quarta-feira, 30 de abril de 2014

ATPC - 30/04/2014

Socorro: tenho a pior turma da escola!


O pesadelo de qualquer professor é iniciar o ano e receber a ” pior turma da escola” para lecionar. Não importa se você é um professor novato ou veterano, o fato é que ninguém está devidamente preparado para lidar com uma sala deste tipo.
O que quero dizer com a “pior turma da escola” ? Trata-se de um grupo de alunos para as quais suas estratégias de gestão da sala de aula simplesmente parecem não surtirem efeito. 
Seus alunos cospem no chão, cospem uns nos outros, falam palavrões, sobem nas carteiras, picham as paredes, gritam, brigam, ofendem, não te respeitam, jogam cartas durante a aula, brincam no celular, ouvem música, dançam na sala de aula, batem boca toda hora, falam em tom desafiador e mal educado, fazem ameaças, chutam a porta, barbarizam com o material dos colegas, não prestam atenção nas aulas, não realizam as tarefas? Então, é bem provável que você esteja com a pior turma da escola. 
Não importa o quanto você se esforce para aperfeiçoar as suas técnicas e estratégias de gestão da sala de aula no que refere-se a indisciplina dos alunos, ainda assim você vai se deparar, em algum momento da sua carreira, com aquela turma que é tida como a pior da escola, aquela turma que ” ninguém quer”, aquela que parece que nada vai funcionar. 
A grande concentração de alunos mais difíceis e indisciplinados em uma única sala, juntamente com a combinação potencialmente explosiva de traços de personalidade mais rebeldes, tornam extremamente difícil criar um ambiente positivo de aprendizagem. 
A verdade que tenho para lhe dizer é que, não há um remédio único para tratar deste tipo de situação. No entanto, as sugestões oferecidas aqui irão, de alguma forma, contribuir para a melhoria do comportamento dos alunos mais rebeldes.
Alerto que, para ser bem sucedida em mudar o comportamento deste tipo de turma, o professor precisará de muita energia, grande determinação, atitude positiva e principalmente, ter expectativas claras e realistas. 
Se neste ano você foi ” premiada” com uma turma difícil, aqui estão algumas sugestões que contribuirão para facilitar as coisas para você ao lidar com esses alunos:

Contendo toda a turma: 

Deixe claro as suas expectativas, normas, rotinas, recompensas e consequências. Certifique-se de explicar tudo de forma verbal e por escrito em forma de cartaz exibido na sala de aula e ainda colado na agenda ou caderno do aluno. Reforçá-las regularmente. 
Certifique-se de ter em mãos a lista de todas as sanções e/ou consequências permitidas de serem aplicadas, conforme o Regimento Escolar, e seja absolutamente consistente na aplicação das mesmas. Não transfira para a escola, ou para a Coordenadora a responsabilidade de realizar a gestão da SUA sala de aula para você. 
Garanta que os alunos saibam que você ” sempre cumpre o que diz e que só diz algo quando tem a certeza de que cumprirá “. 
Não adotar abordagem reativa para a indisciplina; para garantir isso você deve incluir estratégias de gestão da indisciplina no seu planejamento de aula para não ser pega de surpresa e perder a cabeça na frente dos alunos. 
Elabore o sociograma da sala e troque os alunos de lugar. Observe por algum tempo, e se esta estratégia não funcionar de imediato, faça ajustes no sociograma. Caso os alunos remanejados de lugar sintam-se inconformados ou injustiçados com o fato, deixe claro que, enquanto professor você tem de assegurar o melhor para cada aluno e isso envolve decidir onde cada um deve sentar. 
Não seja orgulhosa demais para buscar apoio quando precisar dele, no entanto, faça-o de tal forma que a sua autoridade seja mantida perante os alunos. Convide um professor mais experiente ou ainda o Coordenador da escola para assistir a sua aula, no sentido de apoiar os seus esforços para restabelecer e manter a disciplina com a turma. Deixe claro para este convidado que você gostaria de ser vista como a única responsável por manter o controle sobre a turma, sendo assim este convidado deverá abster-se de emitir quaisquer comentários contrários aos seus na frente dos alunos. Informe-o também, que você gostaria de tê-lo na sala para observar o clima da classe, as reações dos alunos e até mesmo testemunhar a sua postura e sua fala na aplicação das medidas disciplinares e depois contribuir com opiniões e sugestões em particular. Ao fazer isso, você manterá a sua integridade e controle sobre a situação e ainda poderá contar com um membro da equipe para apoiá-la no momento que precisar aplicar uma sanção na sala de aula. 
Verifique se o conteúdo da aula é relevante e interessante, com um nível razoável de aprendizagem ativa. Mas tome cuidado para não dar oportunidades aos alunos de ” desviarem-se da tarefa” e começar a se comportar de forma inadequada. Em outras palavras, planeje atividades realistas e que sejam exequíveis neste tipo de turma. Certifique-se de ter tarefas extras e diversificadas para toda a turma em caso de emergências. 

Contendo um por vez: 

Identificar os “líderes da bagunça” em sala de aula. Faça uma investigação no prontuário do aluno, bem como nos relatórios de anos anteriores. Você pode fazer isso também, conversando com a Coordenação ou com a Secretária da escola. 
Peça para ver estes alunos, um por vez, na entrada ou no horário do intervalo. Converse com eles em local onde você sinta-se mais confortável do que eles, por exemplo: sala de aula, sala da coordenação, etc. Fale com esses alunos e procure ver a perspectiva deles sobre cada questão que você esteja enfrentando dentro da sala de aula. Use linguagem verbal e corporal não agressiva, levante as consequências, para que o aluno saiba das implicações de suas atitudes e leve-o a ponderar sobre os ganhos e perdas que ele terá. Lembre-se o que é ” ganho/perda” para você não é necessariamente para o aluno. Então, antes de levantar as consequências para o aluno, procure levantar o que, na perspectiva do aluno, são perdas e ganhos para ELE. 
Se você tem de remover alguns alunos da classe, faça-o. Isso não é um sinal de fraqueza, desde que este procedimento faça parte de um passo-a-passo disciplinar previamente definido. Assim, quando você já tiver esgotado todas as estratégias permitidas de serem aplicadas dentro da sala de aula, o passo seguinte será encaminhar o aluno ao Diretor e/ou Coordenador para que outras medidas sejam tomadas. Então, neste caso, você está apenas seguindo as diretrizes disciplinares estipuladas pela própria escola e constantes no Regimento Escolar. 

Disciplina Restaurativa:

Uma alternativa para o professor e que está começando a ser utilizada com muito sucesso dentro das escolas é a Disciplina Restaurativa, prática que utiliza os valores da Justiça Restaurativa que foi adaptada para gerir situações de conflito e prevenção da violência no ambiente escolar. 
Na Disciplina Restaurativa sai de cena a punição, o castigo e entra o diálogo, reflexão sobre as consequências, danos causados, cujo objetivo é levar os envolvidos a assumirem responsabilidades e reparar o erro.
Em um próximo artigo abordaremos mais detalhadamente esta metodologia.
Não concluindo…
Lidar com a indisciplina pressupõe que um conjunto de ações e estratégias sejam implementadas, que vão desde a criação de plano disciplinar que contenha regras, consequências e recompensas, haja postura diferenciada por parte do professor, estabelecimento de relacionamento entre professor e aluno, a utilização de novas práticas de ensino, a preparação de aulas motivadoras, a implementação do aprendizado colaborativo e a utilização de diferenciação pedagógica.
Quando todos esses quesitos são contemplados dentro da sala de aula e incorporados sistematicamente pelo professor, o ambiente propício ao aprendizado estará assegurado, pois até mesmo a pior turma da escola terá se rendido a ele. 



Agora é a sua vez, responda: Neste ano você está com a pior turma da escola? Quais dos quesitos acima você já conseguiu incorporar no seu dia a dia? Compartilhe suas dicas também!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ATPC - 23/04/2014

O professor posto à prova


Por: Paulo de Camargo 

A prova de Geografia começa e logo o aluno de ensino fundamental se depara com a seguinte questão: "o que é depressão?". A resposta vem imediata e constrange o professor: "é aquela doença que minha mãe tem e precisa tomar remédio". 


Em outra escola, o docente chega com o maço de provas. Começa a chamar os alunos para receber as notas, com um detalhe: a chamada acontece em ordem decrescente de desempenho, o que instaura uma espécie de terror na sala de aula.

Ambas as situações são reais e estão descritas no estudo Prova: um instrumento avaliativo a serviço da regulação do ensino e da aprendizagem, realizado pela pesquisadora Dirce Aparecida Foletto de Moraes, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os casos, que não são isolados, mostram como permanece profundo o abismo entre a teoria e as práticas da avaliação. 

Além disso, indicam que a prova escrita, principal recurso do qual o professor lança mão para se informar sobre o desempenho dos seus alunos, frequentemente é elaborada sem os pré-requisitos necessários para se configurar como um bom instrumento de avaliação. 


O estudo foi publicado na última edição da revista científica Estudos em Avaliação Educacional, da Fundação Carlos Chagas, e joga luzes sobre um tema relativamente pouco estudado na academia e insuficientemente trabalhado nos programas de pedagogia e de formação continuada. 

Afinal, se é verdade que a avaliação é um componente essencial no processo de ensino e aprendizagem, e se o professor tem na prova seu instrumento mais rotineiro, torna-se urgente aprimorar o uso desse recurso, tanto na compreensão mais ampla do que ele representa, como na própria elaboração do instrumento. 

Não que não haja interesse. O matemático Tadeu da Ponte, diretor do instituto de avaliação Primeira Escolha, responsável, entre outros, pelo vestibular do Ibmec, vem realizando palestras em todo o país sobre o tema da prova, sempre para auditórios lotados. "É preciso lembrar que esta não é mesmo uma questão simples, e o professor precisa ser preparado para saber avaliar", diz. 



Perspectiva histórica 




O primeiro passo é, exatamente, compreender o princípio do que se está fazendo. Afinal, o que é uma prova? Ela é mesmo um bom instrumento? Por que se tornou um sinônimo de avaliação? Segundo o autor Cipriano Luckesi, uma das referências no tema no Brasil, a prova surgiu ainda no século 16, na Europa, como um recurso de coleta de dados sobre o desempenho do educando. 


"Esse recurso recebeu o nome de ''''prova'''' e permaneceu com essa denominação até hoje. É o mais comum e cotidiano instrumento usado em sala de aula", diz Luckesi. Boa parte de seu sucesso se explica pela eficácia de reunir informações sobre um conjunto grande de alunos.

Na Idade Média, não havia necessidade de testes escritos, devido a pouco número de aprendizes. "O mestre convivia diretamente com todos, podia observá-los, conversar, observar diretamente seu desempenho", lembra. Mas veio o tempo em que se tornou necessário o ensino para muitos e a demanda por um recurso eficiente para que o professor pudesse conhecer o desempenho de todos - e assim nasceu a prova.

Para a pesquisadora Dirce de Moraes, há outros fatores que fizeram com que o teste se tornasse um instrumento predominante ao longo dos séculos. Ele documenta e comprova o conhecimento, possibilitando a representação final por um valor numérico, que retrataria a aprendizagem daquele que foi avaliado. 


Para Dirce, hoje muitos professores simplesmente não conseguem acompanhar a aprendizagem do aluno sem lançar mão da prova. "Os educadores até buscam novos caminhos, mas, por desconhecerem as diferentes ferramentas ou por sentirem-se inseguros, garantem-se na prova como instrumento comprobatório", diz. 


Críticas 




A prova também se tornou um meio de comunicação entre famílias, crianças e escola. Basta ver que é muito mais frequente um pai perguntar a um filho ''''como foi na prova'''', do que ''''o que você aprendeu''''. 


Provavelmente, o abandono dos testes escritos causaria um terremoto na confiança que as famílias depositam na escola. 

Por fim, diz a pesquisadora, até mesmo entre os alunos a prova se tornou um instrumento de status, induzindo uma hierarquia em sala de aula. "A nota da prova leva a distinções entre melhores e piores, entre aqueles que têm potencial e os que seguem para o fracasso", diz. Nesse sentido, práticas docentes como dar a nota em voz alta estimulam essa visão. 


Mas essa é apenas uma das críticas direcionadas à avaliação.Uma delas diz respeito aos usos inadequados dos instrumentos, especialmente por seu caráter de controle da classe e de poder do professor sobre o aluno. Outro questionamento é a confusão entre avaliar e fazer prova. "A prova em si não avalia nada, só oferece subsídios para o professor analisar as aprendizagens dos alunos", diz Dirce. 

"Avaliar é tudo o que acontece antes da nota", reforça Luckesi. Mas, tudo isso não significa que a prova seja um mal em si, alertam os pesquisadores. A questão é que ela precisa ser adequadamente aplicada. A começar do mais óbvio: uma prova escrita é útil quando se restringir às competências lógico-verbais. 

Ou seja, pode-se fazer uma prova escrita sobre história da arte, mas não sobre as habilidades de um artista. Por isso mesmo, há diversas outras situações na vida escolar que requerem outros instrumentos de avaliação - como produções, portfólios, apresentações e outras formas de levantar informações sobre a aprendizagem. 



Fonte: Revista do Projeto Pedagógico – Diretor UDEMO 2012. 



A SEE pretende diagnosticar através da “Avaliação de Aprendizagem” em processo o desempenho das unidades escolares.


Como em suas aulas, estudando as defasagens de aprendizagem de seus alunos, você parte destes subsídios e caminha para o Ideal? Comente:

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ATPC - 16/04/2014

O irônico sorriso do gato
Mario Sergio Cortella*

A escolha dos caminhos depende do lugar almejado

Há alguns meses, participando de um congresso sobre O Professor e a Leitura de Jornal, pudemos debater a respeito da "overdose" ferramental que invade cada vez mais o cotidiano social e, sem dúvida, também o mundo da escola.
Relembrávamos nesse debate uma das mais contundentes reflexões sobre a vida humana e que não pode ser esquecida, tamanha é a importância que carrega também para o debate pedagógico: Alice no País das Maravilhas, escrita no século XIX pelo matemático inglês Charles Dodgson (que deu a si mesmo o apelido Lewis Carroll).
Nessa obra, Alice cai. Ela está atrás de um coelho e cai em um mundo desconhecido (na verdade, a menina cai dentro de si mesma). Entre as inúmeras personagens fantásticas da obra, duas delas estão muito próximas de nós: uma é um coelho que está sempre atrasado, correndo para lá e para cá com o relógio na mão; a outra é um gato do qual somente aparece o sorriso, somente ficam visíveis os dentes e, às vezes, o rabo. Há uma cena que a gente não deve ocultar – principalmente quando se fala em ferramentas para o trabalho pedagógico e, muitas vezes, da percepção equivocada da tecnologia como redentora da educação: o encontro de Alice com o gato. Contando resumidamente, na cena, Alice está perdida, andando naquele lugar e, de repente, vê no alto da árvore o gato. Só o rabão do gato e aquele sorriso. Ela olha para ele lá em cima e diz assim: "Você pode me ajudar?" Ele falou: "Sim, pois não." "Para onde vai essa estrada?", pergunta ela. Ele respondeu com outra pergunta (que sempre de! vemos nos fazer): "Para onde você quer ir?". Ela disse: "Eu não sei, estou perdida." Ele, então, diz assim: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."



Para quem não sabe para onde vai, serve de qualquer maneira o jornal, a revista, o livro, a internet, o videocassete, o cinema etc. E aí, qualquer um de nós, na ansiedade de modernizar o modelo pedagógico, eletrifica sofregamente a sala de aula ou, mais desesperadamente, sonha em fazer isso, imaginando o quanto o trabalho seria espetacular com esses instrumentos. Daí, se possível, o professor enche a sala de aparatos tecnológicos, como se, para fazer algo que interesse às pessoas, precisasse eletrificar continuamente o processo, metendo aparelhos eletrônicos ligados para todo o lado. Muitos dizem que, como os alunos estão habituados com isso, precisamos modernizar o ensino. Será?
Depende da finalidade do "para onde se desejar ir". Se você sabe para onde quer ir, vai usar a ferramenta necessária. O que se deve modernizar não é primeiramente a ferramenta, mas sim o tratamento intencional dado aos conteúdos trabalhados na escola.
Por isso, é preciso trazer sempre na memória o ditado chinês que diz: "Quando você aponta a lua bela e brilhante, o tolo olha atentamente a ponta do seu dedo."
*Professor de pós-graduação em educação (Currículo) da PUC-SP.


Seguindo a onda atual, temos aqui, este sim considerado um pensador, Lewis Carroll, escritor do livro referenciado no texto acima. Lewis era matemático, e fanático por jogos e enigmas, os quais permeiam suas obras literárias.

Abaixo seguem alguns links, onde os professores de diversas áreas podem se valer desta obra para trabalhar com os alunos, principalmente sob a metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas. 



Agora reflita:
Sabemos onde estamos indo? Onde queremos chegar?


Bom trabalho!


quarta-feira, 2 de abril de 2014

ATPC- 02/04/2014

ARRANJOS ESPACIAIS NA SALA DE AULA


Carteiras enfileiradas, em semicírculos ou agrupadas? Pesquisas oferecem contribuições importantes sobre as diversas maneiras de arranjar o espaço da sala de aula. Assim, o professor pode planejar atividades e definir a configuração adequada para os objetivos a serem alcançados. 

As salas de aulas são espaços sociais complexos, onde diariamente pessoas se envolvem numa série de atividades e participam de interações verbais e não verbais. O arranjo do espaço físico de um ambiente educacional tem impacto sobre seus usuários, nesse caso, alunos e professores, com significativas implicações para a aprendizagem e para a administração dos eventos que nele ocorrem. 

Até algum tempo atrás, as orientações para arranjos de classe consistiam em opiniões e depoimentos, muitas vezes contraditórios, que envolviam teorias baseadas em “o que deu certo com minha turma”, em experiências estritamente individuais e até intuitivas. Nas últimas décadas, porém, 
pesquisas científicas têm produzido orientações que podem ajudar os professores a tomarem decisões 
sobre a melhor maneira de arranjar o espaço de trabalho e, assim, alcançar os objetivos pedagógicos 
descritos nos planos docentes. 

Comente: 

  • Baseando-se na ideia de que nossas ações são fruto de nossa inteligência emocional e que somos seres sociais necessitando reafirmar nossa autoestima sempre, o que podemos afirmar sobre a disposição dos nossos alunos e nós professores em sala de aula? 
  • Será que todos os alunos necessitam da mesma atenção? Por que alguns negam- se a sentarem perto do professor mesmo sendo disciplinados e dedicados? 
Bom Trabalho!!!!