observação

O ato de observar possibilita que nos informemos sobre o contexto em que estamos, para nele nos situarmos de forma satisfatória de acordo com as normas e valores dominantes. Por meio da observação, o professor pode conhecer melhor o aluno, analisar seu desempenho nas atividades em sala de aula e compreender seus avanços e dificuldades. Quando a equipe gestora realiza a observação em sala de aula (assunto do próximo módulo), tem a oportunidade, por meio dofeedback (assunto do Módulo 4) de auxiliar o professor no desenvolvimento de novas estratégias para alcançar as metas propostas. Na observação é fundamental: eleger o objeto de investigação; elaborar objetivos claros; identificar contextos e momentos específicos; e estabelecer formas de registros apropriados

Registros e fichas

Têm como função acompanhar o processo. É por meio deles que se torna possível realizar uma análise crítica e reflexiva para uma avaliação em processo, uma vez que contribuem para que os dados significativos da prática de trabalho não se percam

Debates

Permitem, nas situações de interação, trocar ideias com as pessoas, compreender as ideias do outro, relacioná-las e ampliar conhecimentos sobre o tema ou assunto discutido

Autoavaliação

Pode-se dizer que é uma atividade de reflexão fundamental na aprendizagem e também na gestão, pois visa levantar os caminhos percorridos, as evidências do que se apreendeu e das dificuldades a serem enfrentadas para se atingir os objetivos traçados. A autoavaliação incentiva a consciência crítica.

Trabalho em grupo

Estimula o trabalho colaborativo uma vez que propicia um espaço para compartilhar, confrontar e negociar ideias. É necessário que haja uma dinâmica interna das relações sociais, mediada pelo conhecimento, potencializada por uma situação problematizadora que leve o grupo a colher informações, explicar suas ideias e expressar seus argumentos

Seminário

É uma exposição oral que permite a comunicação das informações pesquisadas de forma eficaz, utilizando material de apoio adequado.
O gestor precisa ter claro que, independente do instrumento que se escolha como ferramenta de avaliação, existe a necessidade de se superar a avaliação seletiva e excludente. Esse deve ser o compromisso da gestão da escola com o aluno e com a sociedade.
É necessário compreender, porém, que esse compromisso decorre de estudos e reflexões compartilhadas em torno das concepções de sociedade, educação, ensino, aprendizagem, e que contribuem para a elaboração de uma nova concepção de avaliação.
Essa concepção de avaliação deve estar em sintonia com uma escola mais comprometida com os processos educativos e com a aprendizagem de crianças e jovens que por ela passam.



terça-feira, 11 de junho de 2013

Pauta ATPC - 12/06/2013

Esta semana vamos nos voltar a gestão de sala de aula, mais especificamente à gestão da diversidade que encontramos nos dias de hoje em nossa escola.

Assim estudaremos um fragmento do texto "Gestão da diversidade na sala de aula Estudo de caso: Escola Secundária de Achada Grande" de Benilde Vieira Fontes Fernandes Andrade (o qual pode ser lido na íntegra aqui).

Partindo dos modelos de ensino-aprendizagem citados por Silva (p.43), e refletindo sobre alguns pontos que podem contribuir para a qualidade dessa relação, conforme Xavier (p.46), indique quais caminhos já utiliza para lidar com a diversidade em sala de aula, ou ainda, reflita onde ainda temos que melhorar para alcançar a qualidade esperada.

Como sempre citado por Celso Vasconcellos procure refletir além das questões do entorno da situação do professor, como salário, número de alunos em classe, recursos disponíveis, tempo de trabalho, família, mídia, por exemplo. 




terça-feira, 4 de junho de 2013

Pauta ATPC - 05/06/2013

Dando continuidade a proposta de trabalhar com elementos da nossa realidade escolar à luz das nossas discussões internas e decisões, bem como nos baseando na bibliografia proposta para os próximos concursos da SEE-SP, finalizaremos a discussão sobre os 4 Pilares da Educação.

CAPÍTULO 4

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO
(Nesta semana vamos ler sobre os dois Pilares: Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros e Aprender a ser).

Aprender a viver juntos,  aprender a viver com os outros
Sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos que acentuam o perigo e, especialmente, o extraordinário potencial de autodestruição criado pela humanidade no decorrer do século XX. A opinião pública, através dos meios de comunicação social, torna-se observadora impotente e até refém dos que criam ou mantêm os conflitos. Até agora, a educação não pôde fazer grande coisa para modificar esta situação real. Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos, ou de resolvê-los de maneira pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua espiritualidade?
É de louvar a ideia de ensinar a não-violência na escola, mesmo que apenas constitua um instrumento, entre outros, para lutar contra os preconceitos geradores de conflitos. A tarefa é árdua porque, muito naturalmente, os seres humanos têm tendência a supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem, e a alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros.
Por outro lado, o clima geral de concorrência que caracteriza, atualmente, a atividade econômica no interior de cada país, e sobretudo em nível internacional, tende a dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual. De fato, esta competição resulta, atualmente, numa guerra econômica implacável e numa tensão entre os mais favorecidos e os pobres, que divide as nações do mundo e exacerba as rivalidades históricas. É de lamentar que a educação contribua, por vezes, para alimentar este clima, devido a uma má interpretação da ideia de emulação.
Que fazer para melhorar a situação? A experiência prova que, para reduzir o risco, não basta pôr em contato e em comunicação membros de grupos diferentes (através de escolas comuns a várias etnias ou religiões, por exemplo). Se, no seu espaço comum, estes diferentes grupos já entram em competição ou se o seu estatuto é desigual, um contato deste gênero pode, pelo contrário, agravar ainda mais as tensões latentes e degenerar em conflitos.
A descoberta do outro
A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde tenra idade, a escola deve, pois, aproveitar todas as ocasiões para esta dupla aprendizagem. Algumas disciplinas estão mais adaptadas a este fim, em particular a geografia humana a partir do ensino básico e as línguas e literaturas estrangeiras mais tarde.
Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve, antes de mais nada, ajudá-los a descobrirem a si mesmos.
Tender para objetivos comuns
 Quando se trabalha em conjunto sobre projetos motivadores e fora do habitual, as diferenças e até os conflitos interindividuais tendem a se reduzir, chegando a desaparecer em alguns casos.
Uma nova forma de identificação nasce destes projetos que fazem com que se ultrapassem as rotinas individuais, que valorizam aquilo que é comum e não as diferenças. Graças à prática do desporto, por exemplo, quantas tensões entre classes sociais ou nacionalidades se transformaram, afinal, em solidariedade através da experiência e do prazer do esforço comum! E no setor laboral quantas realizações teriam chegado a bom termo se os conflitos habituais em organizações hierarquizadas tivessem sido transcendidos por um projeto comum!
A educação formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes em seus programas para iniciar os jovens em projetos de cooperação, logo desde a infância, no campo das atividades desportivas e culturais, evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais: renovação de bairros, ajuda aos mais desfavorecidos, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações etc. As outras organizações educativas e associações devem, neste campo, continuar o trabalho iniciado pela escola.
Aprender a ser
Desde a sua primeira reunião, a Comissão reafirmou, energicamente, um princípio fundamental: a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
O enorme desenvolvimento do poder midiático veio acentuar este temor e tornar mais legítima ainda a injunção que lhe serve de fundamento. É possível que no século XXI estes fenômenos adquiram ainda mais amplitude. Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade, o problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelectuais que lhes permitam compreender o mundo que as rodeia e que também lhes dê subsídios para comportarem-se nele como atores responsáveis e justos. Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem,
tanto quanto possível, donos do seu próprio destino.

Bibliografia: DELORS, JACQUES E EUFRAZIO, JOSÉ CARLOS. Educação: Um Tesouro a Descobrir. São Paulo: Cortez, 1998, Apeoesp, Revista De Educação. Acesso em 14, abr, 2013: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/resenhas-concurso/apostila-peb-ii/.

Questões para discussão:

1 – Considerando o Pilar Aprender a viver juntos aprender a viver com os outros, identifique no texto como sua disciplina pode contribuir para alavancar estes preceitos da educação formal.

2 – Aprender a ser se configura como um dos princípios fundamentais da educação. Pensando nos 4 Pilares da Educação relacionados por Delors e em sua disciplina no conjunto da educação básica, como poderiam ser elaborados e executados projetos transdisciplinares considerando que a escola deve contribuir com a elaboração e execução de projetos visando o desenvolvimento total da pessoa?